Epílogo

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Os gritos de Natasha davam de ser ouvidos no corredor da maternidade de tão altos e agudos que eram, parecia até que estavam matando-a.
- Ai Wanda... – Sarah murmurou. – Minha mãe está morrendo... – com certo medo.
- Claro que não querida, é assim mesmo. – Tentando acalmá-la. – Senta aqui. – Apontando a cadeira ao seu lado. – Vai ficar tudo bem. 
- É por isso que não quero ter um bebê. – Angel resmungou. – Deve doer pra caramba. – Outro grito, dessa vez seguido por um chorinho fino. - OMG! – Angel disse abrindo um sorriso.
- Nasceu... – Sarah murmurou. – Meu irmãozinho nasceu.
- Graças a Deus... – Melinda disse do outro lado do corredor, com seu inseparável terço.
- Pronto, nasceu o James. – Wanda dizia sorrindo.
***
Dentro da sala.
- Eu consegui... – Natasha sorriu enquanto ouvia a chorinho forte da criança que acabara de pôr no mundo.
- Conseguiu meu amor. – Steve beijou a testa dela. – Eu disse que ia dar tudo certo. 
- Eu te amo... – ela choramingou. – Eu quero ver o meu bebê...
- Aqui está o bebê. – o médico disse brincalhão enquanto entregava o bebê a Natasha. – Belos pulmões que ele tem!
Steve e Natasha sorriram e o olharam, era perfeito. Tinha puxado ao pai, ao contrário de Sarah que era Natasha por inteiro tirando a cor dos cabelos.
- Puxou para mim... – deu língua.
- É lindo como você... – Observou seu pequeno que agora se calara e os olhava com os olhinhos arregalados.
Dois meses depois do casamento Natasha descobrira que estava grávida, tentou esconder, mas não demorou a que Sarah descobrisse. A menina ficou louca com a notícia, fez greve de fome, chorou durante dias em seu quarto alegando que seria esquecida pelos pais com a chegada do novo irmão. Natasha ficou arrasada, se sentia culpada por sua filha estar novamente irritada não só com ela, mas com Steve também.
Depois de um tempo Sarah começou a amolecer, quando via roupinhas de bebê, ou quando entrava no quartinho do irmão, até mesmo quando o sentia mexer na barriga de Natasha. Seus ciúmes foram se esvaindo, coisa que deixava os pais mais tranquilos. Apesar de saberem que sempre existirá certo ciúme.
- Me deixa dar um banho nele. – A enfermeira disse enquanto o pegava do colo da mãe. – Só um pouquinho mamãe, logo ele será todo seu. – Piscou.
Natasha sorriu e lhe entregou o pequeno que começou a chorar novamente, pelo jeito seria igual Sarah a respeito do apego.
***
Do lado de fora.
- Fica calma amiga. – Mel disse.
- Eu quero ver ele, por que demoram tanto para mostrar? – Perguntou impaciente.
- Quando meu irmão nasceu eu também fiquei doida para ver logo ele, eu sei o que está sentindo. – Sorriu.
Mesmo assim Sarah não se acalmava. Já fazia o que? Uns vinte minutos que seu irmão tinha nascido, e apenas escutava o chorinho dele, apenas isso. Logo a porta é aberta e por ela sai o seu pai, com um embrulhinho azul.
Ela se aproximou roendo as unhas e ele sorriu.
- Olha só quem veio conhecer a maninha mais ciumenta do mundo. – Ele abaixou e Sarah pôde ver o rostinho perfeito do seu irmão, que apenas a olhava curiosamente.
- Ai gente... – ela sorriu sentindo seu coração se encher de amor. – Ai que lindo!
- Não precisa ter ciúmes de mim maninha... – Steve disse com voz de bebê. – Eu te amo... – Sarah sorriu com os olhos molhados, sem tirar os olhos do pequeno.
- Me deixa segurar ele no colo papai? 
Steve assentiu.
- Cuidado meu amor, ele ainda é muito frágil. – Colocando o pequeno no colo dela.
- Como está minha mãe? – Subiu o olhar para o pai.
- Ela está bem... – ele deu um beijo na testa da filha. – Está fraca, mas pediu para te dizer que ela te ama, e assim que acordar quer ver você.
Sarah apenas assentiu com um sorriso de canto. Depois voltou a olhar para o bebê, que olhava para ela.
- Ei garotinho. – Ela sussurrou. – Sou sua irmã mais velha. – Ela piscou. – Sabia que fui eu quem escolhi o seu nome? É... – Mordeu o lábio, ele parecia ter gostando dela, pois não parava de olha-la um minuto sequer. – Você é muito lindo... – sentindo seus olhos marejarem, parecia que os ciúmes que ela sentia por aquele bebê tinham sumido por completo. Ele era seu irmãozinho caramba, e ela cuidaria dele, não deixaria ninguém machuca-lo.
- Ele gostou de você. – Steve disse.
- E eu estou completamente apaixonada por ele. – Disse com euforia para o pai. Depois encarou o irmãozinho. – Bem-vindo à família Rogers... Maninho!
The End !

Nossa Filha MimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora