Prólogo

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O Sr. e a Sra. Dursley, do número quatro, Rua dos Alfeneiros, ficaram orgulhosos em dizer que eram perfeitamente normais, muito obrigado. Eles eram as últimas pessoas que você esperaria estar envolvido em algo estranho ou misterioso, porque eles simplesmente não aceitavam esse absurdo.

O Sr. Dursley era o diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia brocas. Ele era um homem grande e musculoso, quase sem pescoço, embora tivesse um bigode muito grande. A Sra. Dursley era magra e loira e tinha quase o dobro do tamanho normal de pescoço, o que era muito útil, pois ela passava muito tempo se esticando sobre as cercas do jardim, espionando os vizinhos. Os Dursleys tinham um filho pequeno chamado Dudley e, na opinião deles, não havia menino melhor em lugar nenhum.

Os Dursleys tinham tudo o que queriam, mas também tinham um segredo, e seu maior medo era que alguém o descobrisse. Eles não achavam que poderiam suportar se alguém descobrisse sobre o menino que estava no pequeno armário embaixo da escada.

Desde que encontraram o garoto em uma cestinha na porta de sua casa, eles o colocaram naquele armário com um berço quebrado como cama. Ele quase não saia e seus vizinhos não sabiam da sua existência, mesmo após 2 anos de sua chegada. A pobre criança maltratada mal era alimentada, quase não chegava a 5 kilos e parecia não ter crescido nada desde sua chegada. os Dursley's pareciam tentar uma forma de se livrar da criança toda semana, seja o deixando sem água ou comida por uma semana inteira, ou o espancando até a inconsciência. Hoje eles estavam tentando congela-lo até a morte.

Era inverno, e eles o tinham botado para dormir do lado de fora da casa dentro de um galpão, com o teto quebrado, apenas para que os vizinhos não o vissem. a criança estava quase desmaiando, seus lábios já estavam azuis quando ele ouviu um silvo. Com um pulinho pelo susto momentâneo a criança olhou ao redor procurando de onde vinha o barulho.

- Que frio horrendo! Aquele pássaro desgraçado me paga!- Uma cobra negra sibila entrando no galpão por um pequeno buraco.- Agh, um filhote de humano. O que esta fazendo aqui?- a pequena criança solta um grito exasperado enquanto olhava para a cobra falante, os animais podiam falar? essa era novidade para ele, as aranhas de seu armário nunca conversaram com ele quando ele estava sozinho. A cobra por sua vez olhou cautelosa para o garoto, como se estivesse o avaliando.- Você me entende filhotinho?

Com ainda brilho nos olhos, a criança assente devagar se assustando um pouco com o sibilar surpreso da serpente. - Santa mãe cobra, um falante! Oh, o lorde ficará imensamente feliz em saber que eu achei um filhote falante.- a pequena serpente se aproxima, deslizando pelo braço da criança. -O que faz sozinho aqui no frio, querido?

-Estou de castigo.- a criança sussurra rindo quando a cobra fez cócegas, quando passou de seu braço para seu pescoço.

-castigo?

-Eu fui uma aberração de novo.- daria para ouvir uma agulha cair no chão.

-oh, Merlin. Você é um daqueles não é?- a serpente desliza do corpo do garoto, se enrolando a poucos centímetros.- você é um nascido trouxa, filhote?

- Um.... nascido trouxa?- a criança pergunta confusa, é a cobra solta algo parecido com um suspiro.

-Sim, filhote. Você é um bruxo, certo?

- Eu sou?

- Você faz coisas estranhas como fazer as coisas flutuar ou fazer coisas aparecerem do nada?- O menino assente, e a cobra Sibila feliz.- Isso é magia filhote. Você é um bruxinho.- A criança se encolhe em seu próprio corpo e começa a tremer, assustando a serpente a sua frente.

-Não diga essa palavra, tio Vernon não gosta!

-Que palavra, querido?- a criança se ajoelha e se aproxima, sussurrando bem próximo a serpente.

-Magia.- A serpente fica em silêncio por alguns segundos e suspira, voltando a se aproximar.

-Vamos filhote, estou te tirando daqui.- ela desliza pela criança e se enrola em seu pulso.

- Sra cobra, não dá para sair, tio Vernon trancou a porta.

- Não usaremos a porta, querido. - a serpente, após se enrolar inteira no pulso da criança, morde sua própria cauda, onde só agora o garoto tinha percebido que tinha um pequeno pingente, com o que parecia ser um pequeno rubi. E após um sibilar estranho e alto, os dois somem, com um estalo alto. E Sr e Sra Dursley's nunca mais veriam a criança.

✧༺𝙷𝚎𝚒𝚛 𝙱𝚕𝚊𝚌𝚔༻✧Onde histórias criam vida. Descubra agora