Estamos sempre em busca de nós mesmos

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Quantificamos o tempo para ter um pouco daquilo que se foi, sempre te vejo longe e nessas distâncias só me cabe as memórias que um dia construímos juntos e sem pretensão.

Se o infinito tivesse uma rota que nos levasse ao ponto de partida a minha teria teu endereço no remetente principal como uma luz que me guia até em águas turbulentas ou uma prece que sempre é atendida.

Tudo o que restou foram as notas que carregam a solidão do teu canto, por que as partidas sempre nos destroem? Por que que não vejo mais o teu rosto ao amanhecer? Me diz em qual linha temporal nos perdemos do destino.

Nunca aprendi a perder e isso ainda dói, se falho morro sem piedade se acerto subo nas escalas estabelecidas. Se um dia eu voltar me espere naquele pôr do sol, naquela praia em que nós nos amamos, naquele lugar que chamamos de casa.

Estamos sempre em busca de nós mesmos e para nos encontrarmos precisamos deixar tudo para trás, como uma peça de roupa velha, na sua mais singela forma quebrando até os limites que nos prendem. Só assim, chegará o dia em que iremos traçar essa travessia.

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Laís Mendes

Primeiras Crônicas: Do interior ao externoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora