Capítulo 3

Mulai dari awal
                                    

— Tudo bem? - Perguntei sorrindo. 

— Você quem me diz, recebi algumas queixas de pessoas sentindo dores, e o corpo quente.

— Não se preocupe, reações causadas pela vacina, logo passa e estarão todos bem.

Assim espero.

Eu não estou olhando pra Camila, mas pela visão periférica eu vi ela sentando sobre a mesa e olhando em nossa direção, não um olhar normal, meu ar agora sai com mais dificuldade, ela só pode ser louca, Anzu pode muito bem notar esse olhar de cobiça que está no rosto da filha. O homem à minha frente continua falando sobre as vacinas, com uma ameaça velada, mas nem aquilo está tendo mais minha atenção do que Camila, ela está balançando os pés e com um pequeno sorriso, o pajé também se aproximou, e eu agradeci mentalmente, porque Anzu se virou pra ele e eu pude virar pra Camila, ela está com uma mão mexendo no lábio inferior, ela puxa ele de uma forma inquieta e fodidamente sexy, ela piscou um olho e meu coração errou uma batida, meu medo é demonstrar meu nervosismo, olhei para Anzu e tentei prestar atenção no homem, o que não durou muito tempo, fui fisgada por Camila que não para de me olhar nenhum instante, agora ela está mordendo a pontinha do dedo polegar enquanto sorri, fiquei olhando para o seu rosto, até que notei que estava inconscientemente flertando com ela através de olhares, retomei minha postura e me assustei quando ela desceu da mesa e se aproximou da gente, ela falou algo em sua língua nativa com Anzu, ele olhou pra mim, depois pra ela e assentiu, ela comemorou com um pulinho, beijou o rosto dele e me puxou pra longe.

— Hey, devagar, onde vamos?

— Pro rio.

— Acho melhor não, o cacique pode não…

— Pedi a Anzu pra mostrar nossas belezas pra você, ele deixou, ele faz tudo que eu quero.

— Então você é a filhinha do papai? Isso é de fato estimulante, me vejo com uma lança atravessada em meu corpo.

— Nós só vamos tomar banho, você não tomou banho hoje.

Fiz uma careta.

— Virou fiscal de banho agora?

— Sim, gostou?

Neguei com a cabeça. 

— Engraçada.

Ela só parou de me puxar quando chegamos ao mesmo rio de ontem, eu fiquei parada enquanto ela se livra dos adereços do seu corpo olhando pra mim.

— Tira sua roupa. - Mandou. 

— Vai você primeiro… eu… eu vou fotografar o local.

Observei Camila entrar na água, como ontem ela fez o gesto de permissão pra entrar, desviei o olhar e liguei a câmera, talvez se eu ficar aqui fora tempo suficiente, ela sai da água e eu posso entrar sozinha, ela não parece disposta a aceitar minha recusa, então melhor manter distância. O lugar é muito bonito, na verdade toda beleza natural que não tem a intervenção do homem é bonita. 

Me distrai tirando as fotos, os únicos ruídos são dos pássaros, a folhagem das árvores dançando e Camila nadando, se tivesse disponível no meu Spotify com certeza ficaria no meu repeat, é relaxante em níveis extremos. Ouvi Camila saindo da água, mas não olhei, eu sei que ela está vindo até mim, seus passos sobre as pedras e os cascalhos provam isso, tive vontade de virar, mas não o fiz, fingi estar concentrada na câmera. 

— Deixa eu ver as fotos. - Falou parando atrás de mim, mas não foi um simples pedido, primeiro porque ela sussurrou bem perto do meu ouvido, segundo porque ela encostou o corpo ao meu, e sentir sua pele molhada e despida contra a minha, me fez se arrepiar do início da coluna até a nuca. — Posso?

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