33_ Theo safadão.

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Eliza Claire

... e eu percebi que estava encarando o seu pau esse tempo todo.

Arregalei os olhos abrindo passagem pra ele e o Theo riu caminhando até mim.

Ele parou na minha frente, me lembrando que eu ainda estava contra uma das batentes da porta e pressionou o seu corpo contra a outra. O luz do sol que escapava pela janela do nosso quarto quase cegava os meus pobres olhos de maconheira, me fazendo estreita-lós para o Theo.

O Theo se aproximou de mim e eu prendi a minha respiração.

Os movimentos dele pareciam esperar por um comando meu, falando pra ele se afastar ou recuar, mas esse comando não veio.

Permaneci quieta, observando a sua mão subir até um dos meus cachos que estava perto da minha bochecha, e toca-lós com cautela. A minha pele se arrepiou e estremeceu quando os dedos do Theo roçaram pela minha bochecha sem querer.

Eu acompanhei o seu olhar, estudando cada expressão que ele fazia enquanto admirava a sua mão no meu cabelo e rosto, considerando aquele momento uma ilusão.

E então, os nossos olhares se encontraram.

- Você vai ter que lavar com água quente, apesar de fazer mal pro seu cabelo. - Ele avisou e eu ergui as minhas sobrancelhas surpresa.

- Você sabe coisas sobre cabelos? - Soltei sarcástica.

- Ah por favor, você acha que o meu cabelo seria tão perfeito se eu não soubesse nem um pouco sobre como cuidar dele? - Sorriu.

Eu soltei uma risada desacreditada, negando com a cabeça, e afastei a mão dele do meu rosto entrando no banheiro.

[...]

As portas do elevador se abriram na minha frente e eu encontrei o Theo dentro do mesmo.

O Theo vestia como sempre preto.

Talvez ele estava de luto pela minha dignidade.

A sua mão direita estava escondida no bolso da sua calça, enquanto a sua mão esquerda brincava com as chaves do quarto. O seu ombro esquerdo foi pressionado contra a parede prateada do elevador quando um sorriso breve apareceu no seu rosto me vendo.

Eu quase me joguei pelas escadas por ter observado a bunda redonda do Theo refletida no espelho do elevador.

Quantos agachamentos ele deve fazer por dia?

- Boa noite, querida. - Os seus olhos seguiram os meus movimentos entrando no elevador. - É uma bela noite, não é?

- Você tá me perseguindo, por acaso? - Considerei me colocando contra a parede oposta que ele estava.

- Ah, sim, eu fiz questão de ser obrigado pela Brenda a trocar de quarto com ela, apenas para ficar no mesmo quarto que você, e ter que ver seu rostinho lindo na mesma cama que eu. - Ele zombou e eu cruzei os braços na altura do meu peito.

- Você deve se achar tão engraçado. - Revirei os olhos.

- Eu me acho adorável. - Ouvi a risada baixa dele.

Eu desviei o olhar para o andar que estávamos mas ainda sentia o Theo me observando com atenção.

- Que foi, fã? Quer um autógrafo? - Me virei para o Theo, fazendo os nossos olhares se encontrarem.

- Você está irritantemente linda hoje. - Ele confessou, como se fosse doloroso admitir aquilo.

Eu não sabia se era um insulto ou elogio.

E eu também não sabia se ele merecia um chute no Jubileu ou uma mamada.

O meu olhar confuso foi evidente, até o elevador emitir um barulho estranho, seguido de um tremor e as luzes se apagando.

- Ótimo! Agora suas cantadas de ratazana quebraram o elevador. - Soltei irritada batendo as mãos no meu rosto.

- O evento do pombo realmente te traumatizou. Você tá me chamando de ratazana faz 2 dias! - Ele reclamou e eu coloquei as mãos na cintura com ódio.

A única luz presente no pequeno espaço era do painel de andares e a da minha Xerolaine preciosa com a calcinha neon que eu coloquei. Eu tentei pressionar alguns dos botões, mas foi inútil.

Consegui sentir alguém se mover atrás de mim e ficar bem perto do meu corpo.

Eu sabia exatamente quem era.

Shrek.

- É inútil. - A voz do Theo soou perto do meu pescoço, me deixando alerta do quão próximo ele estava de mim e fazendo o meu coração acelerar.

- Você não acha que eu sei disso? - Respondi fechando os meus olhos com força e colocando a minha testa contra os botões dos andares.

O Theo se afastou um pouco e sentou no chão do elevador em silêncio. Eu imitei o seu movimento e as nossas pernas acabaram por se tocar por um segundo, antes de eu afastar a dele com um empurrão.

Ele me encarou indignado naquela escuridão e voltou a colocar a sua perna contra a minha, dessa vez fazendo elas se tocarem completamente.

- Você realmente não consegue ficar um segundo longe de mim, não é? - Provoquei me virando para olhar ele quando os meus olhos já tinham se acostumado com o escuro.

- Não acho que seja possível impedir a minha alma de desejar tocar a sua. - Ele murmurou com a voz arrastada.

Eu revirei os olhos e bati a minha cabeça contra a parede do elevador.

Ótimo, eu estou presa com o Theo safadão no elevador.

continua...

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qnd tiver 7777 comentários eu posto o próximo cap ainda hj

deu nem tempo de eu cozinhar meu miojo

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