✧༺𝙷𝚎𝚒𝚛 𝙱𝚕𝚊𝚌𝚔༻✧

Um novo lar

"Falas"
'Pensamentos'
—Perseltongue—

Logo após o alto estalo, o mundo do garoto girou. Ele quase podia sentir seu órgãos se espremerem, e podia sentir que a qualquer momento vomitaria a pouco comida que tinha em seu estômago.

De repente, ao cair em um chão duro e sem neve, a criança percebeu que não estava mais no galpão atrás da casa dos Dursley's. O garotinho se levantou em um pulo e olhou ao seu redor, não reconhecendo onde estava, e gritou alto quando a cobra em seu pulso deslizou para fora de seu corpo.

—Venha filhote, o lorde ficará feliz em vê-lo.— a serpente então guiou a criança assustada por aquela mansão escura e assustadora. Parando em frente a uma porta ela sibilou algo que ele não entendeu e a porta se abriu. — Albrecht! Lorde! Veja o que eu encontrei! — A cobra grita enquanto desliza rapidamente escada abaixo, deixando o menino para trás.

—S-Sra cobra? — sua voz ecoa pelo corredor vazio e escuro, e por um momento ele poderia jurar que viu dois olhos grandes e amarelos desligaram no teto. Um barulho alto se fez no final da escada, e o menino poderia jurar ter ouvido o que parecia ser um grito da sra.snake, o que foi o ponto final para o garoto correr para a porta por onde tinha entrado e bater desesperadamente na esperança de abrir. Como se isso não fosse o suficiente, a criança quase desmaiou quando uma mão, tão grande quanto sua cabeça, segurou seu ombro e o puxou para longe da porta.

"Tome cuidado" A voz grave e com sotaque forte ecoou por todo o corredor fazendo o garoto estremecer e olhar para cima." as proteções da porta podem achar que você é um intruso." O estranho fala e o puxa por sua camisa, o guiando pela escada. No final da escada, outra porta, e atrás dela tinha o que parecia ser uma grande cozinha, cheia de jarras, plantas estranhas e muitos..... caldeirões?

"Algo de errado?" O homem perguntou ao perceber a criança olhando muito ao redor. Olhando para cima, o garoto reparou bem para as feições do Homem, já que agora tinha luz o suficiente. A primeira coisa que ele reparou foi que o homem era cego de um olho, e nesse mesmo olho tinha uma grande cicatriz, indo do meio de sua testa até o pescoço sumindo por debaixo das vestes, enquanto o outro era de um tom dourado, como a serpente que ele tinha conversando momentos atrás. O homem tinha cabelos grandes que estavam arrumados com belas tranças soltas que passavam por cima de seu ombro.

"S-so Sorry, senhor"

—Esta tudo bem, você não tem culpa, estava apenas assustado.— O homem o avalia com o olhar desconfiado e o garoto parece ficar ainda menor, ao se encolher em seu próprio corpo.

—Você vai me punir? — o garotinho pergunta e ele pode ouvir um pequeno suspiro.

—Eu disse a você! E você ainda teve a coragem de duvidar de mim!— a pequena serpente negra que veio com ele sai de um trás de algumas plantas e desliza até o menininho que tremia, enquanto sibilava suas indignações ao vento.

—Certo, certo. você estava certa, feliz? — O homem suspira e se ajoelha em frente a criança o pegando no colo, ele não gostou nada de como a criança era muito leve e como podia sentir quase todos os ossos do garoto apenas de toca-lo, e gostou menos ainda ao ver lesões em seu pescoço e pernas. Ele até já saberia o que estava por vir caso ele tirasse a grande camisa da criança. "Vejamos o que temos aqui."

— Ele não é uma gracinha? Ele pode ser meu hatchling?

—Calada, sua cobra chata!— O homem Sibila e a cobra bufa deslizando para longe. Ele então,volta sua atenção a pequena criança a sua frente e suspira. "O que um pequeno parseltongue como você estava fazendo sozinho com muggles?" o homem sussurra com seu forte sotaque sem esperar a resposta do menino. "Me desculpe por ela, ela está um pouco carente demais." Ele ri e o menino relaxa um pouco ao perceber que o homem parecia não querer o machucar. "Me chamo Albrecht, qual o seu nome pequeno? "

"A-Aberração." o menino sussurra e Albrecht podia jurar que ouviu errado, ninguém faria um maldade tão grande.... certo?

"Ok... Você está com fome?" a criança assente e após um suspiro longo o homem se afasta e chama por um nome, fazendo a criança se assustar por causa do estalo alto e pela criatura de olhos grandes aparecendo logo após.

"Sim, mestre." A criatura se curva esperando por ordens.

"Poderia me trazer um lanche, por favor?"

"Neste instante, mestre!" a criatura some da mesma forma que apareceu e Albrecht volta sua atenção ao garoto.

"Opala disse que você morava com seus tios, certo? Você sabe o que aconteceu com seus pais?" O garoto nega e um suspiro pesado é ouvido. " ok, escute.... não pretendo de dar um nome, não quero que você tenha dois, pois com certeza seu nome não é freak. Mas também não quero te chamar de garoto." por um instante, a sala ficou em silêncio até que a criatura de olhos grandes apareceu novamente colocando um prato com sanduíches do lado do garoto, sumindo logo depois. "O que acha de Alb? Não sou muito bom com nomes, então que tal uma abreviação do meu nome?"

—Hatchling!— a cobra, aparentemente com o nome opala, aparece novamente se intrometendo na conversa, fazendo Albrecht gritar e o pequeno Alb rir.

— Por Morgana, como consegue ser tão insuportável?— Ele sibila indignado e pega de seu bolso um graveto de formato estranho, e com apenas um movimento Opala desaparece, e o cômodo volta ao silêncio. "Vamos, coma. quero te dar algumas poções." ele empurra o prato para mais perto do menino e suspira ao ver seu rosto confuso. "Poções são como.... remédios. agora, coma!" O homem manda e o Alb logo passa a comer, saboreando cada sanduíche, já esperando passar dias sem poder comer novamente.

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algumas horas depois quando Alb já avia comido e bebido uma série de poções, ele foi colocado para dormir no quarto de Albrecht, depois de uma longa e cansativa conversa com ele. O homem agora estava em seu jardim, caminhando enquanto Ulisses, uma outra serpente, tão grande quanto seu dono desligava ao seu lado.

— O que vai fazer sobre o garoto? —A grande serpente lhe pergunta e ele pode ouvir um alto suspiro vindo do humano ao seu lado.— vai brincar de família feliz com ele? ha, você amoleceu.—

—Cale-se!— Albrecht ruge, e a cobra se cala quase imediatamente.— Eu não serei seu pai, serei seu mestre.... seu Mentor. Irei guia-lo e ensina-lo. Então pare de dizer bobagens.— E com um estalo alto, o homem desaparece deixando a grande cobra sozinha.

*Especificando uma coisinha simples, Opala é fêmea e Ulisses é macho.