Em uma outra vida tinha escrito cartas que velejaram pelos mares igual, o meu amor.
Tudo o que temos hoje é um ciclo eterno de contradição que julga esse amor como se fosse um pecado. Você tinha me ganhado de uma forma tão natural e instantânea que nem eu mesma percebi quando aconteceu.
Era a minha pessoa que mandava mensagens fofas na madrugada, era a mesma pessoa que me chamava para assistir um filme juntas e sempre acabava com altas risadas e intensos debates, era você o meu atalho mais profundo no qual eu sempre naufragava.
Quantas cartas de amor ainda irei escrever destinadas a ti? Sinto como se esse prefácio fosse algo já determinado.
Quero o teu gosto junto ao meu em noites turbulentas. Quero os teus olhos brilhando a meu ver. Quero mais que tudo ser a pessoa que faz seu coração bater descompassadamente. Sentimentos assim, nos teletransportam ao olho do furacão.
Em todas as vidas possíveis que viverei buscarei sempre o teu encontro, eis para mim um campo florido em pleno inverno. Sei que o nosso tempo a cada momento está sendo reduzido, ouço o tic tac na parede e antes da meia noite me deito com você. O nosso eclipse está começando, consegue ver?...
Laís Mendes
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Primeiras Crônicas: Do interior ao externo
RandomEsse livro é sobre sentimentos, relações, ações automáticas, distanciamento social, amor e dor - cada crônica ou poema te levará da crescente utopia que se tem ao descer de um tobogã até ser parado de surpresa e isso para a arte que domina o meu int...