7. Nossa Promessa

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JongSeong estava profundamente chateado.

"- Não fique assim, vai ser legal. - estava entusiasmado, tentando deixar o filho igual. - A NamHo me convenceu a aceitar essa vaga. Vai ficar mais perto do trabalho dela, tem escolas renomadas, hospitais melhores para a vovó.

- Mas e o JungWonnie e a tia Hyu?

- Jay, existem pessoas nas nossas vidas que são passageiras. Não é como se nunca fossemos vê-los de novo, não estamos ao menos nos dando bem. - tentou explicar e suspirou. - A NamHo também me disse, e eu concordo, que... já passou da hora dessa brincadeirinha de casinha entre você e o JungWon acabar... - porque ele parecia se forçar dizendo aquilo? Não conseguia olhar nos olhos de Jay. - Isso é errado, vocês são primos, não um casal, e... Você precisa conhecer uma Ômega legal.

- É tudo sobre a NamHo, não é? - o loirinho encarou o pai. - Não tem nada que eu queira... Não tem nada que nós dois queremos.

- Seong... procure entender o meu lado.

- Eu já entendi, papai. - abaixou o olhar puxando suas mãos das do mais velho."

Relembrava o diálogo de poucos minutos atrás com um enorme nó na garganta, queria chorar, espernear a culpa daquela mulher e gritar sobre todo o mal que ela o fazia, mas sabia que não podia, o feitiço da bruxa sobre seu pai estava em pleno efeito, não possuía ânimo para nada, nem para pular as janelas e ir chorar no ombro de seu Ômegazinho. Aliás, como contar aquilo a JungWon, como ele ficaria?

Preferia não imaginar, e pensando nisso acabou pegando no sono.

[•••]

Jay estava enérgico naquele dia em específico. Faziam dois dias desde que recebeu a fatídica notícia de que não iria mais morar ao lado de sua família, e que sequer poderia vê-los com frequência. A dois dias ele estava machucado, ignorava a madrasta mais severamente e não falava mais que o necessário com o pai, foi a única vez que agradeceu por estudar em período integral.

Porém, no início da noite, numa sexta atípica, ele não estava na escola, havia faltado sem se importar com reclamações ou se JonSang descobriria, era seu último dia naquela cidade, naquele bairro, naquela rua, naquela casa, queria ir embora lembrando dos bons momentos, queria tornar os últimos em bons momentos.

Já havia passado no mercado e comprado diversos sacos de salgadinho, agora batia na porta da vizinha, com quem ele tinha encomendado alguns docinhos específicos, os salgados eram numa casa mais à frente. O Alfinha tinha noção de que um dia precisaria das economias de sua mesada para algo, e não iria se arrepender de gastar o necessário.

- Voltei. - deixou tudo o que trazia na mesa do larzinho encarando os amigos.

- O que você trouxe aí, Hyung. - NiKi se interessou aproximando da mesa enquanto farejava o ar.

- Não é pro seu bico ainda, cachorrinho. - SuNoo riu apertando delicadamente o nariz do mais novo, que resmungou.

- Me chamaram? - JaKe saia do pequeno matagal que havia no fundo do terreno, SungHoon estava logo atrás de si, ambos carregavam uma cesta, o Alfa com flores e o Ômega com acerolas e jabuticabas, eram frutas de árvores ali.

- Era outro cachorro, JaKe. - HeeSeung riu se aproximando do grupinho.

- É o suficiente, Jay? - Shim mostrou a cesta ao loiro que sorriu contente.

- É sim. Se precisar eu pego mais, obrigado.

- Você tá agradecendo, Hyung? - Sun achou estranho, o Alfa estava empolgado demais.

Promise - JayWon Where stories live. Discover now