• Capitulo 5 •

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– Inexistente, na realidade, Henry Miller suicidou-se – Os presentes no local não conseguem esconder a tamanha surpresa diante da recente notícia, como assim Henry Miller teria se matado?

- Isso não faz o mínimo sentido! – Exclama Thomas, duvidou a acreditar que seu velho amigo teria feito isso, como não notaria que estava tão mal a ponto de tirar sua própria vida?

- Bom, o administrador da indústria contou-me que Henry havia o procurado duas vezes em uma mesma semana. A primeira vez, pediu para que ele fizesse um testamento. Na segunda, foi para dizer para ele iria investir um valor menor em matéria prima naquele mês, pois precisava de um dinheiro emprestado para pagar umas dividas – Retirou de sua maleta um relatório que encontrou um tempo atrás no escritório de Henry Miller. E deixou em cima da mesa para que todos pudessem ver.

- Mas que dívidas eram essas? – Emma indaga confusa.

- De apostas – Desta vez é Olivia que se manifesta. – Na noite em que descobri que o Henry gastava dinheiro em apostas, ele ameaçou-me, dizendo que se eu contasse algo a vocês, iria inventar um amante para mim, onde teria motivo suficiente para pedir o desquite e tirar vocês de mim – Olívia tenta controlar as lágrimas que ameaçavam cair. – Ele estava completamente transtornado... Então eu decidi ir embora. Arrependo-me muito de minha decisão...  – Confessa Olivia, desta vez contando de fato a história completa que havia escondido do detetive anteriormente.

- Mas ainda sim, não consigo entender o motivo dele ter se matado – Charles parecia abalado com a própria dúvida.

- Bom, o vício nos leva a tomar decisões drásticas, talvez essa foi uma saída que Henry encontrou para colocar um ponto final nesta situação e, ao mesmo tempo não envolver a família nisso – O detetive conclui. Deixando ainda Thomas, confuso.

- Um momento, então já que não há assassino, como o Henry de fato morreu? – Thomas questiona.

- Após a discussão com Charles, Henry saiu abalado do escritório, aproveitou o momento do incidente e pegou uma taça de licor da bandeja deixada por Joseph. Foi ao toalete, trancou a porta, pingou o veneno na taça e, por fim, bebeu, deixando apenas dois dedos de bebida dentro do copo. Jogou então, o frasco e a chave pela janela, como uma forma de ninguém encontrar as evidências. Porém, após o incidente, Charles decidiu ir limpar-se no toalete, entretanto, ao chegar lá, a porta estava trancada, então a arrombou e encontrou seu pai morto – O próprio Charles assentiu, confirmando a teoria certeira do detetive.

- Houve uma época em que Henry pediu-me dinheiro emprestado. Disse que iria dar entrada em um apartamento para Emma – Conta Thomas.

- Mas quem deu entrada com o dinheiro fui eu – Emma intervém, deixando o detetive pensativo.

- Talvez ele tenha utilizado o dinheiro para jogar. A ideia de suicídio, é algo que o senhor Miller planejou há muito tempo, já que antes de morrer, fez o testamento e quitou uma parte de sua alta dívida – Finalizou o detetive. Deixando todos em silêncio por um longo tempo, até que lembrou-se de algo. Deu uma tossida falsa atraindo novamente a atenção de todos. – Antes de morrer, Henry escreveu esta carta, como disse anteriormente, ele a separou em quatro partes e a espalhou, deixando tudo uma verdadeira incógnita. Por sorte, através de um livro que Olívia emprestou-me, consegui descobrir que a carta estava escrita em Braille, então a decifrei – Pegou a carta de sua maleta, entregou-a para Emma. A mesma logo reconhece a caligrafia de seu pai, uma emoção tomou conta de seu peito, de tal forma, que não iria conseguir ler sequer uma linha da carta deixada pelo falecido.

-Poderia ler para gente detetive? – Pediu Emma.

