Capítulo 10 - O Sequestro.

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- Seu discurso foi ótimo - disse a Bryan quando já estávamos no carro, voltando para a casa.

- Obrigado, anjo. - disse ele risonho, olhando fixamente para a estrada.

- Temos que arrumar um jeito de salvar o outro elemento. - comentei.

- Já tenho um plano. Mas vamos ter que sacrificar um de nós. - disse ele agora olhando em meus olhos.

- Como assim ? -perguntei confusa.

- Ele quer dizer que vamos ter que entregar um de nós para poder salvar ele. - disse Carlos.

- Okay, e quem será ? - disse eu.

Bryan estacionou o carro quando chegamos. Descemos do carro e subimos para seu apartamento, Carlos já caminhava normalmente. Entramos e fechamos a porta. Sentamos todos em um sofá que ficava na sala de estar, de frente à uma televisão que Bryan ligou e passava um filme na emissora Globo. Levantei e fui buscar um copo de água.

- E então ? O que vamos ter que fazer para salvar o outro elemento ? - perguntei assim que voltei da cozinha, após falar, tomei um gole da água.

- Seu pai e seus agentes estão nos caçando. É só algum de nós dar mole por aí e eles vão pegar esse alguém e levar para um cativeiro, e provavelmente, é onde estará esse outro elemento. - disse Bryan revezando os olhares entre todos nós.

- E quem vai se entregar ? - perguntou Carlos olhando para Bryan.

- Você que não vai ser - disse Sílvia apontando para a perna de Carlos.

- Eu. Tem que ser eu. Meu pai me sequestraria, mas não me mataria. Já vocês.. Se quando algum de vocês estiverem sequestrados, na primeira vez que irritasse ele, ele mataria vocês.

- Ou não. - disse Bryan - Ele precisa de nós. Nós somos o que ele quer. O que ele precisa.

- Ela tem razão. - disse Silvia. - É o pai dela ! Eles tem um afeto de pai e filha. Ele não a maltrataria nem nada.

Tomei outro gole da água. Bryan olhou para mim e ficou em silêncio por um momento. Logo ele se manisfestou novamente.

- Não, não sei se é seguro. Deve haver outra forma de resgatar ele. - disse BryanAgora em pé, andando de um lado para o outro, pensativo. Ele olhou para o relógio de parede que estava acima da televisão e logo direcionei meu olhar pra lá também. O relógio marcava 13:00 hora da tarde. O tempo passava e tínhamos que resolver essa questão logo. Precisamos do garoto aqui o quanto antes, para poder combater a Ultra e viver nossas vidas em paz.
Caminhei até ele, coloquei minhas mãos por cima da sua barba por fazer e disse olhando em seus olhos:

- Bryan, essa é nossa única chace, precisamos fazer isso. Eu vou ficar bem, não faria uma coisa que poderia me tirar de você, meu amor.

- Anjo, você é tudo o que eu tenho de mais importante nesse mundo. Desde quando te vi pela primeira vez senti algo inexplicável por você e sinto isso até hoje. É um amor que eu jamais tive por alguém em toda minha vida. Você é tudo pra mim, não quero te perder, não posso te perder. - disse ele olhando em meus olhos, ele lutava contra as lágrimas, mas não venceu e pude ver uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.

- Nem eu quero te perder. Nós vamos fazer isso e vamos sair dessa por cima. Nada nem ninguém irá nos separar, mas temos que fazer isso, é o único jeito, temos que resgatá-lo ! Eu vou ficar bem, meu amor.

- Tudo bem, vamos fazer. Mas olha, se acontecer alguma coisa contigo, eu mesmo mato seu pais e todos aqueles vagabundos com minhas próprias mãos.
- disse e secou a lagrima com as costas de sua mão esquerda.

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