Papai Noel Atirador Parte III - Levei um tiro, olha no que deu

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                                                                                        PERCY



Chega um momento na vida de uma pessoa que ela reflete sobre sua morte:

Eu não acredito que eu saí do acampamento para ser morto pelo Papai Noel. Eu não acredito nisso! Porque deuses?

A minha situação está muito difícil.

Eu realmente queria ter um futuro com Annabeth, mas parece que as Parcas tinham outros planos. Fico imaginado se Quíron vai chorar quando queimarem minha mortalha no acampamento, eu sei que ele já treinou muitos heróis e já viu muitos morrerem, mas seria bom saber que não sou só mais um dos que ele treinou, ou pelo menos ele poderia fingir que está chorando só para agradar o meu fantasma, seria legal da parte dele sabe.

Seria legal não morrer, só para variar.

Eu me sentia nos filmes do Tom Cruise só que levar um tiro em filmes nem se compara em levar um na vida real.

Já estive muito perto da morte várias vezes e em quase todas elas eu estava assustado e com raiva, mas dessa vez eu estava em paz, para mim morrer para salvar quem ama é um dos melhores jeitos de partir. E se for para morrer no lugar de Annabeth, então eu morro feliz.

Minha mente parecia estar a mil. Esses pensamentos pareciam vir como chuva na minha cabeça.

Estou no chão, olhando para o rosto desesperado da loira ajoelhada ao meu lado. Annabeth mantinha seus lindos olhos cinza marejados no buraco de bala que foi aberto há pouco tempo no lado esquerdo do meu corpo, ela tinha suas mãos pressionando o meu ferimento, tentando impedir que a hemorragia me matasse. Seu cabelo caia pelo rosto enquanto ela tentava se concentrar em me manter vivo.

Grover parecia ter entrado em pânico e tentava se controlar com preces aos deuses, ele estava ajoelhado atrás de mim, mantendo minha cabeça alta com as coxas para evitar que eu me engasgasse com meu um balde.

Annabeth murmurava coisas agradáveis como: "Você vai sobreviver, só continue com os olhos abertos" e " Porque você fez isso, seu idiota!"

Eles não se importavam mais com os mercenários que se aproximavam lentamente ou com o Papai Noel louco que mirava a arma na direção de Grover, que usou os seus poderes para imobilizar o mercenário com raízes e ramos que o agarravam como teias de aranha.

Eu não ligava para a dor alucinante que parecia rasgar o meu corpo ao meio ou da dificuldade incrível que sentia para respirar, tudo o que eu queria era ver o rosto de Annabeth uma última vez.

Usei toda a força que tinha para levantar o meu braço e colocar os cabelos dourados de Annabeth atrás da orelha para ter uma visão mais clara de seu rosto. Ponho o polegar em sua bochecha e enxugo lágrimas que caiam livremente pela sua face.

E com dificuldade falo:

- Vocês precisam fugir.

Ela balança a cabeça freneticamente.

- Não, eu não vou te deixar. Juntos até o fim lembra Cabeça de Alga? – diz ela.

Sorrio, eu faria a mesma coisa. Nossa promessa se mantém.

- Parece que sou eu que vou ter que te deixar agora, me desculpe sabidinha. – digo com uma voz fraca.

Tusso o sangue que estava me impedindo de falar, o gosto metálico se espalha pela minha boca. Annabeth começa a soluçar e lágrimas não param de cair, seus olhos completamente tomados por tristeza seus soluços ficam mais altos. Nunca a vi assim. Totalmente desesperada.

A Batalha Contra a Noite - Percy JacksonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora