— O pedido de um velho que sente falta da família.

Alicent enrugou a testa e Lys percebeu a insatisfação da rainha, ela não desejava estar ali mas seus deveres como rainha a impediam de fazer o contrário. Lys sentiu empatia por ela, pois sabia como era ser obrigada a fazer algo que não desejava.

— Onde está a Rhaenyra? – Questionou Daemon.

— Estou aqui.

Rhaenyra surgiu atrás do pai acompanhada de seu guarda pessoa, Sor Criston Cole, Lys imediatamente o reconheceu de muito tempo atrás.

A princesa estava belíssima em vestes vermelhas e douradas que lhe ornavam com perfeição. Embora parecesse mais madura do que a última vez que se viram, Lys não notou muitas mudanças além disso. R

A princesa lançou um olhar cálido a Lys lhe dando um sorriso sem mostrar os dentes, aproximou-se dela e lhe rendeu um abraço.

— Que saudades. – Disse ela. – Vejo que você e meu tio se mantiveram ocupados.

Lys sorriu constrangida.

— Olá tio, e essa deve ser a pequena Rhaella. – Continuou Rhaenyra voltando toda sua atenção para o bebê nos braços de Daemon.

Rhaella, acostumada com os pais e os que lhe cercavam não aceitou bem o carinho da prima e desatou em um choro sofrido. Imediatamente Lys a tomou em seu colo e a acalmou. O clima não estava tenso, mas Lys desejou ardentemente que aquele interlúdio se acabasse logo, no que foi quase imediatamente atendida.

— Eu posso acompanhá-la até seu quarto Lys, enquanto deixamos os homens conversarem. – Falou Rhaenyra guiando Lys.

— Tudo bem. – Disse Daemon a ela quando Lys lhe lançou um olhar preocupado.

— Encontro você mais tarde? – Perguntou ela.

— Com certeza meu amor. – Retrucou ele.

Todos olharam para Daemon confusos, o príncipe que nunca havia demonstrado sentimentos havia sido domado por uma mulher simples e encantadora.

Com um reverência sutil Lys deixou os reis para trás e acolheu o pedido de Rhaenyra para seguirem juntas.

Daemon estava satisfeito de estar novamente em Porto Real dessa vez como convidado. Não via como aquilo pudesse ser algo ruim, pois não tinha feito nada que pudesse irritar o rei nos últimos anos.

Ambos deixaram a rainha pra trás e caminharam juntos até o quarto de Viserys onde ele notou que a miniatura de Porto Real que ele construía desde que se tornara rei havia crescido de maneira exponencial.

— Nunca abandonando os velhos hábitos. – Comentou Daemon se assentando na poltrona mais próxima de si.

— Lady Alicent tem me ajudado. – Respondeu o rei.

— Inclusive, que escolha inusitada para sua nova rainha, suponho que sua Mão nada tenha a ver com isso. – Ironizou o mais novo.

— Alicent esteve comigo nos dias mais difíceis.

— Que oportuno.

— Por favor, não insinue coisas. Você mais do que ninguém quem tomou uma esposa inusitada.

Daemon riu. Ele sabia que aquele assunto chegaria em breve, seu casamento com Lys seria questão hora ou outra.

— Então era sobre isso. Lys e eu.

— Na verdade já passamos por cima desse assunto, não é mais um problema na corte. – Disse Viserys servindo-se de um cálice de vinho e oferecendo outro a Daemon. – O melhor da árvore.

O Príncipe Rebelde - Daemon TagaryenWhere stories live. Discover now