Roxo Divino

18 3 0
                                    


     Neste momento, skaydar massacrava o clã de Kronbards que estavam sem munições e forças para enfrentá-la, seus Ataques eram pesados, velozes atrás dela uma onda esquisita Vermelha sibilou.
Ela virou-se em direção do corpo de Halle e disparou uma rajada de Magia obscura em direção a eles.
Mas não teve efeito quando um fulgor brilhante estático reluziu diante dos quatro. Apolo tinha criado uma barreira esverdeada dessa vez sua aura estava mais cintilante.
— Não temos opções! - Sussurrou Arlequim.
Skaydar atacou novamente com uma rajada pesada.
" Entre a vida lutar até morrer" Ezra citou um bordão dos Kronbards. " entre a vida lutar até morrer" finalizou Arlequim.

   A explosão ecoa como berro pelo longo corredor às escuras, mas halle não se assusta e nem remexe com o barulho, ela está acordada há horas olhando para o nada. Não há nada para ver, apenas o vazio.
— Não é hora de ficar quieta, halle - disse uma voz cálida e refinada de uma mulher.
— Quem está aí? - Halle inclinou-se para o corredor vazio - Alguém? - Perguntou novamente.
—Mexa-se! Ou... eles... - A voz sumia e voltava. - Seu irmão... olha pra mim.
Halle foi puxada por uma força gravimétrica para o lado do outro corredor.
—As dimensões estão se alterando... fora do alinhamento , seu destino não é mais o mesmo.
— Quem é você? - Halle deu uma pausa para observar a mulher, ela era alta, com o rosto castigado com o tempo. O rosto de uma Kronbard, com olhos castanhos, seu corpo era sem curvas suaves, nem aparência jovial.
—consegue me ouvir? - a mulher falou encarando a halle que ficou confusa com a pergunta.
—Onde estou, que lugar é esse! - Halle olhou novamente para o lugar vazio, apenas cores cinzas habitavam aquele lugar.
— VOCÊ ESTÁ MORRENDO! - respondeu a mulher.
— Se estou morrendo, quem é você! e reconheço esse sotaque de algum lugar- um fio de lembrança passou pelo os olhos de halle, logo lembrou do rosto que estava a sua frente. Um vento frio soprava vindo do corredor sobre as duas naquele momento.
— Meu nome é Patrina!
— Minha mãe, como? - Halle, estava confusa ainda com a revelação da mulher.
— Eu sou uma mensageira, antes de morrer criei uma cópia da minha consciência, quando sua Maldição chegasse na ápice ou extração acontecesse, automaticamente a mensagem... - Patrina foi interrompida por uma força sobrenatural que circulava ao redor de halle.
— Como se fosse um auto-backup! tudo faz sentido.
— Tem alguma coisa atrás de você, precisa lutar contra isso halle, deve acordar imediatamente- Patrina segurou as mãos de halle firmemente.
— Tem os olhos do seu pai- Minha vida foi uma mentira, minhas memórias eram apagadas constantemente! descobrir sobre minha origem ainda hoje, e nem sei o que está acontecendo lá fora, o que eu sou na verdade, porque a entidade resolveu me amaldiçoar?
—Alguém importante, seu poder é a chave de tudo halle, chega de se esconder, apolo precisa da sua ajuda, não sei a quem essa entidade pertence, aqui do outro lado tentei procurar evidências sobre sua origem, mas não posso contar tudo para você, não tenho tempo, quando você acordar reúna os Divinos. - Disse Patrina.
— Quem são os Divinos? - perguntou Halle.
— É uma raça guerreira que a cada 100 anos uma nova geração ressurge para combater o mal que está por vir futuramente.
— Como vou saber quem são os divinos!
— Está desaparecendo... - Halle, aos poucos estava como uma luz se apagando levemente, você precisa ir e encontre "Ravi Gaveon"
—Não consigo abrir os olhos, não consigo, não consigo...
Halle ficou em desespero, Patrina com ar controlável, abraçou sua filha num puxão, halle pode sentir o calor quente de um abraço, ao longo do tempo, halle não teve chance de conhecer o segredo entre Mãe e Filha e agora, por alguns segundos ela teve essa sensação, a sensação de liberdade e segurança.
— Eu te amo, halle. - Disse Patrina.
— em toda minha vida sempre sonhei com o seu abraço. - Finalizou Halle.

     O som de alguém gritando chama atenção de Patrina, a mente de halle repassa estes momentos até eles se misturarem, oscilaram, separando-se.
— Onde você guardou a mensagem? - Perguntou Halle.
— O paradoxo que você usa, pedi para um pequeno amigo guardá-lo para mim - Halle abriu um sorriso lembrando do pequeno místico quando entregou o paradoxo, esquece isso precisa lutar para viver halle não tenho mais tempo. - Patrina mudou sua expressão, é notável a tristeza no seu olhar para halle.
—Nesse mundo existem criaturas, e o universo ainda guarda segredos, cuidado na sua jornada minha filha. - Finalizou.
No mesmo instante Patrina foi repelida com uma rajada obscura, deixando halle sozinha no vasto buraco negro.

      O que fazer?
Apesar das explosões ocasionais de poder e habilidade divinas, halle estava sem saída, lutando para não morrer, lutando para ver a luz do sol novamente. E ela não podia contar com seus poderes agora.
      Um sussurro maligno de uma voz feminina ecoou no silêncio da escuridão.
" Como pode querer reinvindicar algo que não lhe pertence"

Divinos: Halle's Curse Onde histórias criam vida. Descubra agora