Capítulo 17 - Desconfiança

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Nina

Saímos do apartamento com passos firmes, embora meu coração estivesse a mil. Luana estava ao meu lado, seu apoio silencioso me dando a força necessária para seguir em frente. Tomamos um táxi até a delegacia, cada minuto dentro do carro se arrastando como uma eternidade.

Quando finalmente chegamos, a fachada cinzenta e impessoal da delegacia parecia intimidante. Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. Luana apertou meu ombro, um gesto reconfortante.

— Vamos, Nina. Estamos juntas nisso — ela disse, com determinação.

Entramos na delegacia e fomos até a recepção. Expliquei rapidamente a situação à atendente, tentando manter a voz firme. Ela nos direcionou para uma sala de espera, dizendo que um policial investigativo logo nos atenderia.

Enquanto esperávamos, meu celular vibrou novamente. Senti um calafrio percorrer minha espinha. Outra mensagem anônima.

Mensagem Anônima: "Eu avisei, Nina. Se você abrir a boca, todo mundo vai ver. Pense bem antes de falar."

Minhas mãos tremiam enquanto mostrava a mensagem para Luana. Ela apertou meus dedos com força.

— Não se intimide, Nina. Isso é exatamente o que eles querem. Vamos contar tudo — ela sussurrou.

A porta da sala de espera se abriu e um policial entrou. Meu coração quase parou quando reconheci o homem à nossa frente. Era Mark. Seu olhar encontrou o meu e ele parou por um segundo, surpreso.

— Mark? O que você está fazendo aqui? — perguntei, incrédula. Luana ao meu lado estava igualmente chocada.

— Nina, Luana? O que estão fazendo aqui? — ele perguntou, confuso.

— Você trabalha aqui? — Luana exclamou, ainda tentando processar a presença de Mark.

Mark assentiu, parecendo um pouco desconfortável.

— Sim, sou investigador aqui. Mas... o que está acontecendo? Por que vocês estão aqui?

Luana me lançou um olhar de encorajamento, e eu sabia que precisava ser honesta, apesar do risco.

— Mark, precisamos falar com você. Estou sendo chantageada — comecei, mas antes que pudesse continuar, meu celular vibrou novamente.

Mensagem Anônima: "Último aviso, Nina. Abra a boca e todos vão ver."

Mark percebeu minha hesitação e a expressão de medo no meu rosto.

— Nina, o que está acontecendo? — ele perguntou, mais suavemente.

Eu engoli em seco, mostrando a ele a última mensagem. Sua expressão mudou instantaneamente, passando de confusão para uma determinação feroz.

— Vamos para a minha sala. Precisamos resolver isso — ele disse, nos guiando pelo corredor.

Uma vez dentro da sua sala, Mark fechou a porta e se virou para nós.

— Nina, me diga exatamente o que está acontecendo — ele pediu, sua voz firme, mas reconfortante.

Contei tudo, desde a primeira mensagem até a mais recente, mas hesitei por um momento antes de continuar. Olhei para Luana, que assentiu encorajadora. Respirei fundo e decidi que era hora de revelar tudo, sem segredos.

— Mark, tem mais uma coisa — comecei sentindo meu rosto corar. — Eu sou... uma camgirl. Tenho um perfil onde faço lives e tenho alguns assinantes. Um deles é anônimo e sempre foi muito insistente. Tenho suspeitas de que ele pode estar por trás dessas ameaças.

Secret Life - NinaWhere stories live. Discover now