🌻Prólogo🌻

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Ei!

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Ei!

Seria dessa forma que eu chamaria minhas amigas em uma festa, mas eu não tenho amigas.

Nossa que trágico!

Você deve estar pensando, pode até ser um pouco, mas não sinta pena de mim. POR FAVOR!

Eu cresci com meus avós e minha mãe, que trabalha na cidade mais próxima, Butterfly City, vindo em casa apenas nos fins de semana. Moramos no interior, tipo zona rural mesmo, sabe? A cidadezinha fica a uns dez quilômetros, é onde a minha progenitora praticamente vive, vivemos em um país pequeno de nome Royal Garden e com um regimento monarca.

E não, eu não nunca fui para escola.

Eu sei ler, ok!

Minha Vó Dulce era professora antes de vir morar com meu avô, no famoso fim de mundo onde vivemos.

Eu tenho saudades dela, muita por sinal, faz um ano que a mesma morreu, agora somos eu e meu avô Leôncio, praticamente a semana inteira, mas o mesmo está doente.

Temo em perdê-lo também.

Desde então estudo sozinha com ajuda dos livros que ela deixou mais alguns que pego da biblioteca pública da cidadezinha onde a minha trabalha que pego quando tenho a oportunidadede ir até lá.

Por conta da enfermidade do meu avô, me encontro andando de uma lado para outro esperando o médico que chamamos, o mesmo é filho de uma amigo dos meus avós e vem sempre aqui mesmo morando longe na maior cidade do estado.

Enquanto isso deixa eu me apresentar, me chamo Lorena Bernard de Lara, ou como os meus avós me chamam desde que me entendo por gente, Lola, a garota de dezesseis anos vestida em uma jardineira jeans surrada, blusa de botão amarela com tênis all star da mesma cor, cabelos chanel castanho claro quase loiro, olhos verdes claro, estatura mediana, digo baixa pois tenho um 1,59, mas pode espalhar que tenho um 1,60, essa sou eu.

Paro de andar igual uma barata tonta quando um carro que pôde-se considerar de luxo para em frente ao portão.

- Lola! - O homem que logo reconheço fala e eu mesmo tímida dou passagem para que ele entre na propriedade.

Doutor Miguel Borges, está na casa dos quarenta anos, tem cabelos pretos e olhos castanhos escuro e é bem alto, sempre se veste elegantemente, mesmo sendo um homem rico tem um bom coração.

- Como você está, Lola? - Ele me pergunta assim que sai do carro e começamos a entrar na casa.

- Vou bem, obrigada. E o senhor e sua família? - Devolvo a pergunta educadamente.

Eu nunca conheci a família dele, mas pela forma que ele fala parecem ser incríveis.

O doutor Miguel, logo entra no quarto do meu avô e atende o mesmo sem a minha presença, poiso mais velho dos homens se nega que eu veja sendo examinado. O médico sai alguns minutos depois com o cenho franzido e celular no ouvido, entendo com quem ele está quando escuto o nome da minha mãe, Martina, falado por ele.

- Ficarei aqui até vocês chegarem. - Ele diz desligando o aparelho.

- Algum problema? - Questiono nervosa.

- O seu avô está com uma leve piora e tem que ser transferido para o hospital urgente, falei com sua mãe ela virá junto com uma equipe de urgência buscá-lo.

- Eu vou arrumar as coisas dele e as minhas.

- Lola, você não pode acompanhar o seu avô por ser menor de idade, a sua mãe irá ficar com ele por ser na cidade.

- Então eu ficarei aqui sozinha?

- Já pensou na proposta que te fiz em ir morar comigo na cidade grande e terminar seus estudos em uma escola boa e de verdade?

Miguel vem fazendo essa proposta bem antes da minha vó se for, segundo ele era incabível eu nunca ter ido a uma instituição de ensino. Eu conheço o mesmo desde criança, e o considero como um tio, mas ir morar com ele em uma cidade mais longe do que a minha mãe vive é quase que uma miragem de tão impossível pra mim.

- Sua mãe vai cuidar do seu avô, não terá tempo para você, vamos comigo, a minha mulher cuidará bem de você, além do mais terá meu filho como amigo ele tem a sua idade com certeza estudaram na mesma classe.

- Não sei se vou conseguir me adaptar. - Digo, o que acredito ser o óbvio.

O doutor Miguel deixa o assunto morrer enquanto esperamos a minha mãe chegar com a ambulância, nesse meio tempo até lanchamos rapidinho.

Tudo foi muito rápido depois que arrumei os pertences do meu Avô, o pessoal chegou e mesmo ele reclamando foi de bom grado para o hospital.

Ficamos em casa, eu, minha mãe e Miguel, ambos conversavam aos sussurros na cozinha.

Os dois voltam para sala onde me encontro sentada no sofá, mamãe senta ao meu lado e vejo ela respirar fundo já imaginando o que ela vai falar.

- Lola, minha querida, sei que é difícil para você o que está acontecendo, mas peço que entenda e aceite o que vou pedir, tudo bem? - Apenas faço um gesto de cabeça sentindo os olhos queimar por conta das lágrimas. - Vá com o doutor Miguel para cidade dele, lá você terá uma escola para ir e poderá visitar a mim e ao seu avô nas férias, vamos nos falar sempre que podermos, ok? Eu, meu amor,  não vou poder cuidar de você, trabalhando e ficando com seu avô no hospital. - Minha mãe chora enquanto aperta minhas mãos consideravelmente pequenas entre as suas ásperas.

- Não tem outro jeito, não é? Eu não posso ficar aqui sozinha? - Ela nega enxugando o rosto molhado com as costas da mão.

Martina, minha mãe, que sempre batalhou para me criar junto aos meus avôs, tem os cabelos mais escuros que os meus, mas seus olhos verdes claro são iguais aos que possuo, ela é mais alta, sempre vestida simples em sua blusa, calças e saias sociais de cores neutras.

- Então eu vou, mas não me deixe sem notícias do vovô e quando ele estiver podendo falar quero conversar com ele. - Ela assentiu me abraçando forte, enquanto ainda soluçava.

Arrumo por fim as minhas coisas, não possuo tantas assim e também não levarei tudo, me despeço da casa e entro no carro do doutor Miguel junto a minha mãe. Ele a deixa na cidade mais próxima então seguimos para Spring Day, deixando Butterfly City para trás.

 Ele a deixa na cidade mais próxima então seguimos para Spring Day, deixando Butterfly City para trás

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Ele me "odeia" amaWhere stories live. Discover now