"Loucos por amarem. Loucos por sentirem. Loucos por se permitirem"
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Ela queria ser livre! Não precisar mais se preocupar em conferir se a porta estava bem fechada ou com o medo quando um estranho tentava arrombar a mesma. Não precisa de alguém p...
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CAPÍTULO 32
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Segundo andar do Casino, lado de fora da sala privada 03 de junho, 2023/ 3:59 AM
Uma única lágrima rastejou sobre as bochechas de Maia junto a um suspiro trêmulo. Ela ainda conseguia sentir a pressão da arma posta brutalmente em sua cabeça, por um momento, tinha imaginado seu fim. Um tiro seco e friamente calculado para que não sobrevivesse! Maia tremeu sobre a ameaça do homem armado e jurava que morreria, ninguém conseguiria o impedir. E quem ligaria para sua morte?!
A garota era apenas uma forma de pagamento, aceita para quitar dividas. Não tinha amigos de décadas que chorariam por seu fim, não tinha familiares que sentariam em volta de seu túmulo e lamentariam sua ida. Não tinha ninguém.... Tudo era complexo de mais e simples de mais para ela compreender, mas quando os olhos de Enrico pousaram no seu, ela por um momento pensou que poderia ter alguém. Mesmo que ele não chorasse em seu leito de morte, mesmo que ele não sentisse nada por ela — além de desejo, em base, sexual — De alguma forma o alvo havia se mostrado inclinado a protege-lá.
— Não acredito que eles foram pra lá e nós deixaram aqui! — rugiu Olívia enfurecida. Seus olhos castanhos brilhavam em raiva enquanto encarava a porta.
— Eles só estão tentando nós proteger! Seja lá o que à atrás daquela porta ou o que os esperam, é perigoso — Emma tentou amenizar a fúria da amiga com calma, mas apesar dela tentar respirar divagar, ela não conseguiu acalmar seu coração medroso. Sua mente já criava mil suposições de como encontraria seus amigos e namorado, mortos.
— Isso não justifica! Meu deus.... Eles são burros a acharem que estamos seguras aqui e que merecemos continuar no escuro em relação aos assuntos da famíli....
— Um deles botaram uma arma na minha cabeça! Eu quase morri hoje. — Maia cortou o desabafo da morena agitada, com grosseria. Mas não ligava para isso no momento, seus olhos estavam longe e a ponta de seus dedos beliscava seu braço na tentativa de acordar e perceber que tudo não se passou de um sonho — Então agradeça de não precisar se envolver nos assuntos da família ou entrar naquela sala. Eles querem proteger a gente, porque sabem que é perigoso! Aceita isso.
