Viro de costas para ele e com o coração acelerado danço sensualmente, girando e aproximando lentamente, tentando envolvê-lo na magia da sedução. A cada giro e balançada de cintura vejo seus olhos faiscarem e vou desfazendo o laço da roupa, ficando na sua frente no exato momento que o vestido escorrega no chão.

Seus olhos me comem e ao encontrar os meus olhos ainda escondidos com a burca, tenho medo do que vejo. Suas mãos desfazem o amarrado da burca e ela é retirada com força.

— Tayla... — Sou corajosa.

— Só quero uma noite sua, apenas uma noite Said, eu não posso viver sem conhecer o amor. — Ele praticamente me joga na cama e segura meus braços em cima da cabeça.

— O que você fez com a Jamile?

— Ela está dormindo em meu lugar, amanhã não lembrará de nada, agora eu... eu terei lembranças para levar para o túmulo se isso acontecer.

— Sim, com certeza você levará algumas lembranças. — Ele morde e suga meus mamilos túrgidos pelo seu toque. Sua boca é quente e eu sinto meu corpo queimar a cada lambida sua. o sultão está descontrolado, mas eu entendo que passei dos limites.

— Mantenha as mãos longe de mim, infeliz. — Eu odeio o jeito que ele fala comigo, mas mantenho a posição inicial quando ele solta minhas mãos e abre as minhas pernas, me chupando intimamente outra vez, só que dessa vez ele tem urgência ou raiva, não sei definir. Deve estar me punindo por tê-lo desafiado e não me deixa gozar, tirando a boca na hora certa. Emudeço quando vejo-o tirando a roupa e ficando nu na minha frente porque eu nunca vi um homem assim, sem barreira nenhuma. O sultão é tão viril quando eu imaginei, seu pênis parece maior do que o dia que eu o tive na boca, e sua pele brilha intensamente.

— Esse foi um ato sem volta, Tayla. Não pense que será um conto de fadas. — Ele abre minhas pernas e vai se encaixando em mim. Sinto-me nas nuvens até ele encontrar uma resistência, nessa hora ele tampa a minha boca e rompe essa resistência de uma só vez, ficando estático depois. Se ele não tivesse fechado a minha boca, eu teria gritado bem alto e instintivamente isso fez com que as lágrimas escorressem em minha face. Ele volta a se movimentar outra vez e a cada investida vai mais fundo e cada vez mais fundo.

A dor vai sendo substituída por prazer, um prazer de sentir o meu homem finalmente me possuindo. O sultão não para de me foder e isso vai gerando algo indescritível dentro de mim. Ele pinga de suor, agarrado em minha cintura enquanto o meu corpo se desfaz em sensações desconhecidas e eu sinto seu momento chegar, jorrando um líquido quente dentro de mim.

Finalmente, eu sou a mulher do sultão.

Ele sai de dentro de mim e eu vejo a mancha de sangue nos lençóis.

— Satisfeita com a sua armação, Tayla? Não é assim que eu gosto de comer uma virgem. — Ele me choca e eu levanto da cama me sentindo ultrajada, nem sei bem porquê. Nem nessa hora consigo ficar com a boca fechada.

— Eu estou satisfeita, Said, porque posso dizer que conheci o verdadeiro sultão. Para mim, você não precisou fingir ser um homem educado, que na verdade não é. — Vejo em seu rosto que eu o peguei de surpresa.

— Eu nunca preciso fingir, porque vocês não têm mesmo muita saída. Com relação a primeira vez, eu sei que é dolorido e aprecio tirar a virgindade com delicadeza, isso me dá prazer. Agora você, limpe-se e vá para seu quarto. Eu vou pensar no que fazer com sua desobediência. — Ouvir o sultão falar assim de mim, doí na alma, em meus sonhos eu nunca imaginei que seria dessa maneira. É, eu também nunca sonhei ter que mentir e enganar para ter uma noite com ele, achei que assim que ele me olhasse se apaixonaria por mim.

Olho o sultão colocando o roupão e mesmo sabendo que não devo, me aproximo mais uma vez dele.

— Eu sei que você me odeia depois dessa noite, senhor. Eu só preciso sentir seus lábios, para saber que tudo foi real. — Ele me fuzila com o olhar e me puxa de encontro a ele, explorando minha boca quando meus lábios se abrem. Tem ódio, mas tem algo que eu nunca vou esquecer nesse beijo. É uma entrega de duas pessoas que sentem uma conexão legítima e não fingiram prazer na cama. Ele se afasta de mim.

— É real, Tayla. — Mostra os lençóis sujos de sangue e sai do quarto.

Não me deixo abalar, me lavo no banheiro, visto minha roupa e arrumo meu véu. Dobro o lençol sujo e escondo embaixo do vestido, assim não deixo nenhum vestígio da minha mentira.

Só quando estou deitada em minha cama e com tudo que baguncei já arrumado e reestabelecido, me permito chorar sem nenhuma ressalva.

Tudo foi bom e ruim na mesma proporção. Só espero que Said seja condescendente comigo.



A ÚNICA DO SULTÃOWhere stories live. Discover now