Assim que consegui o casaco, peguei a mão dele a guiei para fora, devagar, ela tropeçava de vez em quando, demoramos quase dez minutos para chegar ao carro.

- Harry. - Ela me abraçou de repente, eu estava quase abrindo a porta. - Senti sua falta. - Minha risada abafada quase estragou tudo.

- Mas eu fiquei com você o tempo inteiro. - Ela olhou para mim, os olhos inchados de tanto chorar.

- Mesmo? - Assenti. - Eu te amo muito. - A abracei de volta, não era uma opção tentar escapar.

- Vamos para casa agora. - Abri a porta do carro, ela não parecia querer entrar. - Vamos? - Perguntei mais uma vez.

Ela entrou com a minha ajuda, ficou olhando eu colocar o sinto nela, e assim que o prendi ela destravou, olhei para ela com os olhos semicerrados, prendi o sinto mais uma vez e ela destravou de novo, dessa vez estava sorrindo, repetimos a mesma coisa mais duas vezes.

- Elisabeth, precisa colocar o cinto. - Tentei ser o mais paciencioso possível, ela negou com a cabeça. - Elisabeth, eu não vou pedir de novo. - Dessa vez mais sério.

- Só se me beijar, bem aqui. - Ela tocou na boca com o dedo indicador.

Suspirei, eu queria muito, mas não com ela naquele estado, olhei para o sinto, tentei ignorá-la e prender de novo, assim que fiz isso ela destravou novamente.

- Eu prometo que te beijo o quanto quiser quando chegarmos em casa. - Ela semicerrou os olhos. Eu não a beijaria, mas foi preciso tentar um acordo.

- Mais de trinta beijos? - Eu não pude esconder a risada.

- Mais de trinta. - Repeti, ela pensou por um momento e finalmente me deixou prender o sinto de segurança.

Dei a volta no carro e entrei, por sorte não seria uma viagem tão longa, eu estava me arriscando por dirigir mesmo tendo ingerido bebidas alcoólicas, mas ainda estava totalmente lúcido.

Ela não falou muito durante a viagem, mas ficava mexendo nas coisas, tirou e colocou os tênis pelo menos duas vezes e choramingou dizendo que estava com frio, e de repente voltou a chorar, estávamos a pelo menos cinco minutos de casa.

Ela dizia que era por conta do frio, eu teria que ter paciência pelo resto da noite, e por sorte consegui fazê-la parar de chorar quando chegamos em casa.

O caminho da escada para o quarto foi difícil, primeiro ela queria subir correndo e cinco segundos depois dizia que não queria mais subir, e depois choramingou dizendo que a escada era alta demais, e por último, a grande ideia de dormir nas escadas.

Quando chegamos ao quarto tranquei a porta, eu não duvidava que tentasse sair correndo pelos corredores. Liguei o chuveiro, a água gelada ajudaria e eu sabia que ela odiaria a ideia.

- Vamos, vou te dar um banho. - Peguei a mão dela e a guiei para o banheiro. - Tire as roupas. - Pedi pacientemente.

Ela tentou tirar as calças sem antes tirar os tênis, suspirei e fiz ela parar o que estava fazendo. Assim que me abaixei para tirar os tênis que ela estava usando, Liz se inclinou e abraçou minhas costas, não sei como ela conseguiu, mas quase me derrubou, precisei me apoiar com uma das mãos para não cair.

Ela conseguiu tirar a própria roupa com exceção do sutiã, eu preferia que nem tirasse, sabe-se lá o que se passaria na mente de uma Elisabeth bêbada.

- Gelada não. - Ela tentou sair de dentro do box, impedi a passagem. - Por favor. - Ela praticamente chorou por isso.

- Sinto muito, mas é preciso, vai se sentir melhor, eu prometo. - Ainda chorando ela adentrou a água gelada, senti a pele arrepiada dela.

Don't let me go • Harry StylesOù les histoires vivent. Découvrez maintenant