46_ Absolutamente perfeita.

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Eliza Claire

Ele não estava na cama quando eu acordei.

As cortinas das janelas estavam abertas, o que fazia a luz do sol me atingir igual todo o gozo da noite passada.

Passei os olhos pelo quarto todo, mas não havia nenhum sinal do Theo. Ele evaporou igual a virginidade dele.

Sentei na cama, sentindo o desconforto imediato no meio das minhas pernas e calças de pijama.

Eu acabei por colocar um pijama ontem enquanto andava tudo torto, mal conseguindo me colocar de pé. O Theo não calou a boca sobre como colocar roupa era uma falta de consideração com ele e com o Shrek.

Shrek é o nome que eu dei pro pau dele.

Acho que o motivo é óbvio...

Levantei da cama, soltando um gemido de dor logo em seguida.

Esse filho da puta do caralho com a porra do pau do tamanho do Shrek, tomara que ele engasgue com a própria pica enquanto a porcaria de um brinquedo do tamanho do Bolsonaro é enfiado no buraco dele.

Que a mãe dele se revire no túmulo, ninguém mandou ela ter um filho com a genética arrombadora.

Quando cheguei na porta do banheiro, notei que a mesma estava fechada e trancada. Não dava pra ouvir o chuveiro ou qualquer voz. Parecia que tinha passado um defunto pelo quarto de tão silencioso que estava.

Talvez o defunto seja a minha Prexeca.

Ela não saiu viva depois de ontem.

Algumas memórias de ontem ainda passavam como fantasmas pelo meu corpo e mente. Como quando o Theo, mesmo com as minhas pernas fracas e tremendo, me fez sentar nele e finalizar o que começamos até que nem ele aguentasse mais.

Ele me abraçou por minutos depois de tudo. Eu sabia que ele estava acordado porque ele fazia carinho pelas minhas costas e cabelo, apesar da sua respiração calma e pesada.

Virei de costas para a porta do banheiro e fechei os olhos cansada.

Hoje é o dia que vamos embora do hotel e depois temos 5 horas no ônibus escolar até voltarmos para as nossas casas.

Por um lado, isso é maravilhoso, eu sinto saudades da minha cama e dos posters da Marvel que eu escondo debaixo dela.

Mas eu não sei quem ganhou a bolsa de estudos e não me atrevo a dar uma olhada no celular para descobrir. Mesmo se eu tentasse, toda vez que chego perto do meu pedaço de tijolo, um frio se espalha pela minha barriga.

Tudo que aconteceu ontem parece... demais.

Eu prometi pra mim mesma quando o Theo me beijou depois da briga que eu não chegaria tão longe. Que eu não deixaria passar do beijo. Mas passou, muitas vezes.

Eu tirei a virginidade dele por impulso.

Isso não foi certo.

Eu queria outras circunstâncias, uma nova perspectiva...

Mãos frias me agarraram pela cintura, se infiltrando dentro da minha camiseta e tocando o meu ventre. Os dedos fizeram o seu caminho lento e congelante pela minha cintura, deixando dois dedos entrarem na barra da minha calça. Enquanto isso, senti beijos igualmente gelados serem distribuídos pelo meu pescoço. Ele passou o seu nariz pela dobra do meu ombro e pescoço, depositando agora beijos molhados por lá.

Eu sentia ele contra mim, me abraçando por trás. Segundos depois, algo duro já estava pressionado na minha bunda, sendo afastado de mim apenas pela toalha úmida que ele usava em volta da sua cintura e pelo tecido fraco da minha calça.

Eu abri um sorriso sem perceber e os dedos que se esconderam na minha calça desceram ainda mais, passando a infiltrar o caminho que era suposto ter uma calcinha, mas não havia nada.

O frio da sua outra mão ainda segurando a minha cintura me fez arrepiar e suspirar. Notei o seu cabelo úmido, por ter sido recentemente lavado, tocando a minha bochecha, fazendo o cheiro de menta penetrar o meu nariz do jeito mais alegre possível enquanto os seus dedos se aproximavam do meu clitóris, ainda tão distantes ao mesmo tempo que tão perto.

- Bom dia, querida... - Ele sussurrou ainda contra o meu pescoço.

- Bom dia. - Fechei o sorriso idiota que estava no meu rosto enquanto me virava para ele.

O Theo parecia... deslumbrante.

Aquele garoto brilhava mais que o sol naquele exato momento. Os olhos quase transbordando a cor castanha, o nariz avermelhado na ponta pelo frio, como sempre. A sua boca era enfeitada por um sorriso capaz de rasgar as bochechas e mostrar as covinhas. O cabelo caia pela testa, fazendo questão de pingar algumas gotas que eu segui pelo seu peitoral.

Puta. Merda.

O corpo dele estava cheio de arranhões recentes, chupões e... Eu não faço a mínima ideia de como essas outras marcas se chamam porque eu nunca fiz elas em ninguém.

Ergui os meus olhos arregalados de volta para o rosto do Theo e ele subiu uma sobrancelha surpreso. Eu estava igual?

- Sim, e você é adorável desse jeito. - Ele respondeu como se pudesse ler os meus pensamentos. Esse filho da pu...

- Ok, eu vou tomar banho. - Avisei, deslizando dos seus braços igual a anaconda que sou. O Theo fixou os olhos no meu rosto, notando de cara a vergonha enquanto eu me enfiava no banheiro igual ele enfiou a piroca em mim sem dó.

[...]

Sai do banheiro com apenas uma calcinha, atraindo o olhar do Theo que estava sentado na cama usando uma calça preta.

Os dentes dele um dia caem de tanto que ele sorri pra mim.

- Eu achei que era impossível você ficar mais linda. - Ele inclinou a cabeça na minha direção ao mesmo tempo que eu andava na direção do espelho na frente da nossa cama.

Eu conseguia ver o olhar dele ainda fixo no meu pelo espelho e eu sei que ele podia ver que eu estava observando ele através do espelho gigante também.

O Theo apoiou os braços na cama, deixando um em cada lado do seu corpo. As suas pernas continuaram levemente abertas enquanto ele se inclinava para trás, ainda mantendo o contato visual.

Eu desviei o olhar sorrindo quando o Theo começou a praticamente me devorar com os olhos e assim que voltei a colocar o meu olhar nele, ele já estava perto demais, enrolando os seus braços em minha volta.

- Olha pra você... - Ele sussurrou passando a boca pela pele suave do meu pescoço e fazendo questão de beijar a mesma em seus pontos mais sensíveis. Os pontos capazes de me fazer suspirar e gemer baixinho com apenas um beijo.

- Sendo pateticamente cruel? - Fiz a minha tentativa de terminar a sua frase com um sorriso.

- Não. - Ele me repreendeu, segurando a minha cintura com as duas mãos em cada lado da mesma, mas logo deslizando uma delas pelo meu ventre, se aproximando cada vez mais da calcinha. - Sendo absolutamente perfeita.

continua...

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