CAPÍTULO 12

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Achei até que demorou... onze capítulos para engravidar. E o que me deixou sem entender é Tayla não querer estar grávida nesse momento. Isso é o que todas as mulheres do sultão buscam ali dentro. Ter um herdeiro que lhes darão poder e regalias.

E olha o que eu encontrei no blog da Gabriela Alvarenga chamado @outrosroteiros. O príncipe Alberto de Marcos Effendi, descendente da aristocracia do império Otomano, nos comentários da publicação dela, contou que a história não fala, mas os sultões tinham um tipo sanguíneo muito raro, o RH-Negativo e por isso era muito difícil ter filhos, razão pela qual existiam os haréns.

Nossa... então se Tayla não for compatível ao sangue do sultão sua vida estará correndo perigo?

Só fui requisitada pela primeira vez após vinte dias do atraso da minha menstruação e das minhas descobertas. Sei bem o dia que engravidei, foi naquela sentada na fonte, ela é mesmo a fonte dos amores.

Me olho no espelho e vejo mudanças em meu corpo, os seios estão mais cheios e a cintura mais arredondada, fora os enjoos fora de hora e uma fome absurda.

Coloco meu melhor vestido e Aisha faz uma maquiagem bem marcante. Estou louca para vê-lo e apreensiva com o rumo que terei que tomar de agora em diante.

Sigo a supervisora até o quarto dos prazeres e não acho que esse devia ser o nome do lugar, porque para mim até agora, ele tem sido o quarto das punições. Dessa vez o sultão não está me esperando e eu aproveito para revisar meus questionamentos.

Ele entra depois de uma hora que estou ali, na expectativa e me olha de uma maneira enigmática.

— Quanto tempo, Tayla.

— Fazer rodízio com quarenta mulheres demora a chegar a minha vez. — Ele abre uma garrafa de vinho e enche apenas uma taça.

— E estava ansiosa para chegar a sua vez?

— Sim, mas não pelos motivos que pensa. — Ele toma todo o conteúdo e enche a taça mais uma vez.

— Poderia então me dizer o porquê da sua ansiedade, tem algo a me contar? — Ao dizer isso, eu já sei que ele sabe da minha gravidez. Está tenso e eu mais uma vez fujo das convenções.

— Nem é preciso, não é mesmo. Nada passa, desapercebido aos olhos do sultão.

— Por que você é fora da curva, Tayla? Acha que tem mais valor que as outras, por isso me afronta o tempo inteiro?

— Foi bom você tocar nesse assunto...

— Cala a boca, fedelha... — Ele grita comigo e eu fico assustada. Ele nunca agiu assim e eu me calo.

— Eu não me importo com as suas considerações Tayla, aliás isso é o que você faz de melhor, criticar, questionar, argumentar. Agora, esconder uma gravidez nesse palácio, onde ter um filho homem vai te levar ao topo, é muita burrice. Sabe quantas mulheres foram envenenadas para que não tivessem os seus filhos aqui dentro? Não, não sabe, não é mesmo. Algumas dezenas, só para você saber. Por isso, é de suma importância avisar quando isso acontece, não é apenas machismo, é proteção para essa criança que não tem culpa de nascer nesse lugar. — Said me deixa sem chão e sem fala pela primeira vez em meses, eu nunca imaginei que meu bebê corria risco de vida aqui dentro. Ele continua deferindo as palavras asperamente.

— Já mandei arrumar as suas coisas, agora mesmo você vai para a sua nova moradia. Ficará entre as favoritas e assim que a criança nasça, descobrirá se será a minha esposa oficial. Quem você quer levar como sua aia?

— A Aisha. — Respondo sem pensar.

— Sei bem quem é, a sua alcoviteira. Agora, tira a roupa que eu quero te ver, e sem questionamentos, por favor. Estou muito irritado nesse momento.

Respiro fundo e tiro a roupa com raiva, parando em sua frente com os braços cruzados sobre os seios.

— Eu não vou te machucar, só quero ver o meu filho crescendo dentro de você. — Ele desce os meus braços e segura os meus seios.

— Eles estão bem maiores. — Sem avisar, meus seios intumescem e ele suga um e depois outro. Isso é suficiente para encharcar a minha calcinha.

Ele desce a boca e beija a minha barriga falando com ela, como se a criança pudesse entendê-lo. Alisa a barriga por muitos minutos e depois enfia a mão na minha calcinha e afunda os dedos dentro de mim.

— Está sempre molhada, habiba. Ter um pedaço de mim dentro de você te excita?

— Sim, me excita.

— Gosto de sentir a sua excitação por mim.

— Você está sempre no poder, senhor.

— Gosto da sua língua ferina em outras partes de mim. — Ele me puxa para o chão e eu ajoelho na sua frente. Abre a calça e coloca seu pênis já melado para fora.

— Por que as outras candidatas não fazem sexo oral e eu tenho que fazer? — Ele apenas sorri balançando seu instrumento.

— Só você tem esse poder, Tayla. Gosta de ser a única a desfrutar do meu sabor aqui nessa ala?

— Gosto, senhor...

— Então chupa, chupa forte e não para até eu gozar.

— Faço se você prometer me fazer gozar também.

— Você é uma bruxinha, mas eu prometo, afinal tenho que tratar bem a minha favorita. — Encho minha boca dele e peço em silêncio que eu possa ser um dia a favorita dele, a favorita de verdade.

A noite foi incrível, Said nunca me tratou com tanta atenção e nunca me tratou com tanto carinho. De alguma maneira, carregar seu filho em meu ventre, me levou a experimentar algo novo.

Meu amor por ele está tomando outra forma, porque eu o sinto em sintonia comigo. Tenho um longo caminho a percorrer, mas consegui galgar mais um degrau rumo ao meu lugar ao sol.

A ÚNICA DO SULTÃOWhere stories live. Discover now