Déspota Remanescente

Capítulo 13: O Grande Final

— Pai? — A garota dos cabelos prateados entrou em choque ao notar que seu pai estava naquela sala. Quer dizer, ela achava que seu pai havia morrido. Ela estava apontando sua arma justamente para ele, como se ela fosse capaz de matá-lo, o que a deixou ainda mais chocada. Aquele era um reencontro inesperado.

— Filha? — Ethan respondeu, extremamente surpreso em revê-la depois de tantos anos. Da última vez que ele a viu, ela tinha dezoito anos, mas agora, ela já era uma mulher de vinte e três anos de idade. Como seu capuz não estava à cabeça, seria bem fácil para Ethan reconhecer o rosto de sua filha amada.

— Você ainda tá vivo?

— Como assim? Eu sempre estive. — Os soldados da Facção Primária apenas observavam a cena, apontando suas armas para todos os homens naquele local, incluindo Ethan Wallace Floyd.

— Me disseram que você foi assassinado... — A garota soltou o ombro de Lac e se aproximou de Ethan, guardando sua pistola em seu coldre enquanto se aproximava dele.

— Eu estou vivo. Quer dizer, ainda estou... Por onde você esteve durante todos esses anos? — Ele viu a garota se aproximando, e decidiu se aproximar também, vagarosamente.

— Na Facção Primária, eu fui acolhida por eles...

— Facção Primária? Você?!

Ethan ficou ainda mais surpreso com o que ela disse, e ficou um pouco desapontado com a sua filha. Quer dizer, ele não queria que ela fosse participar da guerra entre a Facção Primária e a Legião Zero. Essa nunca foi a vontade de Ethan. Ele queria que ela fizesse qualquer coisa, menos se unir àquela guerra. Mas quanta hipocrisia da parte dele, pois ele estava na Máfia Estadunidense, e de certo modo, estava participando daquela guerra.

— Eu não tive escolha, pai... Depois eu te explico.

— Como assim, filha? Como você se juntou à Facção Primária?! — Ethan ficou furioso. Era até vergonhoso de se ver aquela cena. Pai e filha começando a discutir no meio de uma operação militar? Aquilo era realmente inesperado e inusitado.

— Pai, você precisa me ouvir, eu não tive escolha! Eles simplesmente vieram até a nossa casa e me levaram com eles, e eles me disseram que você havia morrido! — Berrou Dorothy, visualmente furiosa. — E agora, o que eu vejo... — Ela começou a falar em um tom de voz mais calmo e sereno. Enquanto isso, um sujeito cruzando os céus pousava a alguns metros de distância da entrada do bunker, vestido de uma túnica bege-claro e com uma espada guardada em uma bainha. — É a sua hipocrisia que eu vejo. Você ficou surpreso em me ver na Facção Primária, como se não quisesse que eu participasse dessa guerra.

— Eu nunca quis que você fizesse parte disso, minha filha.

— E olha só pra você, dentro de um bunker da Máfia Estadunidense. Você tá com eles, não está? — O sujeito lá fora apenas encostou seu palmo sobre a porta do bunker, e a mesma simplesmente foi aberta. Uma corrente de ar poderosíssima passou por dentro das fechaduras daquela porta. Seja lá quem fosse esse sujeito, ele tem um incrível dom manipulando o vento, tão incrível era esse dom que ele conseguiu abrir uma porta blindada, utilizando vento.