O Príncipe Rebelde - Daemon Tagaryen

5. Entre príncipes e prostitutas

— Eu sei. – Retrucou triste em resposta ao comentário da mulher.

— Mas, ele é infeliz na união. Então procura consolo no colo das nossas meninas.

— No seu também? – Lys não pode evitar a pergunta.

— Às vezes, já tem um tempo que não e acho que um certo alguém é o motivo dessa falta.

Uma onda quebrou na praia.

— Um homem não deve trair sua esposa. – Foi a única coisa que Lys conseguiu pensar em falar para sair daquela situação.

Mysaria sorriu.

— Então iríamos à falência. Meu amor, deixe-me ensiná-la, um rostinho jovem e bonito como o seu faria sucesso em nosso negócio.

Então era isso que ela queria? Levar Lys para trabalhar no bordel como uma de suas meretrizes? Era o que ela merecia afinal? A garota sequer ponderou, pois achava a ideia absurda demais para ser levada em consideração.

— Me desculpe, posso correr o risco de ofendê-la, mas não desejo isso para minha vida.

— E o que você quer? Muitas crianças e um marido que volte para casa a cada grande lua depois de lutar batalhas às quais venceu honradamente? – Zombou Mysaria. – Essa vida só existe nos livros, é algo que as septãs contam às pequenas ladies em suas camas confortáveis, não é para gente como nós.

Lys não queria mas precisava admitir que Mysaria tinha razão, a A história que contava para si mesma era apenas isso história e se ela desejasse muito ter essa vida talvez nunca conseguisse construir nada.

— Estou te oferecendo a oportunidade de fazer algo relevante e poderia viver conosco, onde não mais seria obrigada a aceitar este tipo de tratamento. – Mysaria tocou levemente no machucado exposto no colo de Lys.

Os olhos da garota se encheram de lágrimas que ela se recusou a derramar, não queria sentir-se fraca. Nunca antes alguém tinha comentado sobre suas marcas e as poucas pessoas que as viam ignoravam completamente.

— Se mudar de ideia sabe onde me encontrar e você não precisaria fazer o que faço sabe, pode ser de um só. – Mysaria sorriu e se retirou.

•

Damon tomou o caminho mais longo até onde iria encontrar seu do irmão. Tinha sido convidado a comparecer em uma reunião privada com o mesmo e ele já sabia o que possivelmente discutiriam.

Corria pelos corredores de Red Keep que Aemma recusava-se a engravidar novamente, afinal já tinha perdido mais filhos do que os feito viver e estava cansada e desolada demais para tentar novamente.

Se isso fosse verdade, Daemon era o único herdeiro da coroa e quando Viserys morresse seria o rei, protetor dos sete reinos. Ele adoraria ver a cara de Otto Hightower quando o irmão o proclamasse herdeiro do trono de ferro.

Acompanhado de dois guardas Daemon caminhou pelo grande salão até encontrar Viserys sentado no trono de ferro, por isso ele não esperava.

— Aproxime-se irmão. – Pediu Viserys e Daemon obedeceu.

— Que tipo de conversa informal precisa que você esteja no trono de ferro? – Perguntou Daemon.

— Só queria impressionar, consegui? – Viserys riu um pouco.

Era bom ver o irmão feliz, mesmo que minimamente.

— E qual o motivo para esta reunião?

— Bom, tenho reparado que você anda meio ausente. Fiquei sabendo que os mantos dourados tem feito diligências sem a sua companhia.