Capítulo 51

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Jisoo caminhava despreocupada pelos corredores da enorme casa, tendo entre sua mão direita os dedos de Rosé entrelaçados aos seus. Era quase como se não precisasse se vingar de ninguém, como se ter Rosé ao seu lado fosse suficiente. De fato, realmente era, no entanto, Jisoo não podia deixar as coisas como estavam. Se Soojoo realmente tivesse feito algo seria justo deixá-la achando que poderia aprontar sempre? Óbvio que não.

Parou em frente ao quartinho localizado ao lado da biblioteca, que era onde Chanyeol estava alojado. Bateu três vezes e não demorou muito para a porta ser aberta. Sobre a cama estava uma pequena mala e o rapaz estava vestido como se estivesse prestes a sair.

-- Eu só não fui embora ontem porque eu estava passando mal. -- Se justificou. -- Até tentei, mas fiquei com medo de passar mal na rua. Sinto muito. -- Ele disse, com uma mão apoiada na porta. Seus olhos desviaram para Rosé e a mais nova pôde ver quase desprezo contido neles.

Jisoo respirou tranquilamente, enquanto adentrou o ambiente sem permissão. Rosé a seguiu, estranhando o olhar sereno de Jisoo. Bem, isso até Jisoo fechar a porta com força, causando um forte ruído no local.

-- O negócio é o seguinte, Chanyeol... -- Jisoo disse lhe olhando calma. -- Vai desmentir na minha cara as merdas que disse ontem, tudo bem? E depois disso vai me dizer por que as inventou. -- O homem lhe olhou confuso, antes de desviar o olhar para Rosé, negando com a cabeça.

-- Você realmente a fez acreditar que eu menti, não foi? -- O homem perguntou, batendo palmas ironicamente logo em seguida. -- Eu não sei o que eu te fiz para estar me magoando desse jeito, Rosé. Não sei porque disse que me ama e agora está fazendo isso... -- Falou sentindo que foi traído. -- Só queria saber como era meu pênis na sua boceta? Era isso? -- Gritou. -- Responde, sua vadiazinha de merda!

Jisoo respirou fundo e passou a língua pelos lábios antes de estalar o pescoço e empurrar Chanyeol até uma das paredes, apertando a gola de sua camisa com as mãos.

-- Me escuta bem, seu pedaço de lixo ambulante... -- Jisoo disse rangendo os dentes. -- Se voltar a faltar com respeito com Rosé novamente... -- Sentiu Chanyeol tentar atingir seu rosto, mas foi mais rápida e segurou seu punho, o torcendo quase a ponto de quebrá-lo. -- Eu não sou a porra da comandante dessa merda toda apenas por ser a herdeira do título. -- Jisoo sussurrou irritada.

-- Soo? -- Rosé disse sentindo aflição. Tinha pavor de sangue e, ao que tudo indicava, Jisoo não estava para brincadeira.

-- Rosé, desculpe estar fazendo você ver isso. -- Disse se acalmando um pouco, afrouxando o aperto. -- Vamos do começo Chanyeol... Por que inventou isso?

-- Eu não... Ai, ai,aiii. -- Gemeu ao sentir Jisoo dobrar seu pulso com força. -- Eu juro, eu juro... Por favor... -- Gemeu. Jisoo apertou o maxilar e soltou Chanyeol com força.

-- Desgraçado. -- Sussurrou, se controlando para não quebrar ele inteiro. Não era agressiva, mas quando o assunto era Rosé ela perdia o autocontrole. -- Me conta do começo. -- Chanyeol assentiu assustado e olhou para Rosé.

-- Bem... -- Ele começou arrumando a gola de sua camisa. -- Rosé me enviou um bilhete...

-- Deixa eu ver o bilhete. -- Chanyeol assentiu e caminhou até o criado mudo, abrindo a primeira gaveta e retirando o mesmo de lá. Se dirigiu à Jisoo e o entregou a ela. Jisoo o olhou séria antes de abrir o papel e respirar aliviada.

-- Essa não é a minha letra. -- Rosé alegou assim que se aproximou de Jisoo.

-- É claro que não é. -- Jisoo disse. Não que tivesse dúvidas sobre Rosé, mas ter provas reais de que tudo não passara de um mal-entendido era reconfortante.

Over The Rainbow - ChaesooWhere stories live. Discover now