248° capítulo

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Personagem desconhecido.

Me olho no espelho.

O olho estava roxo, assim como todo o corpo.

Bom, as inúmeras maquiagens de Sabrina servem pra algo, até por que quando ela estava com olheiras profundas por causa das quimio e dos medicamentos fortes, ela sempre se maquiava.

Peguei algo.

- não, tem que ser branco. - digo após pegar algo cheio de cores dentro, pra passar no olhos eu acho.

Mas achei um tubo com maquiagem da cor da minha pele, peguei um pouquinho pingando no dedo e passando onde estava roxo. Era liquido.

Meu rosto não estava roxo como se eu tivesse levado um soco, estava roxo como se eu tivesse apanhado de mais de cinco pessoas. Aqueles homens me bateram no rosto diversas vezes e acabou ficando enxado nos primeiros dias, assim como o meu corpo, agora estava tudo ficando verde e roxo.

Mas aquila maquiagem líquida ajudou, não aparece muito.

Ontem uma criança foi vendida e outra chegou.

Era adolescente, mais alto do que eu mas tinha 15 anos.

Ele estava tão assutado que o forçaram a comer e mesmo ele vomitando tudo, continuaram forçando.

Mamãe diz que é normal, e ela diz isso por que ele precisa estar disposto pra aguentar as horas que quiserem ele... Sim, homens mais velhos pagam tantas horas pra ficarem com a gente, se eles pagam por cinco horas, eles podem fazer oque quiser e usar essas horas como quiser.

Oque é mais difícil, por que depois do ato sexual, eles fazem perguntas ou nos batem até a próxima vontade deles.

Eu nunca soube por que mamãe faz isso. Uma vez, por milagre divino da vida, Luis e eu conversamos, ele disse que odiava o fato de mamãe vender crianças pra outros países e odiava que ela vendesse eles pra uma noite... De sexo.

Foi oque Luis disse, sexo.

Ele também já viu papai fazendo isso com crianças e eu acho tão normal.

Elas choram mas eu sempre vi isso.

E sei que dói, já passei por isso várias vezes.

Mas... Mamãe ama tanto seus filhos, por que ela faz isso com outras crianças? Que a chamam de mãe e a abraçam?

- Sabrina? - alguém abriu a porta e eu larguei a maquiagem rápido.

- sim. - me assustei.

- seu castigo acabou, sua mãe está lhe esperando na sala de jantar. - era um segurança e ele não me deu tempo pra dizer algo, só falou e fechou a porta saindo.

Respirei fundo com medo, mas acho que era outra coisa, minha barriga estava se revirando e fazendo um pouquinho de cosquinha.

Mas desci, usando uma calça de Sabrina. Ela sempre foi da moda. A calça era vermelha com listras, meio preta também e era larga. Usava também um moletom grande com uma estampa legal na frente e chinelos com meia.

Um chinelo diferente, não tinha nada entre o dedão e o dedo do lado.

Mas era bonito.

Passei pelo corredor com calma, sentindo tanto medo e logo desci as escadas.

Hoje a janela das escadas estavam abertas...

Era assim, você descia alguns degraus e via uma parede por que a escada fazia uma volta pra outros degraus pra você descer. E nessa parece tinha uma janela enorme que ia até o teto.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Where stories live. Discover now