Eu

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Do alto olho para a água
Um reflexo vazio e desinteressante
Olho para a natureza e vejo a beleza que não me pertence
Olho para areia e ela se vai com o amor
Olho para a vida e ela se quebra, espalha, confunde, perde e some

Quanto tempo é necessário para viver?
As vezes penso que o nascer, viver e morrer, o roteiro pronto, não faz sentido em um universo infinito
O que é ser?
Eu sou a minha existência ou existo para ser?
Uma resposta para sentir

O fogo da transformação e a esperança que arde no estômago faminto de um filhote esperando pela mãe
Isso poderia ser vida?
A continuidade do ser para transformar a si e continuar sendo e o que virá a ser entre a incerteza certa da morte
Totalmente iludidos por acharem que o amanhã depende do momento
Eles morrem pela esperança prometida e arrancada por quem é o que têm

Ainda observando a instabilidade do existir
Vejo na transformação o fim do fim
Aquilo que roda incansável para além do relógio
Faria transformação ser esperança ou esperança ser transformação?
Uma resposta para o ser

O pó que tudo mata é o mesmo que torna
Onde estão as palavras de consolo?
Por que elas precisam dar sentido ao roteiro estabelecido pelo ser?
Respostas que para mim estão em mim
E no meu ser me construo, transformo, quebro, torno, sinto, morro, vivo, existo e sou. Nada.

Vozes ao acaso Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang