Fim

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– Eu acho que não vou mais – declara Barcode.

– Como assim? – pergunta Jeff, Barcode ligou por vídeo para o amigo ajudá-lo – Você vai sim, tu mesmo falou que a amiga dele atrapalhou o encontro, agora não quer mais ir?

– Ai senhor – Barcode faz cara de choro pelo nervosismo.

– Ei, relaxa, vai dar tudo certo, vai tomar um banho, veste uma calça jeans claro, aquele teu moletom marrom e sapatos brancos, se acontecer qualquer coisa me liga que eu vou correndo e dou um chute nele – diz Jeff.

– Obrigado, amigo – Barcode sorri.

– Vai te arrumar que eu te espero na ligação, porque logo logo tu volta com um "acho que não vou mais" bora – exige Jeff.

– Ok, ok, estou indo – tranquiliza Barcode já se levantando.

Em 15 minutos, Barcode está em frente ao celular passando perfume, completamente pronto.

– Perfeito – conclui Jeff batendo palma do outro lado da ligação.

– Obrigado, obrigado – agradece Barcode como se estivesse em uma apresentação.

– Bom encontrinho pra vocês dois, me conte tudo quando voltar – Jeff se despede antes de encerrar a chamada.

Barcode guarda o celular no bolso, e desce as escadas, informou sua família que sairia com Perth para a sorveteria, ninguém questionou porque ele realmente sai com seus amigos de trabalho. Se despede da sua mãe que é a única que está na casa na hora que vai sair, dá um beijo no seu rosto e sai correndo, coloca as chaves no bolso. Sorri assim que vê o sorriso de Perth, o homem o aguardava com a janela abaixada.

– Boa tarde, Perth – diz Barcode acenando e seguindo para o banco do carona de cabeça baixa.

– Boa tarde, Barcode – responde Perth, sorrindo com os olhos fechados pela fofura do garoto – O som é todo seu se quiser – diz, vendo como o mais novo olha para o rádio do carro.

– Obrigada – Barcode sorri levemente e brinca com os seus dedos, antes de ligar o som e escolher uma música.

Cantar as músicas que tocam o ajuda a relaxar um pouco, Perth dirige tranquilamente pelas ruas e estaciona em frente a uma bela sorveteria. Ambos descem do carro e caminham próximo um do outro, sem se dar as mãos, mesmo que os dois desejem fazer isso, mas estão envergonhados demais para tomar uma atitude.

– Eu posso escolher o teu sabor de sorvete? – pergunta Perth animado para que Barcode prove o melhor sabor dali na sua opinião.

– Só se eu puder escolher o seu – desafia Barcode.

– Mas eu sei quais aqui são os melhores, você não conhece, como faria? – argumenta Perth.

– O seu seria uma indicação e o meu um sorteio – Barcode ri dando de ombros para a sua ideia.

– Tudo bem então, se eu não gostar tu que vai tomar, feito? – acorda Perth.

– Feito – e os dois estreitam as mãos.

– Eu quero o de chocolate suíço – pede Perth para a atendente no balcão, enfeita seu sorvete com biscoitos, granulado, pedaços de morango e banana.

– Eu quero o de chiclete – Barcode tentou ir pelas opções que ele acreditava não combinar, enfeitou o dele com o que tinha, marshmallow, gotas de chocolate, biscoito, morango, banana, uva, Nutella, chocolate, todas as caldas que tinha o visual do sorvete ficou horrível.

– Meu Jesus, o que foi que eu te fiz? Por que me odeia – Perth dramatiza para Barcode.

– Eu não te odeio, prove! – Barcode tinha um sorriso malvado no rosto.

– Se eu passar mal e morrer, diga aos meus amigos e familiares que eu os amo muito – adiciona Perth antes de aceitar a troca de taças, Barcode ri.

Cada um leva um pouco sorvete à boca, Barcode solta um gritinho animado por gostar muito da escolha, já Perth faz uma careta, pois o seu ficou enjoativo principalmente com as misturas de calda, conseguiu disfarçar porque sorriu automaticamente ao ouvir o gritinho de Code. Passa a empurrar e separar os acompanhamentos para poder comer ao menos um pouco daquela gororoba.

– Tu não gostou não é? – pergunta  Barcode curioso – Tu não ia me fazer tomar?

– Quem disse? Eu amei, vou tomar tudinho – Perth sorri, não queria que o seu pequeno provasse o sorvete de Chernobyl e nem machucar seus sentimentos dizendo que não gostou.

– Sério? Deixa eu provar então – pede Barcode.

– Não, muito bom que eu não quero dividir – diz Perth.

Barcode pega sua própria colher e rouba um pouco do sorvete do outro homem, assim que prova o sorvete, faz careta.

– Eu não acredito que tu teve a coragem de dizer que isso tá bom – Perth ri da cara de nojo de Barcode – Divide comigo o meu, tá muito bom.

Coloca a taça do sorvete entre os dois e passam a dividir, ignorando a outra taça no canto.

– Ei, eu preciso agradecer pra ti – diz Barcode sem levantar a cabeça da mistura do sorvete na sua frente.

– Por quê?

– Por mandar as cartas, nunca ninguém imaginaria que era você – um sorriso de canto surge nos lábios do mais novo.

– Desde quando sabe? – pergunta Perth nervoso, não queria negar, mas tava com medo da reação.

– Fui na cafeteria da Milk para investigar, quando tu me mencionou ela como tua amiga, eu já soube e quando tu me apresentou ela foi a confirmação – Barcode dá de ombros – Mas voltando, obrigado, se não fosse por ti, não estaríamos agora aqui.

– Você gosta de como estamos? – pergunta Perth curioso.

– É claro que sim – os dois sorriem tímidos um para o outro.

As mãos deslizam pela mesa até que os dois as entrelaçam em cima da mesa, olhando com afeto e carinho nos olhos um do outro, Perth já estava apaixonado, mas aquilo era novo, o sentimento era novo para Barcode e ele precisa ainda ser conquistado. Não há pressa, Perth está disposto a conquista-lo, quantos encontros forem necessários, quanto tempo precisar, já estava perfeito ter essa chance.

Fim.

Bem rápida e fofa, espero que tenham gostado❣️

O Mais Fofo (PerthBarcode)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon