Capítulo 6

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N/A: As últimas semanas foram super corridas, então demorei pra atualizar, mas aqui está mais um capítulo!! Não se esqueçam de deixar like e comentar! Ler as mensagens de vocês é o momento favorito da minha semana x)


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Quando chegaram no quartel dos Cobras, Nick estava impaciente; a perna esquerda balançando sem parar. À sua frente, eles podiam ver um grande galpão, que a princípio parecia abandonado; o reboco quebrado revelava os tijolos vermelhos por baixo, e as grandes venezianas de metal estavam com todos os vidros quebrados em vários lugares, provavelmente pelos discos de hóquei. As luzes estavam apagadas.

— O que exatamente viemos fazer aqui, Nick? — Alan perguntou, as mãos trêmulas fechadas em punho.

— Nervoso? — provocou — Talvez não devesse ter vindo.

Alan revirou os olhos.

Foi Nick que entrou primeiro, e assim que entraram, ele arrastou a ponta do seu taco numa grade de metal conforme caminhavam, o sol alto e metálico "ting, ting, ting" soando como se para anunciar que estavam chegando. Mas não parecia haver ninguém ali.

— Tem certeza... — Alan começou, mas Nick disse "Shh!" e apontou para a própria orelha.

Bem lá no fundo, pairou o som de uma espécie de gerador ligando, e logo depois, as luzes do galpão foram se acendendo, uma a uma, revelando o cenário em volta deles.

E lá estavam eles, cada um dos Cobras que jogaram contra eles — Cascavel, Víbora, Jararaca, Coral e Mamba-Negra — de pé em cima de carcaças de carros velhos, segurando seus tacos no ombro. Todos menos Heitor; Nick não podia deixar de notar.

— Ora, ora, se não são as abelhinhas — a voz vem mais do fundo, e Nick vê Cascavel. Ele era tão estúpido quanto aquele nome dele — A gente tava esperando vocês.

— Bom, se você tava esperando a gente, já deve saber do que viemos atrás — disse Nick mastigando o palito na sua boca.

Cascavel desceu do carro e andou até ele.

— Que foi? Tem uma cobra na sua bota? — disse Cascavel com um sorrisinho de desdém.

Ta ok, ele ia mesmo fazer aquela piada.

— Tá mais pra uma Naja cuspideira... — disse Nick, brincando com o novo codinome de Heitor — Cadê aquele traidor filho da puta?

— Seu namoradinho tava se sentindo indisposto. Sabe como é — zombou Cascavel assim que ficaram frente a frente.

— É mesmo? — disse Nick, sorrindo.

Nick cospe o palito da sua boca e, num golpe extremamente certeiro, atinge o nariz de Cascavel com uma cotovelada:

Eu acho que você tá mentindo.

Os Cobras se agitam no galpão, Cascavel faz um sinal, todos ficam em silêncio. Nesse momento, Sophia coloca um braço sobre Alan, o impedindo de reagir. O momento era de pura tensão.

— Você é mesmo um merdinha irritante — Cascavel disse, limpando o filete de sangue que escorria do seu nariz.

Ele agitou os dedos, e então muitos outros caras, talvez cinco ou seis, saíram de trás dos escombros. Eles definitivamente estavam em menor número agora. Então viu Heitor, que estava do outro lado, o mesmo olhar dissimulado da quadra, e se Nick tinha alguma dúvida de que ele era culpado, agora era certeza.

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