-Nem me fale, as vezes eu tenho que a controlar, antes que ela vá a falência!

[...]

Hoje o dia foi de total descanso, não fomos a praia hoje, decidimos ir só amanhã. Quando almoçamos, nós fomos andar mais um pouquinho pela cidade e logo voltamos para a pousada.

Quase seis horas, decidi fazer um pavê de chocolate. Matheus apareceu na cozinha e perguntou:-O que é isso, Vic?

-Pavê, já comeu isso riquinho?- Pergunto com humor, mas pela cara que ele fez, com certeza nunca comeu.- Ah você está brincando, né?

-Vic, julgar as pessoas é errado sabia?- Ele encostou no balcão me observando colocar as bolachas por cima do chocolate.

-E ficar só olhando também, me ajuda a fazer as camadas!- Digo afastando para o lado dando espaço para ele mexer na travessa também.

Ele foi para a pia, lavou as mãos e parou ao meu lado me imitando.

-Coloca o chocolate por cima, vou pegar mais um pacote de bolachas!- Digo e vou até o armário pegando mais um pacote.

-Vic, me ajuda!!- Ele diz e eu volto para o seu lado correndo, ele quase colocou todo o chocolate de uma só vez.

-Matheus, não tem condições você ser tão burro não!

-Mas eu sou!!! E agora?

-Afunda as bolachas aí dentro, dá em nada, vai ficar gostoso do mesmo jeito!

E fizemos, afundamos as bolachas maizenas dentro da poça de chocolate que o Matheus fez e deu bom do mesmo jeito.

-A Bru está fazendo o quê?

-Hidratando o cabelo! E o Miguel, cadê?

-Deixei ele falando ao telefone com a minha sogrinha!- Digo sorrindo.- Será que ela já sabe? Com certeza, notícias se espalham rápido...

-Ela já sabia antes mesmo de nós irmos comprar as alianças!- Ele falou e eu peguei a travessa para por na geladeira após terminarmos.

-E seu pai?- fechei a porta da geladeira, fui até a pia e lavei minhas mãos que estavam sujas de chocolate.

-Já deve saber também, mas nem eu e nem o Miguel falamos nada pra ele!- Matheus se encostou na pia com os braços cruzados.

-A relação de vocês é boa com ele?- caminhei até o balcão e sentei em cima.

-É de boa, só que... Não sei explicar o sentimento... não sei se medo seria a palavra certa...

-Por que vocês teriam medo dele? Ele já bateu em vocês?

-Não é nesse sentido de agredir, é meio que medo das atitudes preconceituosas, até onde ele iria por causa delas... O que se passa na cabeça dele, as falas dele... Deu pra entender?

-Acho que sim! Vocês tem medo das atitudes e falas dele e do que ele é capaz de fazer por causa desses pensamentos errados... Entendi! E sua mãe? Ela parece ser uma mulher tão justa pra suportar esse tipo de comportamento dele!

-Ela é, mas ela também ama meu pai, porém... Eu sinto que eles estão se desgastando!

-Você acha que tem chances deles... Se divorciarem?

-Se meu pai continuar do jeito que está, acho sim!- Ele pegou um copo e encheu com água.- Meu pai está pior e pelo visto a tendência é só piorar!

-Antes ele não era assim?- Balanço meus pés no ar.

-Ele era, mas não saía por aí expondo seus pensamentos e nem destilando ódio. Ele se mantinha calado, na dele... Mas agora ele fala e não está nem aí!

o AMOR de um CEOWhere stories live. Discover now