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TW: VIOLÊNCIA, ABUSO FÍSICO Não se obrigue a ler caso passe por um problema parecido.
[RELACIONAMENTO AMOROSO] Subtítulo:Mate ele por todos nós Palavras: 704 Última atualização: 19.09.22
Os gritos eram inúteis. As lágrimas eram inúteis. A porra do telefone na parede era inútil. S/n estava pres_ no porão desconhecido.
O panfleto com o seu rosto, nome, descrições físicas e data do desaparecimento impresso em preto e branco agora estava junto dos outros garotos desaparecidos e seu irmão Griffin de apenas 7 anos de idade.
El_ não tinha ideia de quanto tempo já estava lá dentro, se iria conseguir fugir e muito menos se esse foi o mesmo sequestrador do seu irmão. A única coisa que S/n sabia era de que o sequestrador era forte.
Seus braços musculosos _ pegaram de surpresa enquanto el_ o ajudava a recolher as coisas jogadas no chão. Um spray desconhecido foi espirrado em sua boca e, então, S/n apagou se debatendo para se livrar dos balões pretos.
- ME TIRA DAQUI, SEU FILHO DA PUTA!! - o berro foi em vão, assim como todos os outros chutes contra a porta trancada
Seu corpo bateu contra o chão gelado quando o homem mascarado abriu a porta. Os olhos d_ garot_ se arregalaram e el_ se sentou, rapidamente se rastejando até o colchão no chão sem tirar os olhos dos do homem.
- Ninguém pode te escutar, S/n. - ele colocou o prato de ovos mexidos e a garrafa da água sobre o chão ao lado da parede, logo depois parando para observar a feição medrosa da vítima
El_ abriu a boca para falar algo, mas nada saiu. As mãos sobre os joelhos estavam tremendo e ele notou.
- Por que está tremendo? Eu te deixo assustad_? - o homem inclinou a cabeça para o lado lentamente, parecendo sorrir por trás da máscara sem boca
Ele saiu do cômodo e fechou a porta, não a trancando. O pequeno ruído de passos subindo a escada foi escutado por S/n.
El_ abaixou o olhar para a fechadura e percebeu que ele não havia trancado a porta ao sair.
"Que porra eu faço agora?", el_ se perguntou mentalmente
O telefone tocou e S/n se assustou.
- De novo, não. Vai se foder. - el_ murmurou por fim, se levantando do chão e abrindo a porta
Se soubesse o que aconteceria através da porta, S/n preferia ter batido a própria cabeça contra a parede até a morte.
O braço musculoso do homem ergueu acima da cabeça e ele _ chicoteou. Foram duas, quatro, sete, dez, quinze e dezessete, até ele se cansar de vez.
S/n gritou, se debateu e chorou a cada pancada. Seu corpo estava repleto de cortes. O sangue escorreu e pingou no chão junto de suas lágrimas avermelhadas, mas ainda sim, nenhuma palavra saiu de sua boca.
No fim, ele soltou o animal de pelos pretos, que saltou por cima de S/n e mordeu seu pescoço já ensanguentado.
Seu último grito escoou e o homem _ chicoteou outra vez na boca para faze-l_ ficar quiet_.
[...]
- Oi, Finney. - el_ diz na linha, assustando o namorado
- S/n?! - ele pergunta com os olhos já marejados
- Não chore, por favor.
O garoto engoliu seco, segurando as lágrimas. - Não estou.
- Eu sei que está querendo. Eu vejo você. - S/n riu fraco
- Você me vê? - ele olhou ao redor
- Eu estou do seu lado, bobinho, mas você não me vê.Eu sempre estive com você, Finney. - el_ faz uma pausa - Agora faça o que Robin te ensinou e mate aquele cara, por favor.
- Eu não sei se consigo, S/n. - ele abaixou a cabeça e suspirou - Eu sinto tanto a sua falta...
- Eu também sinto... e muita. Sabe, Finney? Eu não atendi nenhum telefonema, mas se eu soubesse que Griffin foi o primeiro a me ligar, eu teria atendido só para escutar a voz dele novamente. Ele é o meu irmão e agora nós estamos aqui... juntos. Você vai conseguir, eu sei disso. Estou torcendo por você.
- Vou falar com você outra vez? - ele perguntou tristemente
- Não, infelizmente essa é a última ligação. Você consegue, Finn. Mate ele por todos nós. Mate para ver a sua irmã. Mate por mim, Griffin, Robin, Bruce, Billy, Vance. Mate ele, Finney! Mate! Eu te amo tanto, meu garoto, você não tem ideia.
- Eu também te amo, S/n...
A ligação cai e Finney respira fundo arrancando o telefone do fio com força.
