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- Matheus -

Entro no postinho seguindo o Victor que tava como um furacão, ele estava mais desesperado que tudo, gritava pelo loirinho e ia abrindo tudo quanto é porta, uma enfermeira fala mas ele não para, então eu puxo ele pelo braço.

Matheus: calma - ele me olha e desvia o olhar pra mulher de pele morena baixinha na frente dele.

Xx: calma senhor, ele está sendo atendido nesse momento, pelo estado dele vai orecisar de um medicamento que a gente não tem aqui, então ou ele terá que ser tranferido ou vamos ter que pedir o medicamento que dependendo da onde vai vir não sabemos o tempo de espera. Ele ta muito fragilizado e precisa de um cuidado excessivo.

Matheus: pode ajeitar a trasferencia pra gávea. Cade ele?

Xx: preciso da ficha dele, ele está na última sala da esquerda.

Matheus: vai - aponto com a cabeça pro Victor - deixa eu fazer isso logo - a mulher da as costas e eu sigo ela até o balcão da recepção.

preencho tudo, mando mensagem pra trindade avisando sobre o uso do convênio que a gente usa o no nome deles que já é manjado e vou pra sala em que o meu moleque ta.

Abro a porta sem nem ter batido e paro ali mesmo sem conseguir dar um passo.

Loirinho ta acabado, parecendo que um caminhão passsou por cima. O corpo todo sujo de sangue, cortes para todos os lados mas oq mais chama a atenção é o que começaatrás da orelha, passa por toda sua mandíbula e só para no queixo, acabaranm de dar ponto ali.

tem uma mulher ainda costurando o braço dele e o Victor ta do outro lado só obsevando ele dormindo, na verdade deve ta anestesiado.

Isso tudo me deixa puto pra caralho, ver meu moleque assim não ta fácil não, mente pesando falando que a culpa é minha e tudo mais, ta me deixando puto pra caralho e com um avontade de resolver isso agora.

vou começar a fazer guerra, ou ela vem até aqui ou eu vou até ela.

matheus: vai falar com a luana, ela vai ficar com ele lá na pista, tira ela do morro o mais rápido possível, não deixa ela dirigir, fala pra ela ligar pra doutora vir buscar ela - falo com o Victor ainda parado na porta e com os olhos no loirinho.

victor: vou espalhar o papo de toque de recolher - confirmo.

matheus: da um jeito na tia maria - ele se aproxima fazendo toque comigo - cuidado.

victor: sempre - ele fala olhando em meus olhos e eu saio dali dando espaço pra ele passar e indo até o loirinho.

fico observando tudo que a mulher faz, cada vez que a agulha passa pela pele dele traçando de um lado ao outro costurando seus cortes profundos feitos com faca de caça. bato a mão nos bolsos do shorts dele vendo se não tinha nada, pego os três isqueiros que tem ali sendo um meu. Ele nem fuma.

Xx: ele deve acordar daqui a pouco, a anestesia já espa passando - a mulher fala depois de terminar eu confimo com a cabeça.

a mulher sai me deixano sozinho com ele, fico só encarando mesmo me perdendo nos meus pensamentos mais saio dali.

matheus: ou - cutuco a mesma mulher morena - vai demorar a transferencia?

Xx: já teve retorno do hospital, já deve estar chegando.

matheus: valeu - faço belezinha pra ela e vou pra porta do postinho, em poucos segundos o vibora aparece e eu paro ele.

vibora: como ele ta? - eu ignoro a pergunta.

matheus: daqui a pouco vão vir pegar ele pra mandar pra gávea, fica de olho aqui - bato no ombro dele e saio dali descendo o morro a pé.

os lugares fechando, as crianças indo pra casa e tudo começando a ficar quieto. Recebo o aviso de que a ambulância está subindo, chego na barreira em pouco tempo, vim desviando por todos esses becos.

matheus: que horas vocês mudaram de plantão? - pergunto pros menor dali.

Fp: tem puco tempo, foi na hora em que fizeram aquilo com o loiro - ele fala meio triste - sabe se ele ta bem?

matheus: vai ficar - respondo olhando pra pista, minha cabeça a milhão. Pego o radinho na cintura sincronizando na linha central.

matheus: ae, seguinte. Quem ta na segurança, continua na segurança, o resto sobre todo mundo pro galpão e se prepara pra luta, daqui a pouco a gente vai atrás de justiça pelo loirinho, jaé? Quem não quiser entrar nessa é só falar, fica por aqui mesmo preotegendo a favela,os que vão serão recompensados.

não espero ninguém responder e guardo o radinho de novo, passo o olho na pista novamente vendo o carro que eu conheço muito bem vindo a milhão, algum dia ela ainda se mata nessa e eu sou obrigado a trazer ela de volta da onde quer que seja. Ela para o carro e eu vou até a sua janela.

troco algumas palavras com ela, luana chega com victor e elas logo saem dali. Mais uma vez o victor teve a chance e encaixar as peças e saber que é com a doutora que eu to me envolvendo mas ele não faz isso.

victor: oq vc ta pensando em fazer?

matheus: alto da boa vista não é nem um terço da rocinha, ir acabar com tudo lá é mais pratico - olho no reloógio vendo marcar quase 14h - se ele não bater aqui até as 17h, é eu que bato la.

victor: tem que acionar a trindade.

matheus: chama eles pra cá, lá pro galpão.

victor: jaé, vou subir lá.

matheus: já eu apareço por lá - faço toque com ele e ele acelera a moto subindo o morro.

fico ali um bom tempo, vejo a ambulância descendo e só subo pro galpão quando a trindade aparece. desço da moto entrando depois dos três seguindo eles até uma salinha em que ta o victor.

perigo: qq ta rolando? - ele se senta e eu me escoro da parede.

victor: visconde ta rondando por aqui, querendo a cabeça do MT por causa de todo aquele corre antigo lá, espancaram o loirinho e agora a gente vai atrás.

matador: oq vcs pretendem fazer?

matheus: se até as 17h ele não botar as caras aqui, oq eu acho difícil já que ele ta empenhado, a gente vai tomar o alto da boa vista.

pesadelo: precisam de reforço?

matheus: precisa não, só tamo querendo deixar vocês sabendo de tudo, a favela toda ta em toque de recolher e só vai sair disso depois do visconde estar morto.

matador: pode deixar que a favela vai ficar na minha mão, loirinho ta bem, né?

matheus: ta todo fodido mas vai ficar bem.

pesadelo: Daniel foi preso, fcou sabendo?

matheus: pensei q ia demorar mais.

perigo: eu sou o brabo né? dei meu jeito.

pesadelo: a morte já ta encomendada, épisar o pé no presídio que morre em 3 dias.

perigo: a doutora ta quase limpando teu nome, ela apresentou umas parada lá e já te tiraram da reta, ta só como suspeito mesmo.

matheus: ta tranquilo - faço belezinha.

O tempo passa e a gente continua ali, sempre esperto em cada movimento da favela, eles não brotaram aqui, ent esse trabalho foi nosso. Matador ficou no controle da rocinha, segurança reforçada e o restante foi pro alto da boa vista.

Desço do carro, destravo o fuzil e começo a atirar em quem eu vejo na barreira, tamo em peso, comeando a avançar de pouco a pouco. Só para quando eu tiver o visconde nos meus pés.






InevitávelWhere stories live. Discover now