Capítulo 4

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Ao entrar na oca coloquei meus eletrônicos pra carregar na bateria portátil e deitei na rede, Camila está preparando a refeição com os outros, por isso resolvi aproveitar pra dormir, afinal ela nunca perde a chance de me acordar cedo. Depois do acontecimento no rio, eu estou fugindo de Camila, simplesmente não fico com ela sozinha, eu sou fraca, confesso, então eu vou fazer o que está ao meu alcance, e estou obtendo sucesso, faz uns dois dias que não caio em suas tentações. Entrei em uma chamada com Oliver, e aquilo minou meus planos de dormir, porque ele não parava de tagarelar, ao fundo eu estranhei a aldeia silenciosa, afinal são sempre muitos barulhentos, mas não levantei pra averiguar o que era.

— Ei. - Virei na rede ao ouvir o chamado. — Trouxe frutas pra você. - Ergueu a tigela.

Me despedi de Oliver e sentei na rede.

— Obrigada, mas não precisava trazer, vamos comer lá fora. - Tentei me levantar, mas ela me empurrou pra rede de novo.

— Não tem ninguém lá fora, os homens foram caçar e as mulheres estão no rio, só estamos eu e você. 

É hoje.

— Por que não me avisou? Pra irmos junto.

Ela me empurrou novamente, me fazendo deitar, com isso ela sentou sobre meu quadril, estou de calça jeans e camiseta, ela está… pelada, pois é, e sentada em mim.

— Porque eu não queria ir. - Pegou um pedaço de fruta cortado da tigela e trouxe até minha boca. — Não aguentava mais suas fugas e iandê sem querer ficar sozinha com Camila.

— Você sabe o motivo. 

Ela deu de ombros e continuou trazendo as frutas até minha boca, passei olhos pelo seu corpo e aquilo causou uma pontada em meu sexo, eu nunca encaro a nudez dos índigenas como algo sexual, porque não é, mas no caso de Camila, que fica a todo instante me provocando, eu não consigo mais desfazer a sua imagem erótica da mente, e ela sabe o que me causa, prova disso é seu quadril se movimentando lentamente, de uma forma quase imperceptível ela está esfregando o sexo em meu jeans, na altura do meu sexo, apoei as mãos em suas coxas, ela não parou de trazer frutas até minha boca, fez isso apenas quando acabou, então ela se inclinou e colocou a tigela no chão. 

— Camila teve um sonho com você. - Voltou a se sentar, pegou minha mão e levou até seu sexo. — Quer saber o que foi? - Movimentou o quadril pra se esfregar em minha mão. 

— Conte.

Ela sorriu e se movimentou de novo, dessa vez um pequeno gemido escapou de sua garganta. 

— Eu estava no rio sozinha, ai… - Fez uma pausa e movimentou o quadril de novo. 

— Para com isso, garota. - Segurei seu quadril no lugar. — Você estava no rio sozinha e o que mais?

— Você chegava, nadava até Camila, olhava bem no fundo dos meus olhos e dizia que eu nunca ia esquecer aquele dia, ai me beijava e fazia sexo comigo. 

— Ainda bem que era um sonho. - Falei e ela riu.

— Que pode se tornar realidade. 

— Mas não vai. - Puxei minha mão. 

Deus, eu preciso me afastar dela, falta tão pouco pra me deixarem ir embora.

Camila se inclinou sobre mim, segurou minha mão e levou até minha boca.

— Lambe. - Mandou.

Coloquei a lingua pra fora e deslizei em meus dedos, ela assistiu a tudo em silêncio, até que ela também lambeu meus dedos, nesse gesto nossas línguas encostaram uma na outra, pensei em recuar, mas não consegui, repeti o movimento e ela também, minha boca implora pra chupar sua língua, e foi com essa vontade que eu tirei a mão da frente do meu rosto, minha respiração descompassou, ela sorriu e se aproximou mais, e como se tudo tivesse sido arquitetado, colocamos a língua pra fora ao mesmo tempo e encostamos as mesma, aquilo me fez segurar em sua cintura, ela círculou a língua na minha, me fazendo fincar um pouco das unhas em sua pele, e sem conseguir mais resistir, eu firmei uma mão em sua nuca e a puxei para um beijo, Camila colocou as duas mãos em meu rosto, como em um impedimento para caso eu tente fugir, mal sabe ela que agora é tarde, a puxei o máximo possível contra o meu corpo, nossas línguas deslizando continuamente uma contra a outra, inclinei um pouco a cabeça para o lado, em uma tentativa de aprofundar mais o beijo, deslizei os lábios pelo seu queixo, deixando um beijo molhado e logo voltei para a boca, minha mão saiu de sua cintura e deslizou até a bunda, quando ela sentiu eu apertando deixou um sorriso escapar, cravei as unhas na pele lisinha deo local e desci arranhando, ela gemeu em minha boca e aquilo fez meu tesão aumentar. 

Nativa - ShortFicWhere stories live. Discover now