-Eu!? – Cooper viu-se desconcertado com o pedido, porém considerou que todos estavam muito abalados por conta das mais recentes informações. - Certo – Pegou novamente a carta em mãos e a abriu a carta e leu em voz alta para todos:

“Filhos, amigos e família

   Arrisco dizer que talvez nunca lerão esta carta, já que a separei em quatro fragmentos e, a coloquei na casa de pessoas que considero importantes em minha vida. Todavia, se estiverem lendo, então posso iniciar esta carta.
   Primeiramente, quero pedir perdão a todos pelo o que fiz, perdoem-me por ser um homem tão fraco a ponto de tirar a própria vida por não aguentar mais vivê-la. Sei que o que fiz não tem justificativa, mas se fiz isso, foi para protegê-los do que eu poderia fazer futuramente, já que o vício havia tomado conta de mim.
   Olívia, perdoe-me por tê-la tratado mal por tantos anos e, tê-la a ameaçado naquela noite, isso só fez com que você fosse embora e, consequentemente se afastasse de nossos filhos. Arrependo-me amargamente de minha atitude, creio que se tivéssemos ficado juntos naquela época, poderíamos ter resolvido meu problema da melhor forma possível.
  Emma e Charles, meus filhos, perdoem-me por contar diversas mentiras sobre a mãe de vocês, peço que a perdoem pelo o que fez, já que a culpa dela ter abandonado vocês foi unicamente minha.
   Thomas, meu querido amigo, tenho você como meu homem de confiança. Darei a ti meu cargo na empresa, desde que, meus filhos participem ativamente nas tomadas de decisões da empresa.
   Novamente, peço perdão por partir, mas tenham a certeza de que, aonde estou, sinto-me mais aliviado, pois sei que vocês tem uns aos outros para se apoiarem. Desejo a todos felicidade e eterna harmonia, amo todos vocês

- Com carinho, Henry Miller”.

   Ao terminar a leitura, o detetive se deu conta de que todos estavam emocionados, apesar de não aceitarem a morte de Henry Miller, entendiam e respeitavam sua decisão.

   Um tempo depois, todos conversavam animadamente sobre Henry, eram ditas diversas histórias engraçadas sobre o mesmo. Tentavam lembrar dessa versão de Miller, alegre e espontâneo.

   O caso estava visivelmente encerrado. Até que Charles, aproveitou o momento em que todos estavam entretidos na conversa e decidiu perguntar algo ao detetive.

- Sobre aquilo que te pedi, você descobriu algo sobre o dono da carta? – O detetive então retirou de seu bolso a carta que Charles havia deixado em sua casa há alguns meses atrás.

- Olha, sinto-lhe informar, mas o tal 'J' é o amante de sua esposa e está muito mais próximo do que imagina – O detetive aponta com o olhar para Thomas, que conversava entre risadas com Lauren. Fazendo Charles ficar furioso.

- Ora seu crápula! – Charles atrai a atenção de todos. Jake Cooper pegou sua maleta satisfeito por resolver mais um crime e, foi embora sem ninguém notar. Quer dizer, foi o que pensou.

- Detetive! – Emma o chamou. – Não sei o que disse a Charles, mas garanto que essa discussão durará a noite toda.

- O que posso fazer? É o meu trabalho, as pessoas me chamam e eu venho o mais depressa possível – Rio o detetive, atraindo a gargalhada doce de Emma.

- Por acaso o tal detetive convencido teria um tempo livre agora? – Propôs Emma.

- Olha, acho que ele teria sim – Estendeu o braço para a Emma, onde ambos encaminham-se ao automóvel. O mesmo abre a porta para Emma, a jovem entra e ele fecha a porta do veículo, ocupa seu respectivo lugar e dá partida, rumo a um lugar enigmático.

- FIM -

Olá pessoinhas
Chegamos ao fim dessa
curta estória.
Eu espero que vocês tenham
gostado, confesso que ainda
estou insegura com esse final.
Eu sei que deve ter impactado
vocês, mas tenho medo de
ter decepcionado vocês.
Dêem suas opiniões sinceras,
isso será importante para eu talvez
melhorar numa próxima estória.
Estou desenvolvendo uma outra
estória, trarei novidades em breve.
E é isso hehe, obrigada pra quem leu
até aqui.
Um beijo e até a próxima 🤗💜

A Suspeita Morte de Henry Miller Where stories live. Discover now