Lily, A Infeliz

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Novamente o estampido e tanto Regulus como Dumbledore estavam em fria e suja rua do interior de Londres. Onde inúmeras pessoas dormiam amontoados em pedaços de panos e papelões.

- Oque fazemos aqui? - Pediu Regulus observando ao seu redor.

- Apenas observe... - Avisou Dumbledore usando de seu desiluminador para diminuir as luzes ao redor de onde estavam. Para que sua presença fosse menos percebida.

Senhores e senhoras idosas, com mãos trêmulas, devido a idade avançada, mas com um sorriso de ternura. Entregavam de forma gentil pratos de comida e roupas para os desabrigados.

O silêncio da noite era apenas interrompido pelos agradecimentos das pessoas que eram alvo das boas ações. Naquela noite fria de inverno eles passariam mais uma noite de barriga cheia.

- Dr... Minha filhinha... Veja... - Pedia preocupada mulher, segurando em seus braços pequena criatura desnutrida.

Um dos idosos, usando casaco grosso de couro a juntou nos braços e tirando um estetoscópio das vestes a colocou no peito da menina, ouvindo os batimentos cardíacos. Com um sorriso tranquilo, falou:

- Ela está apenas resfriada... - Um garoto que não parecia ter mais que 12 anos o acompanhava, retirando de uma sacola algumas caixas de remédios e entregou a ela. - Um copinho desses, toda a manhã... Logo ela estará melhor...

- Obrigado dr, Deus o abençoe... - Agradecia a mãe aliviada, com a esperança que sua pequena filha viveria mais um dia. Recebeu ela nos braços maternos assim que ele a entregou.

- Semana que vem eu voltarei para saber como ela está... - Avisou seguindo ao auxílio de outros tantos desafortunados que ali estavam.

Bela senhora, vestindo humilde traje se aproximou do médico que começara a tossir compulsivamente. O ajudando a se manter de pé.

- Está tudo bem? Não acha melhor irmos? - Pedia com evidente preocupação o menino se acercou do mais velho.

- Vamos vô... Falta pouco... - Incentivava o jovenzinho de semblante animado e esperançoso.

- Não, há trabalho para ser feito... Vamos continuar... - Respondeu seguindo para o próximo homem que ali estava, o esperando ansiosamente.

O Sonserino sentiu-se tocado por tudo oque ali se desenrolava. Como podia haver pessoas em tal miséria? E como graças a Merlin, ainda existiam pessoas boas para ajudar.

- Percebe Regulus? - Questionou Dumbledore, observando o céu estrelado.

- Oque? Tem tanta coisa para ver aqui... - Comentou.

- Aquele senhor, irá falecer em breve... - Disse sem deixar se olhar o céu. Regulus sabia que ele se tratava do médico, mesmo que não soubesse como. - Ele possui um câncer terminal... E tem poucos meses de vida...

- Como o senhor sabe disso? - Questionou surpreso com tal revelação. - Você conhece aquele trouxa?

- Nas minhas andanças por obtenção de conhecimento, fiz muitas amizades... Nos dois mundos devo confessar... E aquele senhor eu o conheci ainda jovem... - Explicou no tom gentil e paternal habitual de um verdadeiro mestre. - Sabe por que ele está fazendo aquilo? Para aquelas pessoas?

- Por que? Se eu fosse ele, estaria cuidando da minha saúde... - Regulus respondeu quase de forma inconsciente.

- Por que, quem se dispõe a secar a lágrima do outro... Não tem tempo para chorar...

Regulus levou um choque com a frase de Dumbledore e se sentiu a pessoa mais egoísta do mundo.

- O suicídio é o ato mais egoísta que um ser humano pode ter para com as pessoas que o rodeiam... - Começou ele. - A pessoa que se suicida pensa apenas em sí, na própria dor... Esquecendo que a pessoas ao seu redor que lhe amam também irão sofrer... Não importa que seja apenas uma única pessoa...

Teach Me - JEGULUSWhere stories live. Discover now