Viridian: O Guia Verde

Convicção

"Tudo bem a todos!" A voz amplificada e peculiar da Amplifier ecoou pela sala: "Está quase na hora de começar, então vá em frente e encontre seus lugares."

Katsuki fez menção de se afastar para ficar encostado na parede, mas Ogawa agarrou seu braço e o arrastou para a cadeira ao lado dele, então se inclinou para murmurar em seu ouvido:, "Ok?"

Katsuki zombou e revirou os olhos, então cruzou os braços e se afundou em seu assento quando Amplifier começou a reunião. Ele não merecia a ajuda deles de qualquer maneira. Ele não podia dizer nada.

"Hoje, cada um de vocês vai assumir um compromisso pessoal com a mudança." Amplier disse. "Uma coisa é dizer que você vai mudar porque o governo está te obrigando, mas outra coisa é assumir esse compromisso consigo mesmo."

"Sim." Maki sussurrou para ele. "A verdadeira mudança vem de dentro. Ninguém vai forçá-lo a ser outra pessoa."

"Cale-se." Katuski sibilou de volta. "Eu não preciso da sua ajuda estúpida."

Amplifier não ouviu o argumento sussurrado ou, mais provavelmente, decidiu ignorá-lo: "Tudo bem, Bakugo, você me ajudaria a distribuir alguns papéis?"

Katsuki grunhiu uma afirmação e se levantou, grato por se afastar do grupo de vilões que aparentemente decidiram adotá-lo. Ele pegou a pilha de papel de caderno em branco que Amplifier apontou da mesa e começou a entregar a todos algumas folhas enquanto Amplifier passava um copo de canetas incompatíveis.

Mesmo que ele estivesse ajudando e fazendo o trabalho voluntário para o qual ele estava tecnicamente lá, Katsuki ainda se sentia uma merda. Não era culpa dele que o papel estúpido o lembrasse dos cadernos estúpidos de Deku, que o lembravam do estúpido Deku e todos os outros extras estúpidos que ele machucou ao longo dos anos. Mais uma razão para não chegar muito perto de ninguém aqui. Se ele não chegasse perto de Ogawa e dos outros, não poderia machucá-los.

Uma vez que todos tinham papel e caneta, Amplifier gesticulou para Katsuki se sentar novamente. Infelizmente, ela gesticulou para o mesmo assento ao lado de Ogawa de onde ele havia acabado de se levantar, então ele não teve nenhuma desculpa para se distanciar. Ele olhou para ela e ela atirou-lhe um sorriso. Aquela cadela definitivamente sabia o que estava fazendo. Ele bufou e caiu pesadamente quando Amplificador foi para a frente da sala.

"Ok! Então, este é um exercício individual, mas vocês podem conversar entre si, se quiserem." Amplifier sorriu para Ogawa, que estava sorrindo de volta. "Você vai escrever uma carta. Isso pode ser para você mesmo, para alguém importante para você ou para ninguém, mas nesta carta, você se comprometerá a ser melhor. Seja o mais sincero que puder em sua convicção. Não faça promessas que não queira cumprir. Todo mundo pronto? Começar!"

"Não é à toa que eles sempre a recrutam para anunciar coisas." Akiko estourou seu chiclete alto. "Ela faz isso sem nem tentar."

"Ela pode estar tão acostumada a ser locutora por causa de sua peculiaridade que fala dessa maneira por hábito." sugeriu Ogawa.

"Você tem razão." admitiu Akiko. "Ah, se ao menos vivêssemos em um mundo onde não fôssemos moldados com base em nossas peculiaridades."

"Eu vou beber a isso." Maki riu. "Então, garoto, para quem você vai escrever?"

Katsuki fez uma careta: "Quem disse que eu ia escrever alguma coisa?"

"Você só vai dar um tiro no pé se não fizer isso, cara." Ogawa apontou. "Esses exercícios devem nos ajudar a nos tornarmos melhores. Você não pode simplesmente não fazer o trabalho e ainda esperar alcançar seus objetivos."

"Por que diabos vocês figurantes estão tão determinados em me ajudar?" Katsuki reclamou. "Não sou uma boa pessoa."

"Nem nós, garoto." Maki colocou uma mão gigante em seu ombro. "Esse é meio que o ponto."