1.4 O Som do Gatilho - A história de Alastor

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Uma família incrível, mas com um filho que se tornaria imprestável, fazer o que? Nem todos vão pelo caminho do bem, assim aconteceu com esse garoto...

Era dia de aula na cidade Nova Orleans, o pequeno Alastor era um ótimo aluno com apenas 6 anos de idade. Mas sofria um bullying tormentavel por causa de sua religião, o Voodo.

"Ai Alastor! Visitou sua vovozinha hoje?" um dos alunos zombava do pequeno. "Ha! Aposto que aquela velha deve estar com os fantasmas agora" outro aluno zombava.

- Vocês nao tem mais o que fazer não? - uma aluna tentava parar os garotos

- Vambora galera - um dos alunos chamava para se retirarem

- Não deixe que eles zombem de você

- Não precisava me defender...

- Você tem que aprender a se defender Al.

- Obrigado...

Ao chegar em casa Alastor foi recebido por sua mae que enxugava as maos no avental

- Alastor querido! Como foi hoje? - logo ela percebeu que o filho apresentava uma expressão entristecida - Foram os alunos de novo?... - Alastor apenas concordava com a cabeça.

- Mamãe porque eles me zoam pela religiao?

- Nossa religião é mal compreendida pela sociedade filho. Algumas pessoas não entendem sabe?...

- Mas eu gosto da nossa religião

- Eu sei amorzinho, mas nao podemos fazer com que outra pessoas entendam

- Eles são ums bocós! - disse o pai do menino

- Verdade...

- Ei filho! Estou conseguindo me conectar com os nossos amigos do outro lado!

- Serio? Posso me conectar também?

- Claro! Vem cá - o pequeno Al se sentou ao lado de seu pai, fechou os olhos e começou a se conectar com o mundo do outro lado.

12 anos depois...

Al abriu os olhos, ele havia terminado de se comunicar com seu amigos do outro lado ele estava com 18 anos agora, logo a campainha tocou.

- Oi Al!! - sua colega de escola havia chegado para jantar com a família de Alastor.

- Oii! Entra!

- Com licença...

- Oi querida! Seja bem vinda! - a mae de Al recebia a garota de apenas um ano mais velha que seu filho

- Obrigada tia!

- Então... Sua tia não acha ruim vir aqui?... - perguntou Al

- Bem, ela nao esta em casa então...

- Não entendo esse pessoal que tem preconceito com nós, não só pela religião como pela nossa cor - a mulher mais velha se pronunciava

- Também não entendo tia - a garota cristã tratava todos com igualdade

A televisao estava ligada, nela era anunciada a captura de uma pessoa. Logo o pai de Al sai de seu escritório:

- Pegaram eles?

- Esperamos que sim... - a moça estava aflita

"O casal de canibais foram encontrados mortos no meio da trilha ao leste da cidade apresentando sinais de estrangulamento. Na casa onde eles moravam a geladeira continha parte dos corpos das vítimas do casal..."

Enquanto as pessoas que estavam em casa comentavam sobre o caso, Alastor apenas observava a televisão ignorando tudo ao seu redor...

- Al... Al... Alastor! - A mae de garoto chamava - vem comer.

Todos postos na mesa de jantar, a moça serviu Jambalaya* para todos. Mas na hora de comer ela acabou começando a tossir intensamente, ficando pálida.

- Mãe?!

- A comida ta apimentada! Pega água!! - o homem se desesperou - Calma querida! - o homem tentava acalmar sua esposa. A moça começou a ficar roxa, ela possuía alergia a pimenta e uma forte gastrite. Comer a Jambalaya afetou seu estômago. A visitante entregou o copo d'água para a senhora, aliviando a dor que quase à matou.

- Mãe! Você ta bem?!

- T-to sim filho - ela tentava recuperar o ar perdido.

- Querida! Você sabe que não pode comer pimenta!

- Achei que não ia haver problema já que faz meses que nao sinto nada...

- Melhor não arriscar...

O jantar havia terminado, ele havia sido conturbado, Alastor acompanhou sua colega de escola ate sua casa.

- Obrigada por me receber na sua casa Al. - a garota de cabelos curtos loiros sorria gentilmente.

- Foi uma honra senhorita - ele beijava sua mão.

- Ate mais!

Logo Alastor começou a caminhar de volta para casa, as ruas movimentadas de Nova Orleans com letreiros de bares e discotecas brilhavam nos olhos do garoto.

Logo ele viu uma pessoa arrastando um saco preto sumir por um beco. Intrigado, ele foi atras afim de saber o que era.

- Olá?...

Uma porta atras do bar se fechou, Alastor resolveu espiar atraves da fechadura.

A pessoa abria o saco preto, deixando Alastor extremamente assustado. Havia partes de corpo humano la dentro, sendo moido. Ele se esbarrou na porta fazendo um barulho, logo a pessoa que estava la dentro saiu perguntando quem estava ali. Al se desesperou e resolveu correr mais rápido que podia, sem pensar em mais nada ele correu para dentro da densa floresta, rasgando a manga de sua camisa e deixando vários arranhões pelo rosto. Ele nao conseguia pensar em mais nada alem do que tinha uma pessoa matando outras para dar aos fregueses.

Ele voltou a ficar lúcido e seguiu o caminho de volta para casa mas aquela cena se repetia em sua cabeça.

- Filho?...

- Oi mãe...

- O que aconteceu? Você esta todo sujo e arranhado!

- Eu tropecei e cai na água...

- Ah... Tira essa blusa e vai tomar um banho eu vou costurar pra você

- Tudo bem...

Alastor tomava banho ao som de Tangled Up em seu rádio. Ele tentava esquecer o que tinha visto, mas seria bem difícil.

Ele se lembrava de quando ia comer naquele restaurante, será que aquela carne dos lanches eram carne humana também? "Se for não era tão ruim", isso surgiu na cabeça de Alastor, logo se assustou com o que havia pensado. Desligou o rádio e foi para seu quarto.

Após se vestir, ele se sentou em sua escrivaninha e pegou um gravador de voz, alem de sonhar em ser radialista ele gostava de registrar seu dia a dia:

"Dia 12/07/1919, Diário de um futuro Radialista. Hoje foi um dia conturbado, mamãe quase infartou. Ela sabe que não pode comer pimenta, mas ela é teimosa... O que mais me intriga é o que eu vi hoje... Eu podia jurar que eram partes de corpo humano, ou talvez... Eu estivesse delirando?... Talvez o noticiário de hoje tenha me instigado a pensar isso. Hoje o casal de serial killers foram pegos após fazer 12 vítimas na cidade... Me pergunto como alguém tem coragem de cometer tais atos..." - gravação encerrada.

Continua...

Jambalaya* - Jambalaya é uma espécie de paella típica de Nova Orleans e de toda a Louisiana, em que os principais ingredientes são, além do arroz, frango, "andouille", lagostim de água doce ou camarão, e vegetais, principalmente pimentão, aipo, cebola, tomilho e pimenta-caiena. (Wikipédia)

O Mundo Acima - Hazbin HotelWhere stories live. Discover now