Capítulo 5: O Conto

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A Facção Primária surgiu há muito tempo, e depois de seu surgimento, veio a Legião Zero. Duas organizações, uma rivalidade. Sempre estando em conflito direto, a Legião Zero visa se fortalecer para garantir a vitória. A Facção Primária busca enfraquecer outros possíveis inimigos, incluindo a Legião Zero. Em um mundo tomado por muita violência, caos e destruição, a Facção Primária promete derrotar a Legião Zero para adquirir força o suficiente para cumprir com seu objetivo principal, que é acabar com toda a opressão no mundo.


Nos encontramos agora no século XII, no Japão feudal. Estava havendo uma batalha. Samurais de uma aldeia enfrentavam samurais de uma aldeia rival em uma área plana de gramado aberto. Era de noite. Alguns homens carregavam tochas apenas para iluminar o ambiente. O restante? Estava lutando. Eram diversos samurais derramando o sangue de seus inimigos naquele gramado. Um sujeito encapuzado estava no alto de uma colina próxima do local, observando tudo. Ele vestia uma túnica de cor bege-claro e uma capa marrom com um capuz que cobria seu rosto.


Em meio àqueles homens, um samurai se destacava. Ele era experiente, habilidoso e implacável. Era o líder de sua aldeia. Ele desarmou um inimigo com apenas um golpe de sua espada e cortou sua cabeça com um golpe giratório. Empunhando sua espada com apenas uma mão, ele caminhou rumo aos inimigos, os enfrentando, sem medo. Acertava um por trás com um golpe longitudinal. Sua espada se banhou de sangue.


Parecia que o sujeito encapuzado no alto da colina não estava contente ao ver aquele samurai habilidoso acabando em segundos com aqueles homens. À sua cintura, havia um cinto com uma bainha. Ele estava armado com uma espada samurai também.


Chegou uns três arqueiros montados em cavalos que dispararam flechas contra alguns samurais. Aquele que estava se destacando apenas desviou das flechas com um salto olímpico surpreendente. Em meio ao ar, ele pegou uma das flechas e a arremessou contra um arqueiro. A flecha atingiu em cheio seu coração, e ele caiu no chão, sem vida. Era mais um simples guerreiro morto no local. Aquele samurai removeu seu capacete, revelando o rosto de um guerreiro japonês.


Ele era jovem, tinha um longo rabo de cavalo, era moreno e tinha olhos escuros. Ele seguiu caminhando na direção de outro arqueiro, arremessando seu capacete contra o mesmo, com uma força surpreendente. Com o impacto do capacete no arqueiro, ele despencou do cavalo. Outro samurai que estava por ali encravava sua espada no peitoral daquele arqueiro, o matando. Haviam poucos homens sobrando. O samurai então se aproximou de outro samurai com a perna ferida. Segurou sua espada com as duas mãos, se preparando para assassiná-lo enquanto o ferido implorava por misericórdia e se arrastava para fugir daquele samurai sem capacete.


De súbito, as chamas das tochas brilharam muito forte, e diversas bolas de fogo eram arremessadas daquelas tochas na direção de todos os homens presentes naquela batalha, à exceção do samurai que estava em destaque no meio daquela multidão de homens. Os homens queimaram e foram carbonizados. O sujeito encapuzado estava atrás do samurai, a alguns passos dele. De repente uma fortíssima ventania surge no local, ventania essa que virou o samurai de frente ao encapuzado. O samurai o encarou, assumindo postura ereta e atenciosa. O encapuzado e o samurai estavam se encarando. Começaram a andar em um círculo, com passos lentos. O encapuzado estava encarando o samurai, completamente focado nele.


— Eu esperei por tanto tempo para que este momento chegasse. — O samurai disse, em língua japonesa, ao encapuzado. O samurai o encarava com desdém, mas era um olhar que, ao mesmo tempo, era atencioso.

Déspota RemanescenteWhere stories live. Discover now