Marcela: Ela bebe sim mãe é que ela gosta de fazer graça - riu e eu olhei pra ela de cara feia.

Dalila: Bebo sim tia mas não igual esse povo.

Ana: Tá certa meu amor, tem que beber com moderação.

Marcela: Nhenhenhe meu amor - revirou os olhos me fazendo rir

Ana: Olha essa Marcela é muito ciumenta viu? Deixa eu organizar as coisas ali que o tempo tá curto.

Eu bem distraída fazendo as coisas quando sentir um olhar pesar sobre mim, eu nem precisei de esforço pra saber quem era, por dentro eu queria morrer de vergonha e mais um milhões de sentimentos que eu não consegui decifrar.

Olhei disfarçadamente e vi ele ali, todo perfeito sabe? Uma camisa de time branca toda suja, cabelo bem cortadinho, de bermuda e chinelo olhando bem na minha direção, fiquei foi nervosaaaaaa.

Mas ele caiu em si quando a criança no braço dele se mexeu, criança inclusive a cópia dele, bofe botou maior cara feia, cumprimentou eu e as meninas sem muita graça e saiu de perto, até murchei.

Tati: Amiga disfarça tá muito na cara que você tá babando nesse homem - cochichou no meu ouvido.

Dalila: Você já foi tomar no cool hoje? Não tô babando em ninguém, você vê demais - cochichei de volta

Marília: Que vocês tão cochichando em? Duas fofoqueiras, feias - deu língua.

Dalila: Tatiane aqui dizendo que tá com fome - rir

Tatiane: Seu cuuuu Dalila - falou puta.

[...]

De repente foi enchendo e começou a chegar uma quantidade de gente que eu me perguntei como ia caber nessa laje, pelo jeito dona Ana é muito querida por aqui mas também essa feijoada dela é surreal de tão gostosa, já comi uns três pratos.

Clima foi ficando gostosinho, o grupo de pagode arrasando nas músicas bem pra machucar o coração mesmo, eu me empolguei tanto sambando que quando vi tava só eu dançando e todo mundo olhando, fiquei foi morta de vergonha.

Ana: Loira arrasa no samba em? Que isso ensina pra coroa aqui - riu batendo palmas

Dalila: Aí eu me empolguei dona Ana, nem sei dançar não - rir e dei um gole na cerveja pra disfarçar o mico.

Voltei até pra mesa das meninas, aproveitei e enchi meu copo com bastante cerveja geladinha, aí eu sou apaixonada viu? Brahma gelada é vida.

Marília: Quem te ensinou a dançar assim em? Me ensina - riu

Dalila: Adivinha? Aprendi com Tatiane cu de barata - dei um berro

Tatiane: Aí cara vocês não tiram meu nome da boca, que ódio - riu

Marília: Eu tô no céu, me ajuda senhor - falou de forma totalmente aleatória olhando pra porta fazendo a gente olhar também.

Era o bofe voltando pra festa junto com uma tropa de bandido, dei um gole na cerveja que engoli seco, não sei que tanto nervosismo esse homem me causa, nunca fui assim maluca, quando olhei pro copo a cerveja já tinha até acabado em um gole só.

Tinha uns caras acompanhado de mulher, outros sozinho e ele somente com o filho, que rapidinho soltou da mão dele e saiu correndo, respirei aliviada né? Bofe comprometido não dá.

E eu nem sei porque tô pensando isso já que não tem condições alguma de rolar outra coisa entre a gente, o Dalila.

Fui interrompida dos meus pensamentos loucos com Marcela passando do meu lado igual um furacão, garota correu que nem bala pegava.

Marília: Que foi gente? Entendi nada agora -  falou olhando pra minha cara e a de Tati

Dalila: Eu tava com a cabeça longe nem entendi também - arqueei a sobrancelha

Tati: Ela não tá muito legal hoje não gente, percebi desde que cheguei - falou preocupada.

Dalila: Vou lá né? Ver se ela tá passando mal ou alguma coisa assim, ando tão voada que eu nem percebi nada.

As meninas apenas concordaram com a cabeça e eu me levantei da cadeira indo atrás da Marcela.

Mesquita: Coe tu vai pra onde? - tremi ao ouvir a voz dele atrás de mim logo que eu fui descendo as escadas e respirei fundo ao sentir sua mão segurar meu braço me travando de continuar descendo.

Dalila: Vou atrás da Marcela, porque? - arqueei a sobrancelha me virando para olhar a cara dele.

Mesquita: Deixa ela lá, adianta tu ir atrás não - senti ele puxar meu braço um pouco mais forte na intenção de me deixar mais perto

Dalila: Tá maluco? Me solta, cheio de gente aqui, independente de qualquer coisa gosto dela é minha amiga e eu vou atrás sim - falei puxando meu braço da mão dele.

Mesquita: Se tu gosta dela como mulher e for atrás, só vai se magoar papo reto, contigo mesmo.

Dalila: To nem entendendo onde você quer chegar, explica melhor - cruzei os braços olhando serinho pra cara dele. 

Mesquita: História longa loirão, Marcela tá assim porque viu o mano chegar com a mulher, se envolve nessa história não que tu vai sair fudida.

Dalila: ah - minha boca abriu e fechou e eu não consegui falar mais nada o que foi o suficiente pra esse viado se aproximar de mim e me roubar um selinho, ainda saiu rindo da minha cara.

Eu queria gritar, xingar e bater nesse viado mas eu não ia chamar atenção nunca por causa dele, que ódio!!

Me recompus e fui atrás da Marcela mesmo assim, sendo que acabei nem encontrando ela, então recolhi meu rabinho e voltei pra laje onde eu estava com as meninas.

Tinha trocado o nome do bofe com o nome do filho meninaxxxxz kkk A lerdeza em pessoa, agora ajeitei certinho.
Curtam e comentem bastante!!!

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