Yelena Gambino

Capítulo 5

Yelena

Estou no meu quarto, ainda refletindo sobre tudo o que me foi dito.

Como Anthony tem coragem de esboçar raiva da minha mãe, alguém que foi a maior vítima de tudo isso, a irmã dele era uma vaca desgraçada e egoísta, a única culpada de sua morte é ela mesma... Ela procurou por isso.

Caminho até minha penteadeira e abro a primeira gaveta, lá está a arma de Anthony Bonanno que acabou ficando comigo, uma pistola Taurus GX4 de 9 mm. Faço questão de devolvê-la pessoalmente, pois ele precisa ouvir umas boas verdades, aquele arrogante idiota.

Já passavam  das 18:30h quando resolvo tomar um banho, vou até o closet e pego um pijama qualquer.

Deito na cama e resolvo pegar meu celular, coisa que não fiz durante o dia todo.

Tem várias mensagens que ignoro sem pestanejar, a única que resolvo não ignorar é de Fabrizio... Eu não deveria ter comentado nada disso com ele, não queria ele sabendo de coisas tão tristes, que me deixaram tão abalada.

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Fabrizio: Oiie, falei com meu irmão... Ele me falou coisas bem pesadas, eu acho melhor você conversar com seus pais sobre Martina e Michele Bonanno.

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Eu não esperava por isso, estou tão chateada com ele pela história dos nudes inexistentes que tinha esquecido que ele sempre foi meu melhor amigo.

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Yelena: Oii, eu já conversei com eles.

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Ele visualiza minha mensagem na mesma hora e responde.

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Fabrizio: Precisando de um amigo estou aqui para você.

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Yelena: Eu sei... Obrigada!

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Fabrizio: Se quiser posso pedir para o motorista me levar aí, podemos ficar vendo filmes de terror antigos, e rir dos "defeitos especiais" igual quando éramos mais novos.

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Ficar com alguém agora parece uma boa ideia, alguém que sabe pelo que estou passando, que não vai ficar me fazendo perguntas... Mas nunca que meu pai vai deixar ele vir aqui a essa hora.

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Yelena: Eu iria gostar, mas eu acho que meu pai não vai deixar.

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Fabrizio: Fala com ele, vai que ele deixa.
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Abro a porta do meu quarto e saio a procura do meu pai, passo pelo quarto dos meus pais e eles não estão... encontro Maria no corredor e pergunto.

— Maria você viu meus pais?

Eles estão no quarto de brinquedos com os meninos.

— Obrigada Maria, vou lá.

Entro no quarto e meu pai está jogando vídeo game com o Tommy, enquanto minha mãe e o Luigi assistem a partida.