anything they wanna hear.

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Woolley o chama de canto com os dedos. Um sorrisinho pretensioso dançando em seus lábios enquanto faz de tudo para parecer, no mínimo, agradável.

"Deveríamos sair para tomar um copo de conhaque, qualquer dia."

Harry até poderia negar, mas ele não o faz.

Quando fora a última vez em que se desprendeu de sua jaula e arrancou algumas correntes do seu caminho? Fazia tanto tempo.

De qualquer jeito, ele vai a um maldito bar. Sente o corriqueiro perfume forte e barato se inundando pelo ar e fazendo seu estômago borbulhar em acidez. Ele ergue o olhar calmo para o balcão e acena com a cabeça para um rapaz, esperando a atmosfera se tornar parcialmente amena com uma boa garrafa de cerveja.

A luz neon do letreiro ofuscava a visão de Harry, e aquilo já estava começando a o incomodar de verdade. Não era um dia muito bom, e além do mais, ele odiava esperar.

Por sorte, como um aviso de Deus, Woolley chegou, carregando consigo toda sua prepotência evidente e seu olhar charmoso.

Ele sorriu cordialmente antes de puxar uma cadeira para si e deixar a bengala amadeirada se recostar no canto da parede.

"Como vai, Harry?" Pergunta, mascarando seu desígnio dubitável com uma expressão excessivamente relaxada. - como se nada daquilo fosse nada demais. Quer dizer, era algo, não era?

Harry não responde de primeira, ao invés disso, freia sua armação articulada ao rebater. "Posso perguntar seu primeiro nome?"

"Eu gosto que me chamem de senhor." Ele responde, convicto.

O outro arqueia as sobrancelhas, desafiando suas próprias habilidades de o intimidar. Merda, ele vem perdendo toda a credibilidade desde...

"Bem" Woolley assente, parecendo pensar em algum retorno cabível. Como se não soubesse o próprio nome. "Você pode me chamar de Charles Foster."

"Esse não é o seu nome."

"Certamente."

Harry não se convence de aceitar essa resposta, mas por hora, tenta sanar a curiosidade orbitante dentro de si mesmo. - porque Wolley (Charles Foster) só parecia tão intrigante.

"Quero mudar o meu também." diz.

"Você pode."

Ele pensa por um instante antes de responder. "George Bailey." E estende a mão em direção ao outro.

Charles parece momentaneamente incrédulo, como se aquilo fosse ridículo demais. "Só... Por que?"

"Por quê sou um sonhador determinado."

"Brega, George."

Houve um silêncio depois daquilo. Harry processando suas palavras porquê ele sabia que em parte, sim, ele era um grande sonhador, mas também havia outra coisa.

A Felicidade Não Se Compra era o filme favorito de Amy, e merda, eles assistiram àquilo tantas vezes que ele era incapaz de contar. A mensagem do filme era uma lição que sua bisa o obrigou a seguir - não que ele estivesse reclamando.

"Sem formalidades, vamos aos finalmentes." O louro proclama, arrancando seu terno de linho dos ombros e o empurrando para o banco vazio ao seu lado.

Harry arqueia as sobrancelhas, a confusão estampada em seu rosto. "O que quer dizer?"

"O conhaque, oras."

breakfast at folks | hiatus.Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu