VINTE E SETE

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—Não — Ele falou do outro lado da varanda

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—Não — Ele falou do outro lado da varanda.

—Como assim não? — Perguntei piscando algumas vezes.

Ele não queria conversar comigo? Tudo bem, acho que eu realmente merecia isso, mas mesmo assim um nó se formou em minha garganta e era difícil de engolir.

—Não vamos hablar conmigo aqui e você aí — Apontou pra minha varanda — Vení acá. (venha aqui).

—Que? — Quase soltei um gritinho, mas me controlei.

—Sabes? Abre la puerta, sai da sua casa e entra na mía — Apontou para o próprio corpo, me mostrando um sorrisinho.

—Eu não... Não consigo — Me escutei murmurar, ele se levantou e pareceu soltar um suspiro.

¿Qué no hago por ti, Esperanza? (o que não faço por você, esperança?) — Disse, desaparecendo dentro da própria casa em seguida.

Sai correndo do meu quarto e desci as escadas pulando de dois em dois degraus, cheguei primeiro do que ele na porta e abri antes mesmo que ele batesse.

—Oi — Ele fala baixinho quando seus olhos se encontram com os meus — Não vai me invitar a entrar? — Perguntou, eu dei um passo para o lado, deixando que ele entrasse.

Fiquei observando o quanto o ambiente da minha casa já parecia normal pra ele, como ele parecia se sentir em casa enquanto sentava no meu sofá com as pernas abertas e os olhos passeando enquanto eu passava por ele e sentava ao seu lado.

Te estoy esperando (estou te esperando) — Ele diz pousando a mão suavemente sobre minha coxa.

—Você já sabe o que eu vou falar — Olhei pra ele.

—Na verdad não sei, Hope — Suspirou — Eu sinto que ficamos brincando um com o outro. No me gusta esse joguinho — Ele fala de um jeito tão fofo, soando um "X" no lugar do "J" que estou prestes a derreter no sofá.

—Gosto de você, Giorgian — Eu falo sentindo um bolo em minha garganta — Fui muito idiota esse tempo todo, eu tinha vergonha porque nosso primeiro encontro foi horroroso e eu nem queria mais te ver e depois eu tinha medo de me envolver porque sabe... Eu não tive as melhores experiências com relacionamentos — Apertei os olhos.

—Nem eu — Me mostrou um sorriso triste — Mas não somos os nossos relacionamentos passados, Esperanza. Somos los dos (somos os dois) — Ele começou a fazer pequenos círculos com o dedão na minha coxa, provavelmente querendo me acalmar porque eu estava mesmo muito nervosa.

Chegava a ser estranho o quanto ele parecia me conhecer, sabia quando eu queria falar e quando não queria, quando estava nervosa e quando

Y hay más (e tem mais) se não tivesse acontecido aquilo con Dante... Não teríamos nos conocido — Disse daquele jeitinho calmo que só ele tinha — Vai ser uma boa história no futuro.

𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 • 𝐃𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Where stories live. Discover now