• Capítulo 2 •

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O detetive retornou mais tarde para seu apartamento, prometendo regressar à residência de Johnson na manhã seguinte para iniciar seu interrogatório.
  
Retirou o sobretudo bege que utilizou. De todas as pistas que encontrou, interessou-se em ficar somente com a carta que caiu do terno de Miller. Sentou no surrado sofá e ligou a luminária que havia na mesinha ao lado, desta forma abriu a carta e a leu brevemente.

“Querido Henry,
  
Sei que pediu para que eu o esperasse resolver seus problemas, porém, acredito que já esperei tempo demais. Não posso continuar vivendo a vida dessa maneira, longe de meus filhos.
  
Por isso, estou decidida que vou retornar, estou embarcando no próximo trem, creio que daqui alguns dias chegarei.

-Atenciosamente, Olívia Carter”.

Isto estava ficando cada vez mais estranho, qual seria a motivação de Henry Miller não querer ver mais a esposa? Quer dizer, ex-esposa, já que a mesma assinou com o nome de solteira.

Perguntaria então aos tais filhos de Henry na manhã seguinte.

(...)

Como o combinado, Cooper retornou à residência de Johnson. Acabou por chegar mais cedo do que haveria marcado. O mordomo abriu a porta e deu espaço para o detetive entrar, ao se aproximar a entrada da sala de estar, acabou por ouvir uma conversa.

- Ainda não acredito que o senhor Miller morreu – Uma das moças que o detetive encontrou ontem se manifestou.

- Nem eu, mas temos que ser racionais. Haveremos de decidir como ficará a situação da indústria. Ou seja, quem ocupará o cargo de Miller – Thomas toma a fala. Atraindo o olhar de indignação da outra jovem presente.

- Até num momento como este você insiste em pensar nesse maldito cargo! - Levantou-se do sofá furiosa.

- Querendo ou não, temos que pensar nisso, até porque, é o futuro da indústria que está em jogo – Insistiu Johnson, dirigindo sua xícara de chá a boca. Enquanto a jovem que discutia com ele bufa, ao mesmo tempo que, caminha de um lado para o outro na ampla sala de estar.

- Sei que estamos muito abalados com a situação, mas ainda sim devemos nos manter juntos – A mesma moça que iniciou a conversa  a pouco tenta amenizar a situação. Vendo que a discussão terminou. O detetive cruzou a sala, atraindo o olhar dos presentes.

- Bom dia à todos – Cooper diz isso de uma forma natural, como se ao menos tivesse escutado o diálogo que teve anteriormente.

- Olá - A jovem loira que se irritou a pouco com Johnson é a primeira a cumprimentar o detetive. Tenta forçar um sorriso, porém sua aparência entrega a tamanha angústia que sentia. - Perdoe-me não ter falado com o senhor ontem, estou ainda desacreditada com a morte de papai – Explica a jovem entristecida.

- Não há problema alguma senhorita. O outro cavalheiro que estava presente ontem, virá? - Indagou o detetive, estranhando a falta do homem.

- Perdoe-me detetive, mas Charles foi a indústria informar aos funcionários do ocorrido – Desta vez é a outra jovem quem responde, a mesma tinha cabelos escuros.

- Certo, então se todos estiverem de acordo, poderei iniciar o interrogatório - A afirmação do detetive atrai a troca de olhares de todos.

- Claro detetive, estamos aqui para colaborar com o caso – Thomas levanta do sofá, interpretando o comentário do detetive como uma pergunta. - Quer que eu peça que o mordomo sirva um chá? - Sugeriu com elegância.

A Suspeita Morte de Henry Miller Where stories live. Discover now