Capítulo 2.22

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Eu tinha que fazer xixi. Sentei-me na cama e, por um segundo, não tinha ideia de onde estava.

"Volte a dormir."

Olhei para Louis, que estava deitado de lado perto de mim. Segundos antes eu tinha estado no casulo quente de seus braços e agora eu estava sentado, com frio, pesando a necessidade de aliviar a bexiga contra o chão gelado, como o ar no banheiro estaria congelante, e o quanto Louis reclamaria quando eu tentasse me aquecer contra sua pele quando eu voltasse para a cama.

"Ou vá fazer xixi de uma vez."

Eu grunhi e saí da cama. Eu realmente deveria anotar desta vez, a necessidade de comprar um par de chinelos de velho. Meias não adiantava mais. Precisava de muito mais isolamento entre eu e os pisos de madeira no meio do inverno. Eu gemi por todo o caminho para o banheiro e todo o caminho de volta, e percebi que nem sequer me lembrava de ter me deitado na cama. Eu estava tão exausto depois de fazer amor com ele pela segunda vez que ele provavelmente teve que me levar. Não que ele se importasse.

"Cadê você?" Louis bocejou alto, o que me fez sair da minha cabeça, para o presente.

"Estou bem aqui." Eu sorri, contornando a cama, pronto para mergulhar nela quando ouvi um piso chiar na sala de estar. "O que foi isso?"

Louis foi de grogue a totalmente acordado em segundos. Quando ele deslizou a arma debaixo de seu travesseiro, eu levantei minhas mãos, incrédulo.

Ele olhou para mim, sussurrando: "Não faça disso um grande problema."

Eu abri minha boca para dar a ele minha opinião, mas ele colocou um dedo sobre meus lábios para que eu calasse a boca e dirigiu-se imediatamente para a porta.

"Não," eu sussurrei para ele. "Apenas fique aqui."

Ele balançou a cabeça. "Está tudo bem, querido."

Mas eu estava apavorado. Minha sorte não estava boa recentemente. Poderia ser qualquer coisa lá fora, e eu odiava quando ele entrava sozinho em quartos escuros. Eu dei a ele uma vantagem de três segundos e o segui. A porta da frente estava aberta, e isso me assustou até a morte. Como não ouvimos a porta sendo aberta?

"Tudo certo," ele gritou para mim, quando todas as luzes na sala de estar e cozinha acenderam.

Eu apontei para a porta da frente.

"Sim, eu sei. Só - fique calmo. Sente-se no sofá e deixe-me olhar ao redor."

Eu fiz como me foi dito, sentindo-me como se estivesse em um filme de terror e que algo ia pular em mim a qualquer momento.

"Eu não vejo nada," ele me disse do segundo quarto antes de checar a porta que dava para o pequeno quadrado de concreto que era listado como o "varanda" quando me mudei. Tudo que você podia ver eram as outras "varandas" de meus vizinhos.

Esperei por ele, congelado no sofá enquanto eu olhava de janela em janela na sala de estar. Quando um raio empalideceu o céu, pensei ter visto algo se mover. Meu grito o trouxe, rapidamente, pelo corredor.

"O que foi?"

Eu apontei para a janela que dava para a escada de incêndio. Todas as outras eram muito altas em uma parede de tijolos para que qualquer pessoa entrasse. A menos que você fosse um vampiro. Ele correu através do cômodo, mas parou quando chegou lá.

"H, está molhado aqui."

Eu senti o tremor percorrer minha espinha. "Está aberta?"

Ele se virou para olhar para mim. "Está."

"Merda," eu disse, me levantando para me juntar a ele.

"Fique aí," ele me ordenou, indo para a janela.

É tudo uma questão de tempo [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora