𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖊𝖟𝖊𝖓𝖔𝖛𝖊

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— Me amar é difícil? — Agora a voz do ômega estava frágil e, o interior, do conde festejou isso.

— Extremamente, Liam.

O loiro apertou os lábios, uma vontade avassaladora de chorar.

— Eu sei que o marquês pode te oferecer uma vida de duque pela qual nunca poderei, Liam. — Gabe murmurou, o fazendo arregalar os olhos — Mas eu achei que depois de tudo o que o senhor sofreu na mão da sociedade, depois de tudo o que esse alfa te fez passar, não seria mais ingênuo ao ponto de achar realmente que ele cumpriria com sua palavra e se casaria com você. Ele está te usando. Usando seus sentimentos para conseguir te enganar, Liam. E eu só estou observando você o querer, é quase como se você gostasse de ser maltratado.

— Eu não gosto. — o menor sussurrou, os olhinhos azuis cheios de lágrimas.

— Mas é o que parece toda vez que dá abertura a ele, Liam. E, quem sabe, eu devesse deixar você ir. Você se entregar a ele, porque, quem sabe, assim você seria feliz.

— Você faria isso? — mesmo com a voz chorosa, existia certa animação com a possibilidade.

— Chega a ser ofensivo que me pergunte isso.

— Eu... Como...?

— Liam, eu embarquei nesse noivado, mesmo sabendo que sua fama estava no lixo, qualquer outra pessoa teria fugido de você. Fugido de seus pensamentos. Mas eu não, eu fiquei, porque você é fascinante para mim. Somente para mim. Aquele alfa, Theodore, ele quer você por despeito. Porque você está seguindo sua vida e não tem nenhuma declaração de amor possível para mudar isso. Você é lindo, querido. Eu amo você. Mas aquele alfa só quer se enfiar na sua bunda e ficar com ele só vai salientar ainda mais os piores comentários possíveis sobre você.

— Que comentários?

— Sobre ser a vadia do marquês, querido.

Lágrimas grossas escaparam pelos olhos de Liam, enquanto o alfa se aproveitava da situação, o oferecendo um abraço acolhedor, como se não tivesse sido ele o culpado por elas. Ambos ficaram um bom tempo naquela posição e, de alguma forma, Gabe sabia que não tinha como o marquês do café o roubar Liam. Ele era indiscutivelmente seu.

— Onde você estava? — Isaac invadiu o quarto do irmão, depois de ter sido avisado por um dos empregados de sua chegada — Eu achei que você tinha voltado para seu quarto e não sumido com o conde. Isso é errado e...

— Sabe o que é errado? — Liam retornou os olhos avermelhados para o mais velho — Errado é ser considerado a "vadia do marquês do café". Isso é errado.

— O que você tá falando? — Isaac estranhou, um pouco surpreso pelo tom utilizado pelo mais novo.

— Estou falando sobre eu ser chamado de... ser chamado disso e mesmo assim vocês me deixarem me aproximar de Theodore, aquele... aaaaaaaaa!

Isaac se assustou com o grito do irmão, reparando somente naquele momento o modo como os olhos de Liam não estavam apenas vermelhos e, sim, chorosos.

— Meu amor... — suspirou, dando um passo a frente, os braços abertos, o menor choramingou, antes de se atirar contra o irmão e o abraçar com força — Me diga o que está acontecendo.

— Eu... ele... eu gosto dele, Isaac. — confessou o loiro mais novo — Mas eu não quero ser chamado da vadia dele. Eu... eu quero ser o marido dele... eu... eu queria tanto...

— Ninguém vai te chamar da vadia dele, Liam. Vocês se gostam, tudo bem ficarem juntos. — O mais alto o apertou, o levando para a cama, o tratando quase como um bebê — Ninguém pensa que você é uma vadia. Você é um ômega lindo, fofo, ingênuo e muito mais. Ninguém pensa em você com palavras tão feias como essa.

O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Where stories live. Discover now