Capítulo Trinta e Três.

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Capítulo Trinta e Três.
Alguns dias depois...
×××
. Alguns dias se passaram, Marcelle e Cristiano não conversaram mais nada além do assunto sobre seus filhos que em breve fariam um ano de idade. Cristiano tentava demonstrar de todos os jeitos o tanto que amava Marcelle mas a moça não se tocou em nenhuma de suas investidas e demonstrações.
. Cristiano acordou com a cara amassada e tomou a decisão de que não correria mais atrás de Marcelle e que para não sofrer do jeito que estava sofrendo iria embora. Tomou um banho rápido e caminhou até ao escritório de André, ao chegar bateu na porta e escutou um entre, assim ele fez.
- Bom dia André. - ele diz educado.
- Bom dia Cristiano, acordado à essas horas?Aconteceu alguma coisa?- perguntou preocupado.
- André vou direto ao ponto... Eu vim agradecê-lo pela hospedagem mas, estou indo embora. - disse com lágrimas nos olhos.
- Por que vai embora Cristiano?
- Não dá certo eu e sua filha em baixo do mesmo tempo, eu a amo demais André mas não consigo fazer com que aquele coração iceberg fique aquecido. Ela não consegue esquecer de tudo que a fiz passar e então, eu desisto. - derramou as lágrimas que segurava a tanto tempo.
- Eu queria muito poder ajudá-lo Cristiano. - ele diz coçando a nuca.
- Eu queria poder resolver os meus problemas sozinho, mas esse é meio impossível. - disse respirando fundo.
- Você tem certeza que é isso que você quer?- perguntou.
- Sim, é só um jeito de não sofrer e não fazê-la sofrer. - respondeu.
- Você sabe que nessa história envolve duas crianças não sabe? - perguntou arqueando a sobrancelha.
- Eu não irei faltar na vida dos meus filhos, disso você pode ter certeza André. - respondeu Cristiano.
- Tudo bem, então eu te desejo boa sorte e espero que um dia vocês se ajeitem e que definitivamente você possa ser meu genro. Gosto muito de você, Cristiano. - respondeu André.
- Eu tambem gosto muito de você e é o que eu espero...um dia poder ser o seu genro. - levantou-se e com um sorriso cheio de dor o abraçou, André deu dois tapinhas em suas costas e Cristiano se retirou.
. Em seu quarto, enquanto fazia as malas Cristiano chorava sem medo, era como se aquilo fosse o suficiente para mantê-lo ali, e quando terminou foi para o banho, partiria no mesmo dia.
×××
. Já era hora de Cristiano ir e seu destino era França, queria voltar ao lugar que começou sua história, tudo estava pronto e quando chegou à sala Marcelle brincava concentrada com as crianças, sem perceber Cristiano bateu uma foto dos três com um sorriso espontâneo, colocou de papel de parede e aproximou-se com as malas.
- Onde você vai?- perguntou Marcelle observando todas aquelas malas.
- Estou indo embora da sua vida Marcelle, estou voltando para a França só que dessa vez pra sempre. - respondeu segurando as lágrimas e um nó em sua garganta se formou.
- E os seus filhos? Você não pensa neles?- perguntou ela querendo chorar, o amor da sua vida estava partindo e ela era tola o suficiente para não ir atrás dele.
- Eu não irei faltar com eles, duas vezes ao mês venho visitá-los se você não se importar e também tem as redes sociais onde mantenho contato, eu não vou sumir como na primeira vez. - respondeu.
- Ok. - ela derrama uma lágrima infeliz, seca em seguida.
- Já ia me esquecendo. - ele diz retirando uma carta que escreveu naquele mesmo dia e entregou em suas mãos, deixou as malas de lado e abraçou os filhos com amor, já podia sentir saudades deles.
- Você não tem cara de quem escreve cartas. -disse ela tentando sorrir, mas era quase impossível por causa das lágrimas.
- Eu não tenho cara de muitas coisas Marcelle, até logo. - ele diz saindo e quando estava chegando à porta, ela correu até ele e o segurou pelo braço, chorando.
- Espera... - disse ofegante.
- O que quer? - ele pergunta.
- Um beijo...um único beijo. - ela pede, ele se aproxima e deposita um beijo em sua bochecha.
- Na boca Cristiano.
- Não posso, desculpe...não quero nos ferir, até um dia se cuida por favor. - pediu e saiu deixando-a plantada na sala com suas lágrimas.

Amar em DobroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora