Capítulo 45

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Levantei minha cabeça levemente, vendo que a sombra era do Guilherme, e meu coração aliviou.

Guilherme : É sério? - Riu fraco.

Sara : Do quê você tá falando? - Me fiz de sonsa.

Guilherme : Lésbica, Sara? Nem cara tu tem. - Riu.

Sara : Pra ser lésbica, tem que vir estampado na testa? Se fode! - Fui pra sair do beco, e ele não saiu da frente, empatando a passagem. - Dá licença, por favor! - Ele cruzou os braços. - O quê que você quer me espionando? Tu não cansa? - Ele negou. - Desde cedo, tu fica me olhando. Que foi? Pode falar!

Guilherme : Como tu quiser.. - Vi ele vindo pra cima de mim, avançando a mão no meu pescoço devagar, a outra mão foi segurando fraco no meu cabelo, e iniciou um beijo lento.

Eu quis sair, mas não lutei por isso.

Ele me encostou na parede do beco, e colou nosso corpo juntinho. O mesmo tava com um corta vento grosso, mas eu senti o amigo dele.

Passei minha mão por dentro do corta vento, e lentamente, arranhei a barriga dele.

Vi que isso deixava ele instigado, pois cada unha que eu passava pela barriga dele, ele "acariciava" meu cabelo mais forte.

Ele subiu a mão para os meus seios, e tirou a outra do cabelo, indo pra cintura.

Ele apalpou meus seios devagar, mas com muito tesão e eu soltei um gemido baixinho entre o beijo, o que me fez parar o beijo, e olhar firme pra ele, que ria com cara de safado.

Pô, nunca tinha visto o sorriso dele. E é lindo, por sinal.

Guilherme : É assim que tu curte mulher? Caralho! - Fechei a cara.

Sara : Eu.. eu gosto delas. E odeio os homens, principalmente.. principalmente você! - Debochou da minha cara, fazendo cara de surpreso.

Guilherme : Tu odeia isso aqui, certo? - Veio pra perto de mim novamente, agarrando meu pescoço e beijando o mesmo com muita vontade, e eu senti meus pelinhos se arrepiarem.

Filha da puta!

Guilherme : Me odeia mermo, princesa? Não parece! Teu corpo não diz isso. - Apontou para os meus pelinhos arrepiados, e foi saindo do beco, puxando um cigarro. - Me odeia nada. Nada! - Repetiu com muito ênfase o último "nada".

Odeio o Guilherme!

Eu não teria coragem de olhar na cara da Estéfane novamente, então sai do beco e vi o Guilherme encostado, fumando do lado de fora.

Sara : Gui, vem cá.. - Meti a cara fora, e ele negou. - Tô falando sério!

Gui : Tô fumando, gatinha! Vou te matar asfixiada. - Ele riu, soprando a fumaça e olhando o movimento.

Sara : É, posso ir pra tua casa? - Ele continuou olhando o movimento do baile, sem esboçar nenhuma expressão.

Gui : Tá sem coragem de olhar na cara da tua namorada? - Riu, e eu fechei a cara de novo, saindo do beco puta. - Ei, Sara.. Tô brincando, mané! - Veio atrás de mim, e segurou na minha mão. - Bora, te levo pro meu cafofo. - Jogou o cigarro fora. - Desce comigo até o pé do morro, minha pretinha tá lá. - Olhei esnobe pra ele, não querendo mais que ele me levasse.

Sara : Não, obrigado! - Ele revirou os olhos, soltando a minha mão.

Gui : Vai fazer doce uma hora dessas? - Ele veio pra perto de mim, e eu senti meu corpo estremecer novamente. - Meu pau é diabético. - Falou baixinho no meu ouvido, sem manter os olhos. mim.

Depois disso, ele me olhou de novo, e eu permanecia calada. O mesmo respondeu por mim, segurando na minha mão e me levando pra fora do baile.

Nós descemos, e eu fui me escondendo de tudo e todos. Não queria que ninguém me visse. Tô me sentindo culpada pelo que fiz, e depois eu dou um jeito de olhar na cara da Estéfane.

Gui : O Samuel veio, tu sabia? - Saí dos pensamentos, prestando atenção no que ele tinha falado. - Veio falar comigo sobre a maluca da Amanda. - Riu.

Sara : E o que tu falou? - Olhei pra ele.

Gui : Falei pra ele ir atrás dela, porra. Moleque tava morrendo de ódio, vendo ela dançar com outro moleque aí. Mete marcha, irmão! Vai atrás da mina que tu ama. - Repetiu o que falou pra ele.

Fomos conversando sobre isso, até chegar na contenção.

Advinha quem eu encontrei? Sim, o Vidal com o Vitti e a minha mãe.

Letícia : Filha, tá fazendo o que aqui? - Veio me abraçar. - Vai pra onde? - O Guilherme ficou me olhando.

Sara : Vou pra casa do Gui, não tô me sentindo bem. - O Vitti olhou pro Vidal, e comentaram alguma coisa.

Letícia : Cuida bem da minha boneca, Gui! - Abraçou o Guilherme, que quase não devolveu o abraço dela.

Fiquei olhando pro Vidal, e ele me olhava de volta, na mesma intensidade.

Ele não mudou quase nada, desde que eu me lembre. Por culpa dele, meu pai não tá mais aqui.

Olhei ele mais um pouco, e o Guilherme me puxou.

Sara : Tchau, mãe! - Dei um beijo na testa dela, e saí.

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Where stories live. Discover now