Capítulo 10

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Não sei se para morte ou salvação, o sinal tocou e todos se dispensaram para sala, eu fiz o mesmo, nem me despedi de Sarada, Boruto e Kawaki, eu praticamente corri pra sala.

Respiro aliviada por estar em sala agora, porque mesmo que tenha olhares, conchichos e etc serão poucos comparados os de lá de fora.

Chocho se senta do meu lado empolgada, ela já sentava comigo faz uns meses quando era aula de Português, como agora, só que neste momento ela parecia empolgada demais para ser uma simples dupla anual.

— É verdade? — Pergunta ela empolgada.

Chocho sempre teve a personalidade extremamente extrovertida e alegre, e eu gosto disso, só que naquele momento eu queria paz.

— O que? — Pergunto sem entender.

— Você está ficando com Kawaki? Foi na casa dos Uzumakis? Ele aceitou um presente seu? — Ela dispara perguntas.

Mal tenho tempo de raciocinar quando ela emenda outra pergunta.

— Foi ele quem chamou você lá? Isso quer dizer que você conheceu a família dele? Por favor me responde. — Ela me balança pra frente e pra trás.

— Ei ei, muita calma nessa hora, você está muito focada nos boatos de hoje. — Resmungo, com toda certeza vou ter dor de cabeça hoje. — Kawaki simplesmente me pediu ajuda em artes e eu ajudei, enquanto ele fazia o desenho dele eu fiz um quadro e dei o desenho de presente para ele, simples.

— Simples? Se tratando de Kawaki isso já é demais. — Ofega ela. — Ajuda em artes? A mãe dele não é a professora dessa matéria? Isso me parece mentira. — Ela aperta os olhos em desconfiança.

Eu me perguntaria como ela saberia que Hinata era mãe dos Uzumakis, mais se tratando de Chocho nada é segredo, ela descobre tudo, ela e seu amigos, Shikadai e Inojin são investigadores natos.

— Sério, a própria Hinata disse que eu poderia ajudá-lo por que eu tinha boas notas, poderia ser qualquer um. — Dou uma desculpa simples.

— Poderia, mais foi você, como você não vê? Até a dona Hinata quis você por perto, não é empolgante? — Ela se empolga mais.

É reconfortante ouvir que talvez alguém me queira por perto, mas Chocho já está chamando atenção demais para nós e hoje eu já tive atenção suficiente para um ano inteiro.

— Sem exageros, Chocho. — Graças de Deus o professor de Português, Iruka, entra na sala para dar aula. — Agora sem assunto, você sabe que eu gosto de prestar atenção na aula.

— Chata. — Murmura Choco se virando para frente.

Chata, porém livre de atenção agora, amém.

Os 50 minutos de aula se passam rapido, tanto que fico surpresa pelo tocar do sinal.

— É isso galera, voces tao liberados, não se esqueçam de trazer o livro de linguagens amanha. — Diz Iruka vendo os alunos se dispensarem pelo corredor.

Olho para meu cronograma, aula de Biologia, finalmente algo pra ocupar mais minha mente.

Vou em passos largos em direçao a sala onde se passsava a aula de biologia, mas um vulto loiro me para no meio do corredor.

Inojin Yamanaka.

— Fala. — Digo ja imaginando o que ele vai perguntar, tento passar por ele, mas, ele entra na frente de novo, irritante. — A Chocho já me fez um questionário hoje, eu tenho certeza que ela vai falar tudo para você e Shikadai, sai da minha frente por que se não vou me atrasar.

— Sumire, eu nem perguntei nada. — Ele se defende. — Na verdade eu ia perguntar se você poderia ir la na floricultura da minha mãe hoje, ela disse que precisava de ajuda e eu não posso ir la hoje, pode me fazer esse favor? — Ele suplica.

— Você ta de brincadeira? virei central de ajuda é? — Resmungo

— Eu tenho certeza que você não questionou muito quando foi Kawaki que perguntou. — Provoca Inojin

— Te odeio. — Faço bico, ele ta certo nesse quesito. — Eu vou.

— Valeu Sumire, juro que depois te pago um lanche pra voce. — Ele afaga meu cabelo e depois sai pelo corredor, acho bom ele pagar mesmo esse lanche.

Agora corro pra sala de biologia, ainda bem que o professor Orochimaru não tinha chegado.

Me sento em uma cadeira onde a dupla estava vazia, na aula de biologia eu sempre sentava sozinha, os horários ainda estavam sendo ajustados entao acaba que nem todos os alunos tinham par para sentar.

O professor entra na sala com a mesma cara neutra de sempre e começa a explicar matéria, só fiz algumas anotações durante a aula querendo ouvir e entender o máximo possível, no fim, a aula passou 10x mais rápido do que a de Português, acho que é porque eu realmente estava focada e não vi o tempo passar.

Esse sim era um dia tedioso, penso.

Ainda havia mais umas 5 aulas de matérias diferentes, que dia meus amigos, que dia.

Para falar verdade eu estava ansiosa para sair da escola hoje, normalmente eu fico bem de boa aqui, mas hoje os acontecimentos me deixaram inquieta.

Mal notei quando Kawaki começou a andar do meu lado, na verdade eu só notei quando vi uma menina apontando pra mim e cochichando com a outra.

— Você tá maluco? — Pergunto irritada.

— Temos uma aulas juntos agora ué, aproveitando a companhia. — Ela responde de forma sapeca.

— Ultimamente você anda aproveitando e muito minha companhia. — O desafio.

— Isso te incomoda? — Pergunta ele "inocentemente".

Não respondo, e ele sorri sabendo o que significa.

Entramos na sala de geografia, e Kawaki se senta do meu lado.

— Você não tem par nessa aula não? — Pergunto nervosa por saber que vou passar mais uma aula perto de Kawaki.

— Não, e você? — Ele devolve a pergunta.

Eu poderia mentir e falar que sim, mas eu realmente não tenho par nessa matéria também, garoto perpicaz.

— Irritante. — Bufo

— Você. — Ele devolve, começando uma guerra de "vocês", um falando do outro.

— Chega, não aguento mais. — Digo interrompendo a discussão que parecia ter vindo de duas crianças de 7 anos.

— Eu achei que você fosse mais paciente, Sumire. — Ele continua tentando me tirar do sério.

— Normalmente eu sou, mas como esse não é um dia normal, não tem como eu ser também. — Respondo sentindo minha língua pinicando para xingar Kawaki em todas as línguas possíveis, e eu amo ele, imagina se não amasse.

Amor e ódio, eu diria.

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