• Capítulo 4 •

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Uma semana passou, Cooper decidiu ir à casa de Henry Miller, local onde Olivia estava morando no momento.

Foi até lá com o intuito de descobrir o real motivo da carta enviada. Ao chegar lá, a senhora convidou o detetive para entrar, ambos tomavam um chá enquanto conversavam casualmente.

- Bem, vou ser objetivo, acabei encontrando esta carta que a senhora enviou ao senhor Miller no dia de sua morte - Cooper entrega o papel a Olívia. - Gostaria que me respondesse algumas perguntas

- Está bem detetive, pode perguntar - Disse Olivia com muita tranquilidade, parecia pronta para responder qualquer questão que surgisse.

- Conte-me, como era o casamento de vocês?

- Nos primeiros anos foi ótimo, Henry era muito bom comigo. Contudo, após termos nossos dois filhos, Henry mudou, começou a ter atitudes agressivas, além de tratar-nos de maneira estúpida. Dizia que era por conta de seu trabalho, eu como sempre compreendia - A senhora pausa sua fala, lembrando-se dos momentos de angústia que viveu durante anos ao lado de seu falecido marido. Logo, retornou a sua fala. - Henry começou então a sair todas as noites, geralmente voltava irritado, logo tratando meus filhos e eu de maneira rude. Acabamos discutindo diversas vezes, o acusei de traição, mas, após um tempo descobri que ele apostava em jogos de azar - Abaixou a cabeça aflita, tentando conter-se diante o doloroso assunto. - Discutimos novamente, me senti farta com a situação! Então decidi ir embora - Concluiu chateada. - Retornei agora após cinco anos. Na época da minha ida, Emma ainda era uma menina... Deve ser por isso que tem tanta raiva de mim, já Charles, compreendeu melhor a situação... - Conta Olivia, ainda abatida com as duras lembranças do passado. O detetive acredita em sua versão, porém, a senhora a sua frente, não havia contado a história completa.

- Entendo - O detetive fica em silêncio por um tempo. - Perdoe-me a pergunta, mas a senhora sente raiva do Senhor Miller?

- Sim, quero dizer... Raiva acho que não seria a palavra certa - Olívia tenta contornar a situação. - Creio que o que sinto é decepção, mas o que posso fazer detetive? A culpa foi minha... - Em nenhum momento sequer, a senhora olha para os olhos do detetive, seria algo que ela tentava esconder?

Poderia ser, mas o detetive procurou mudar de assunto, vendo o desconforto de Olívia.

- Vejo que Henry gostava muito de ler - Pontuou o detetive ao olhar para a grande estante encostada na parede da sala de estar.

-Sim, ele sempre gostou de ler livros, principalmente os mais incomuns, sobre culturas diferentes ou descobertas recentes. Da última vez em que o vi lendo, estava vendo algo sobre... acho que era Braille, algo do tipo - Ela fala incerta.

- Interessante, acho que ouvi falar sobre isso nos jornais. Senão me falhe a memória, foi o francês Louis Braille que inventou este método de escrita. Mas não me aprofundei muito no assunto, arrependo-me um pouco - Olívia levantou-se do sofá e aproximou-se da estante, pegando um livro grosso e com capa de cor escura.

- Era esse, pode lê-lo e me devolva quando terminar - Olívia entregou o livro ao detetive, que sorriu em agradecimento.

Na semana seguinte o detetive foi ao escritório de Henry Miller juntamente com Emma, local onde haviam marcado para conhecer o tal advogado. Ao chegar lá, viu que tudo estava uma verdadeira confusão. Thomas e Charles discutiam sobre quem iria ocupar o cargo do falecido.

Thomas defende que era a pessoa de total confiança de Miller, enquanto Charles, justifica que por ser filho de Henry, tinha o total direito de ocupar o cargo do pai.

A Suspeita Morte de Henry Miller Where stories live. Discover now