322° capítulo

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RESPOSTANDO POR QUE PRA MIM APARECE QUE ESTÁ NOS RASCUNHOS AINDA :)

Mariana.

Ben disse: "não vem aqui, não quero você perto do meu pai".

Mas... Não vi problemas.

- aí a gente ficou lá, por isso aquele dia ele não voltou pra casa. - falei de uma noite que Ben e eu saímos de carro... Não voltamos... Minha mãe acionou o batalhão todo dela.

Mas Ben e eu acabamos transando no carro (por que não sou boba e nem nada) e ai dormimos.

Mas não aconteceu nada de mais, minha mãe só nos deu bronca e não estávamos longe de casa, era uma praça nem tanto movimentada.

- e... Outro dia, acho que no seu aniversário... Ele dormiu lá? - Ben não sabe que cheguei a uns 25 minutos, mas pensei na resposta.

- é... Ele não dormiu lá em casa, falou que tinha um compromisso e... - tento lembrar daquela noite..

Sim, bebi, mas não, não estava bêbada.

Mas não lembro bem, apenas Ben dizendo...

- eu... Preciso ir ver Ben. - engoli em seco.

- espere. - segurou meu pulso, sentado a minha frente na ponta da mesinha de centro da sala.

Quis gritar, e no meio do medo imaginei Ben fora de casa... Tipo... E se estivesse somente eu e o senhor James?

- eu quero me dar bem com Benjamin. - suspirou me soltando e me senti mais a vontade.

- você... Precisa ser menos duro. - respondi lembrando das reclamações de Ben.

- menos quanto? - penso.

- ahn... Bastante... Quer dizer, você tira o carro dele como se fosse um castigo...

- mas é um castigo.

- mas pelo que? - suspirei junto a frase. - tipo... Ele tá tirando boas notas, ele não tá bebendo ou usando drogas igual antes. - ele pareceu pensar. - talvez se o senhor desse um pouco mais de confiança a ele, veria como pega pesado. Ben é bom, ele tem bons pais que ensinaram isso... Mas ele reage, óbvio, quando alguém é injusto... Não que o senhor seja, mas as vezes né... - ele parecia pensar, os dedos entrelaçados e os braços apoiados nos joelhos.

Seus olhos verdes olhando para o lado e o jeito como ele parece alguém que faz maldade... Sei lá, depois de um tempo sofrendo abusos você consegue notar um olhar maldoso, uma expressão... Uma cara de um cara errado, sabe?

- e você? E sua mãe?

- eu? Minha mãe? - ri de leve. - o que tem ela? - o quão interessante pra ele minha mãe é, além de ser uma tremenda gostosa.

- bom... Ben fala dela, uma bela mulher, ótima no que faz prendendo bandidos.

- e estupradores, pedófilos e gente que faz o mal. - me olhou calado. - só acrescentando.

- ótimo ponto de vista. - se levantou e acompanhei. - sua mãe é oque? Uma servidora pública, ganha menos que 30 mil por mês... Menos que 200 mil por ano... Tiro 200 mil em uma semanas na empresa... Quer dizer, só tô acrescendo. - olhei brava pra ele e até franzi os lábios de leve. - eu deveria ter medo dela?

- deveria. - me levantei. - quer dizer, ninguém vai ficar sabendo se um cara que faz coisas erradas morrer torturado no meio do deserto. - ajeitei a bolsa no ombro. - só tô acrescendo. Minha mãe é muita boa no que faz, é bem fácil derrubar alguém... - como você. - errado. - sorri.

- tenho certeza que ela é realmente boa. - o sorrisinho que ele me deu.

Senti um enjôo enorme, parecia que eu ia desmaiar. Meu rosto ficou quente, minhas orelhas, a barriga revirou e na minha cabeça lembrei de um breve flashback.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora