• Capítulo 3 •

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No dia seguinte, logo de manhã, Cooper lia as anotações feitas, analisando cada palavra dita e, montando a situação em sua cabeça.

Até que, dois toques são emitidos, logo o interrompendo. Quem seria a essa hora batendo em sua porta? Levantou-se e a abriu, era um dos cavalheiros que encontrou na manhã em que foi a casa de Johnson. Seria ele o tal Charles?

- Bom dia detetive - Ergueu seu chapéu em cumprimento. - Naquela manhã em que nos encontramos da última vez, esqueci de apresentar-me, sou Charles Miller - Sim, era ele, filho de Henry Miller e irmão de Emma. - Deve estar se perguntando o que vim fazer aqui e a essa hora da manhã. Bom, pedi o seu endereço a Thomas, pois, preciso falar com você

- Algo relacionado ao caso? - Charles negou.

- Na verdade, gostaria que investigasse  de forma breve, algo pessoal - O detetive franziu a testa, mas convidou Charles para entrar. Ambos sentaram no sofá e Charles revelou para o que veio.

- Encontrei este bilhete destinado a minha esposa. Confesso que, estou intrigado com o conteúdo - Entregou o papel ao detetive que o lê brevemente.

"Minha amada Lauren

Agradeço as cartas enviadas, mas acredito que por agora precisamos ser mais cautelosos. Peço que esperemos a situação amenizar.

-Assinado, J"

- Do que suspeita? - O detetive fecha o bilhete e olha fixamente para Charles.

- Não sei, são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, que não faço ideia do que fazer ou pensar detetive - Charles parecia abalado.

- E para que exatamente quer a minha ajuda? - Indagou novamente o detetive.

Charles pediu para que Cooper tentasse descobrir quem seria a pessoa que enviou a carta a Lauren, o detetive concordou, não garantindo nada.
Aproveitou então e, perguntou a Charles sobre a discussão com o pai no dia de sua morte.

- Não sei como soube disso, mas é verdade. Ele contou-me que mamãe estava retornando, fiquei revoltado com isso! Como ela ousa voltar após anos longe? - Dizia Charles já irritado com a situação. - Acabei então me irritando com papai, arrependo-me amargamente por não ter me despedido, já que mais tarde o encontrei morto no toalete - Charles desabafa emocionado.

- Seria só por isso mesmo? - A pergunta do detetive deixou Charles surpreso.

- Sim - Responde de imediato, porém isso não convence o detetive. - Mudando de assunto detetive, gostaria de convidá-lo a um jantar que farei em minha casa, pensei que seria ótimo para nos distrairmos um pouco.

-Certo, diga-me o endereço, dia e horário que com certeza irei - Cooper sorriu brevemente com o convite.

(...)

Após dois dias, Cooper decidiu comparecer ao jantar na casa de Charles. Foi então a uma alfaiataria mandar fazer uma terno, já que a ocasião pedia algo mais requintado.

O que o detetive não imaginava era que, encontraria alguém conhecido no estabelecimento.

- Obrigado - Agradece o homem de meia-idade carregando em mãos o terno finalizado e embrulhado. O mesmo virou-se para ir embora, mas foi ao encontro do detetive que entrava no local.

- Ora, se não é o mordomo do Johnson - Disse o detetive ao reconhecer o indivíduo. - Como vai?

- Olá detetive, vou bem, obrigado. E o senhor, como vem passado? - Nota-se no olhar do mordomo um certo incômodo, que tentou disfarçar com um sorriso educado no rosto.

A Suspeita Morte de Henry Miller Onde histórias criam vida. Descubra agora