NO CARRO JANE ESTAVA FURIOSA DANDO BRONCA EM SEU FILHO, e com razão, onde já se viu sair da maneira que ele saiu? Foi tão infantil e perigoso ao mesmo tempo. Ela falava sem parar e seu filho parecia mesmo uma criança revirando os olhos e ignorando totalmente seu sermão.
- O que estava pensando quando fez isso?
- Em sair de casa, oras.
- Acha que isso é engraçado?
Zayn solta um suspiro, impaciente. Evitou olhar pra sua mãe. Merda! Trânsito. Isso significa que seria mais minutos ouvindo ela tagarelar as mesmas coisas.
- Eu não entendo... eu sempre te dei tudo do melhor, casa limpa, comida, atenção, amor... e você me agradece indo parar naquele lugar imundo e sozinho? Sério, filho, eu quero te entender! Por que fez isso? Saiu escondido como se eu não fosse ficar sabendo. Achou mesmo que ia passar essa noite fora de casa?
- Foi aquela tonta que me dedurou?
- O que?! Quem?
- Uma loira que estava no jantar. Deve ser filha de alguma amiga sua. Eu sabia que aquela imbecil ia me entregar... - murmurou.
- Isso é jeito de falar de uma mulher?! Se estiver falando da Rebeca saiba que ela é uma menina adorável e não, não foi ela quem te dedurou, foi seu amigo, o Harry.
- O quê?!
- Hm, ficou surpreso?!
- Ele me paga. - bravo, trancou o maxilar. Impossível isso! Como seu melhor amigo teve a coragem de entregá-lo?
- Ele fez muito bem em me contar essa sua maluquice. Harry me ligou dizendo onde estava e comentou sobre você dizer que não queria voltar nunca mais pra casa.
- Escuta, mãe...
- Não. Escuta você! Eu já entendi. Entendi tudo. Você odeia sua família, odeia sua casa, odeia as pessoas que te amam, odeia tudo e todos. Mas se você acha que vai me fazer sair todas as madrugadas pra ir atrás de você, está muito enganado.
- Qual é, vai me por de castigo? - ele ri. - Não sou uma criança.
- Hoje você agiu como uma. Vai ficar sem celular, sem computador, sem carro, sem a visita dos seus amigos. E só vai sair com a minha permissão.
- Mãe!
- E pra sua informação, ter dezoito anos é considerado ser adolescente SIM, e por essa razão, você está de castigo. Não me importo se vai ficar com raiva e me ignorar por uma semana, eu sou sua mãe e você é meu filho. Vou cuidar de você até você criar juízo.
Ele vira o rosto para a janela.
- Que se dane. - murmurou.
- O que disse?
- Não disse nada.
Jane respirou fundo, precisando ser firme agora, agir como qualquer mãe agiria. Ela não queria saber se seu filho sentiria raiva pela bronca que levou, ela só está fazendo seu dever, mas o garoto não queria saber, ficou com raiva do seu "amigo", e contava as horas para tirar satisfação.
- Contou pro meu pai?
- O que acha? - eles se olham. - Claro que não. Eu não seria louca.
|REBECA|
REBECA RECEBEU A MEMÓRIA DA NOITE DE DOMINGO ANOITE quando apertou a campanhia da casa dos Malik. Aquele "encontro" com o filho do pastor foi um horror, mas ao mesmo tempo foi... engraçado? Vê-lo pulando a janela foi hilário. Caótico, mas hilário.
