impossible | drarry

삼

Impossible

Chapter three

🍄

Harry suspirou, sua mente ainda estava correndo. Flashbacks da batalha correndo em sua mente, e ele não gostou... De maneira alguma.

Mas, então, novamente, quem iria?

Retratar todas as pessoas com quem você falhou morrem novamente.

É horrível.

Ele fechou os olhos com força, respirando fundo enquanto olhava pela janela do seu dormitório, notando a pequena cabana de Hagrid, perto da Floresta Negra, ainda iluminando a luz.

Parecia uma árvore de natal contra a floresta escura.

São quase duas da manhã... O que Hagrid faz acordado?

Decidindo que não tinha nada melhor para fazer, ele agarrou o seu suéter e calçou os sapatos, silenciosamente saindo do dormitório.

Uma vez que ele desceu para a sala comunal, ele jogou o suéter pela cabeça, depois caminhou pelo retrato da Mulher Gorda e pelos corredores.

— Lumus. — Harry sussurrou, sua varinha iluminando-se enquanto ele focava no mapa do maroto. — Eu juro solenemente não fazer nada de bom. — Ele sussurrou novamente, antes de notar ninguém menos que Draco Malfoy vindo em sua direção, prestes a virar a esquina.

— Nox. — Harry sibilou baixinho, sua varinha instantaneamente diminuindo a luz enquanto ele ficava contra a parede e observava Draco virar a esquina.

Draco parecia aflito demais para notar Harry, que estava prendendo a respiração contra a parede de tijolos, a luz da lua brilhando com uma boa quantidade de luz nas janelas altas, mostrando seu cabelo preto de ébano e o brilho de seus óculos.

E o cabelo de Draco parecia prata derretida, a luz da lua refletindo em seu cabelo platinado.

Harry observou que Draco murmurava coisas para si mesmo, passando a mão pelo seus cabelos a cada poucos segundos, deixando-o bagunçado... Algo que Harry não estava acostumado a ver em Malfoy.

Assim que Malfoy passou por ele, ele parou no meio do caminho, fazendo Harry engolir seco.

— Espiar não é uma coisa educada — Malfoy fervilhava.

Harry fez uma pausa, antes que uma explosão repentina de raiva o atingisse no estômago.

— Também não é considerado educado tentar matar alguém. Acho que estamos no mesmo caminho — Harry retrucou.

Draco instantaneamente virou a cabeça em direção a Harry, seus olhos penetrantes brilhantes encontrando os duros olhos esmeraldas de Harry com o olhar furioso.

— Eu não tive escolha. — Draco sibilou com os dentes cerrados. — Era a vida dele ou a minha, me diga o que você escolheria cicatriz?

— Ele. Professor Dumbledore era o melhor bruxo do mundo.

— Ah, claro. É claro que você escolheria a vida dele ao invés da sua. Eu esqueci completamente. — Ele fez uma pausa, seu olhar endurecido. — Você é o menino de ouro. O escolhido. O menino que sobreviveu. Claro que você arriscaria sua vida por outra pessoa.

Harry cerrou a mandíbula, mantendo seu olhar fixo em Malfoy, seus punhos cerrados.

— Isso não importa de qualquer maneira. — Malfoy sibilou baixinho. — O irmão dele está aqui agora. Eles são basicamente a mesma pessoa. Supere isso, Potter. Nem mesmo fui eu quem o matou.

Harry cerrou a mandíbula com mais força, e se fizesse com mais força depois disso, provavelmente quebraria.

Dando um passo em direção a Draco, Harry apontou para ele, empurrando o dedo indicador contra o peito do mais alto.

— Você tentou matar uma das únicas pessoas de quem eu estava perto. Você acha que eu simplesmente poderia perdoar algo assim?

Por um segundo, Harry poderia jurar que viu... Mágoa, nas feições de Draco, mas rapidamente foi coberto por um sorriso sarcástico.

— Você realmente acha que eu me importo, Potter? Sobre você? Ou alguém girando em torno de você? — Draco rosnou, embora cada parte que ele estivesse dizendo fosse apenas uma mentira. — Eu me importo em me manter vivo. — Outra mentira. — E me mantendo longe de fanáticos e deprimidos como você.

A última fala fez o estômago de Harry revirar, antes que ele empurrasse Malfoy contra a parede, segurando sua capa entre os punhos.

— Eu não estou deprimido. Você não tem ideia do que está acontecendo na minha vida. Você não está envolvido na minha vida de forma alguma. E vamos manter assim.

Desta vez, a última frase fez o estômago de Draco revirar, mas ele ignorou completamente.

— Bom, parece que todos no mundo bruxo estão revividos em torno da sua vida Potter. Lembra? Você é o garoto que sobreviveu. Todo mundo já ouviu falar de você. — Um tom de ciúme foi ouvido na voz de Draco, mas Harry estava frustrado demais para perceber.

— Oh, olhe para Harry Potter! O menino que matou o Lord Voldemort! — Draco imitou uma voz estridente, como se fosse uma garota.

Harry sorriu levemente, finalmente captando o ciúme. — É ciúme que eu ouço, Malfoy?

— Ah, vai embora cicatriz. Por que eu ficaria com ciúme de você? — Ele perguntou. — O menino sem pais. O menino que fez amizade com uma sangue-ruim e um Weasley. O menino que cresceu com seus tios abusivos.

Harry mordeu o interior do lábio, deixando cair em Malfoy a única coisa que o machucou... Mas do que qualquer coisa que já o machucou antes.

— Eu deveria ter deixado você naquela fogo maldito.

Parecia que alguém tinha enfiado a mão no seu peito e esmagou suas entranhas... E assim que Potter o deixou sair, ele quase caiu... Sorte que tinha a parede para se apoiar.

Ele olhou para o chão com seus olhos arregalados. Ele estava honestamente surpreso com o quanto as palavras de Harry o afetaram... E doeram...

Furioso com isso, Harry não percebeu a expressão de Draco, e saiu, deixando-o sozinho... E esqueceu completamente suas intenções originais de visitar Hagrid quando ele saiu furioso para a sala comunal da Grifinória.

Maldito Malfoy e sua maldita boca e sua maldita existência.

🍄

"—É melhor você me odiar de qualquer maneira. Melhor para nós dois.

O que meu pai diria se descobrisse que eu estava...  apaixonado' por Harry Potter? O menino que arruinou sua vida? Muito menos... Estar atraído por um homem.

Ele provavelmente encontraria uma maneira de me estrangular, mesmo estando em Azkaban. Ele encontraria uma maneira.

É melhor para nós dois. Seus amigos provavelmente odiariam você.

Pensariam que eu tinha te envenenado, se você se apaixonasse por mim. O que nunca aconteceria, mesmo se você quisesse. Porque aparentemente tudo que sou bom é te dar mais razões para me odiar.

Mas Merlin... Harry, esse último comentário... Doeu. Muito. Mas acho que você não percebeu

Ou talvez você tenha. Talvez você simplesmente não se importe.

Estou começando a suspeitar que meu carma por você é um carma ruim. Carma por todo mal que eu te fiz.

Você é insuportável, Harry Potter."